Destaques

  • Postado por editora em Atualidades, Destaques, Eventos em 09/09/2014 - 17:58

    O Ateliê do pensamento social é um projeto criado em 2011 pelo Laboratório de Pensamento Social (Lapes) do CPDOC-FGV com o objetivo de criar um espaço para o debate horizontal e criativo sobre o fazer das pesquisas.

    O livro Ateliê do pensamento social: ideias em perspectiva global nasceu dos ensaios apresentados pelos convidados da segunda edição do Ateliê e será lançado no dia 12 de setembro, ao final da 4ª edição do projeto.

    Os 5 textos dos respectivos capítulos são de Sujata Patel, Maurício Tenório, Elías J. Palti, Lilia Schwarcz e Cherry Schrecker.

    Patel (University of Hyderabad) inicia o capítulo Rumo ao internacionalismo: para além das sociologias colonial e nacional da seguinte forma: "Neste texto, apresento dois conjuntos de questões. Em primeiro lugar, dados os vínculos orgânicos entre poder e conhecimento, que enquadramentos das ciências sociais hegemônicas organizam o conhecimento global/internacional? Em segundo lugar, que procedimentos devem ser mobilizados para deslocar essas tendências hegemônicas nas ciências sociais globais/internacionais? Antes de responder a essas questões, é importante recordar um princípio que governou a história do crescimento das ciências sociais no mundo. Desde a sua emergência na Europa do século XIX, as teorias e perspectivas das ciências sociais têm sido constantemente confrontadas e desafiadas por aqueles que questionam sua orientação hegemônica e, desse modo, sua abordagem conservadora e favorável ao establishment. Tais desafios têm apresentado não apenas um novo enfoque no estudo da mudança e transição para a modernidade, mas também buscado mapear as teorias que tratam do vínculo íntimo e orgânico entre conhecimento e poder."

    No segundo capítulo Como escrever hoje a história das ideias e dos intelectuais de uma perspectiva comparativa, transnacional?, Tenório (University of Chicago) inicia com: "O “como?” convoca ou ao tractus metodológico ou ao simples manual de uso; ou a sisudas elucubrações sobre a harmonia e o compasso ou à guitarra no pescoço, a pulsar os dedos sobre as cordas e “isto é tocado assim e assado”. O primeiro é necessário, mas pouco útil para dominar o instrumento; o segundo é prático, mas não dá para generalizar “assim é a música”, para além de cada peça, de cada momento particular. De meu ofício (historiador) derivo uma maneira peculiar de encarar o duplo desafio do “como?”. Converto, pois, o enorme “como?” em “como escrever hoje…?”, em uns quantos e modestos por ques e quês."

    Palti (Universidad Nacional de Quilmes) apresenta O problema de “As ideias fora do lugar” revisitado: para além da “história das ideias na América Latina” iniciando seu ensaio assim: "Em 1973, Roberto Schwarz publicou um artigo que marcou profundamente uma geração de pensadores na América Latina: “As ideias fora do lugar”.1 O objetivo final de Schwarz era refutar a crença nacionalista de que bastava aos latino-americanos se livrarem dos seus “trajes estrangeiros”, um conjunto de categorias e ideias importadas da Europa e repetidas submissamente pela elite local europeizada, para encontrarem a sua “essência verdadeira, interior”.2 Seguindo os princípios da teoria da dependência, Schwarz sustenta que não existe algo como uma “cultura brasileira nacional” anterior à cultura ocidental. Aquela é não apenas o resultado da expansão desta, mas também constitui parte integral dela: “em estética, como em política”, ele afirmou, “o Terceiro Mundo é parte orgânica da cena contemporânea” (Schwarz, 1997:28)".

    O quarto capítulo, intitulado Nicolas-Antoine Taunay e suas ideias em trânsito: a arcádia com trópico, é escrito por Lilia Schwarcz (USP) e inicia  com as seguintes colocações: "Foi Jean Starobinsky quem afirmou que o que mais interessa entender é o “trânsito de ideias, imagens e referências”; do que supor que uma teoria se encerra em si mesma, ou que pinturas se referem apenas ao contexto e circunstância que pretendem representar (Starobinsky, 1989). Ao contrário, desde sempre foram a circulação e as constantes ressignificações que daí advêm que permitem observar uma produção cultural sem essencializá-la ou buscar cair na vulgata da originalidade absoluta ou da inventividade individual."

    O livro é encerrado pelo capítulo de Cherry Schrecker (Université de Lorraine) que apresenta o tema Desenvolvendo pesquisa sobre intercâmbios transatlânticos: o exemplo da New School for Social Research conforme a seguir: "A pesquisa sobre os modos como as ideias viajam tem sido realizada com referência a uma série de pontos de interesse. A atenção tem sido focada nos “portadores” (Lazarsfeld, 1969:271), que são as pessoas que viajam trazendo as ideias consigo. Suas histórias têm sido contadas de várias formas, inclusive autobiografias, biografias ou prosopografias. As pessoas viajam por uma série de razões, como visitas culturais e acadêmicas ou emigração e exílio."

    A obra apresenta abordagens que estimulam o pensamento sob outros ângulos de análise, debatendo de forma prática e direta a metodologia de pesquisa para os estudos sobre ideias, textos e intelectuais, e demais práticas que configuram, segundo seus organizadores, a “cozinha” da pesquisa.

    O professor João Marcelo Ehlert Maia, um dos organizadores do projeto e do livro, termina a apresentação da obra com o seguinte parágrafo:

    Atelie do pensamento social

     

     

    "Este livro, portanto, deve ser visto também como um livro-referência,
    espécie de guia aos interessados no estudo das ideias e dos intelectuais.
    Graduandos, mestrandos, doutorandos e professores muito poderão aprender com as diversas perspectivas analíticas aqui apresentadas, bem como com as histórias das pesquisas aqui contadas. Esperamos que os leitores desta obra se tornem, nos próximos anos, participantes do Ateliê. Boa leitura."

     

    Ateliê do pensamento social: ideias em perspectiva global

    Impresso: R$39

    Ebook: R$26

  • Postado por editora em Atualidades, Destaques, Promoções em 03/09/2014 - 20:03

    tags

     

    Teremos muitas novidades em nosso site a partir deste mês de setembro.

    Uma delas é a Seção Especial.

    A cada quinta-feira uma seção inteira do site ficará com um desconto de 40%.

    Livros impressos, ebooks, séries e coleções farão parte dessa promoção, que vai durar apenas na quinta anunciada.

    Amanhã, dia 4 de setembro, teremos a primeira Seção Especial.

    Acompanhe pelas nossas redes sociais e pelo site qual será a seção escolhida.

    Aproveite e confira as áreas de livros com 50% de desconto e de ebooks gratuitos.

    Até amanhã!

    Arquivos:
  • Postado por editora em Atualidades, Destaques em 01/09/2014 - 13:15

    Cada vez mais, as empresas estão diante de desafios, dificuldades, ameaças e oportunidades, processos pelos quais nunca tiveram de passar. Hoje, o ambiente externo se faz presente e atuante, sendo marcado por um conjunto de variáveis complexas. Essas variáveis interferem direta e indiretamente nas ações das empresas. Um dos problemas aqui identificados é o fato de as empresas nem sempre conseguirem obter informações que lhes possibilitem identificar, interpretar e decidir sobre o que as está afetando. Em vista disso, nos dias de hoje, destaca-se a importância do balanced scorecard (BSC), que possibilita e facilita a comunicação mais clara da estratégia, o feedback estratégico, auxilia no alinhamento estratégico e verifica se a empresa está obtendo resultados com a estratégia adotada. O ambiente competitivo, nos dias atuais, exige mudanças profundas e velozes, forçando as empresas a aprimorarem suas práticas de gestão.

    A sigla BSC (Balanced scorecard) significa 'Indicadores balanceados de desempenho'. Trata-se de uma uma ferramenta utilizada na gestão estratégica de empresas que visa integrar e balancear os indicadores de desempenho, identificando e estabelecendo os aspectos e os principais objetivos do negócio.

    O livro Balanced scorecard, que intregra a Coleção Gestão empresarial, das Publicações FGV Online, aborda o planejamento e a definição dos objetivos estratégicos e seu desdobramento nos demais níveis da organização. A obra pretende ajudar na criação de objetivos ligados à estratégia e à verificação do gerenciamento em toda a organização, permitindo que ela seja direcionada a tomar decisões mais adequadas, para que possa dispor de processos internos mais ágeis, fornecer produtos superiores com menor tempo de entrega, desenvolver maior rapidez e eficiência dos serviços, conseguir maior produtividade e desenvolver a inovação.

    Seu conteúdo está estruturado em quatro módulos que tratarão da criação, execução e operacionalização da estratégia, apontando as perspectivas e construção desta ferramenta de gestão. Como todas as obras que fazem parte dessas publicações, autoavaliações ao final de cada módulo, com as respectivas respostas comentadas, e uma seção de vocabulário são parte importante de seu conteúdo.

    Balanced Scorecard - rev07.cdr

     

     

     

    Balanced scorecard

    Maria Candida Torres e Alexandre Pavan Torres

    Publicações FGV Online | Coleção Gestão Empresarial

    R$42

  • Postado por editora em Atualidades, Destaques em 26/08/2014 - 12:36

    O primeiro livro da Coleção Direito, das Publicações FGV Online, está pronto!

    De acordo com artigo disponível no STF, "direito imobiliário é o ramo do direito privado que se destina a disciplinar vários aspectos da vida privada, tais como, a posse, as várias formas de aquisição e perda da propriedade, o condomínio, o aluguel, a compra e venda, a troca, a doação, a cessão de direitos, a usucapião, os financiamentos da casa própria, as incorporações imobiliárias, o direito de preferência do inquilino, o direito de construir, o direito de vizinhança, o registro de imóveis, dentre muitos outros institutos jurídicos concernentes ao bem imóvel."

    O conhecimento sobre direito imobiliário está cada vez mais em pauta, em razão, sobretudo, da grande expansão do mercado imobiliário ocorrida nos últimos anos. Novos instrumentos de investimentos imobiliários foram os grandes propulsores do crescimento do setor. O velho e bom investimento em tijolo foi substituído por papéis de emissão das grandes construtoras, o que deu mais agilidade aos negócios imobiliários.
    Recentemente, passamos por uma grave crise econômica mundial, que teve como origem a fragilidade do sistema imobiliário americano.
    Apesar de ter sido o vilão da vez nos Estados Unidos, o mercado imobiliário funciona aqui no Brasil como um forte sustentáculo de nossa economia, sendo um dos primeiros setores a sofrer a intervenção do Estado em momentos de crise.
    Por essa razão, as questões imobiliárias permeiam o cotidiano das pessoas, tanto para o cidadão comum, na busca do sonho pela casa própria bem como nos simples contratos de locação de seu apartamento ou de seu ponto comercial, como para o grande investidor, seja adquirindo imóveis, diretamente, para a realização de grandes empreendimentos imobiliários, seja investindo em papéis – fundos de investimentos imobiliários, certificados de recebíveis imobiliários, entre outros.
    Dessa forma, Direito imobiliário dirige-se a todos os profissionais que atuam no mercado imobiliário, visando proporcionar uma maior compreensão dos institutos e temas tão presentes em nossas vidas.
    Este livro tem como objetivo apresentar as principais questões imobiliárias, passando pelos principais institutos jurídicos necessários à compreensão do regime imobiliário brasileiro, possibilitando, assim, aos tantos profissionais do mercado uma atuação consistente e fundamentada juridicamente.

    direito

    Nas mais de 200 páginas dedicadas ao tema, são abordados os principais conceitos necessários à compreensão do direito imobiliário, dando noção sobre o que são bens imóveis e a distinção entre os urbanos e rurais; o que são direitos reais e suas principais características, bem como a importância do direito registral imobiliário dentro de nosso sistema jurídico. Outros pontos analisados na obra são espécies de condomínio, estabelecendo as principais diferenças entre elas; as principais características das formas mais comuns de desenvolvimento de empreendimentos imobiliários; as diferentes formas de investimento no ramo imobiliário e as principais garantias constituídas sobre imóveis e ainda uma análise das formas pelas quais normalmente são utilizados, a título oneroso, imóveis de terceiros, sejam eles rurais ou urbanos.

    Ao final de cada módulo, questões para autoavaliação, com as respectivas respostas nas últimas páginas do livro, são apresentadas para reforçar todo o conteúdo apresentado. Uma seção com os termos mais utilizados no direito imobiliário e dicas de bibliografia comentada também fazem parte da obra.

    A coleção, dedicada a tratar dos temas mais variados e importantes do Direito, já está com outras obras em produção e, em breve, mais temas importantes serão apresentados.

    Direito imobiliário

    Christiane Scabell e Cristiana Moreira Bastida

    Coleção Direito | Publicações FGV Online

     

    Arquivos:
  • Postado por editora em Destaques, Eventos em 19/08/2014 - 08:00

    A Editora FGV, a Ouro sobre Azul e a Fundação Biblioteca Nacional convidam para o lançamento de uma nova edição do livro Introdução ao pensamento político de Maquiavel, de Lauro Escorel, originalmente publicado em 1958 pela Editora Simões do Rio de Janeiro e reeditado em 1979 pela Editora da Universidade de Brasília.

    Dada a argúcia de análise, Nicolau Maquiavel, um dos maiores pensadores políticos de todos os tempos, não cessou de ser lido e comentado durante os últimos 500 anos. Nesse contexto, o ensaio de Lauro Escorel figura entre as interpretações mais importantes já feitas no Brasil – consistindo na melhor de sua época e das 4 décadas seguintes –, o que confere à obra importância histórica e também científica, se considerarmos que os três grandes problemas enfrentados pelo texto -  a autonomia da política , o realismo das relações internacionais e o perigo totalitário  - continuam assombrando a humanidade.

    Por tudo isso, a terceira edição de Introdução ao pensamento político de Maquiavel permanece tão válida quanto as anteriores e apresenta ampla bibliografia, a melhor, mais sólida e refinada com que se poderia contar na época em que o livro foi escrito.

    A obra será lançada no dia 28 de agosto, na Biblioteca Nacional | Auditório Macgado de Assis, e os professores Rodrigo Bentes Monteiro e Silva Patuzzi, da UFF, estarão presentes para dialogar sobre a importância da obra, que figura entra as mais importantes análises brasileiras sobre o pensamento político maquiaveliano.

    A mesa-redonda "Reflexões de Lauro Escorel sobre o pensamento de Maquiavel" é aberta ao público e terá transmissão ao vivo pelas redes sociais com possibilidade de perguntas pelos usuários, o que tornará o debate muito mais interativo.

    O acesso poderá ser feito através dos links vídeo@RNP e aovivofbn a partir das 18h do dia 28.

    Confira um trecho do prefácio do autor:

    "Apesar da vasta bibliografia existente sobre o assunto, acreditamos não ser necessário justificar longamente a publicação do presente ensaio. São tão raros, entre nós, os autores que se têm ocupado de Maquiavel – e os que o fizeram, além do mais, se limitaram quase sempre a examiná-lo apenas de relance – que não será exagero dizer que o interesse que ele continua a despertar e a atualidade flagrante de sua problemática política só encontram paralelo no desconhecimento geral de sua obra, vida e personalidade. E a razão disso está em que, com exceção de alguns estudiosos que têm acesso às fontes estrangeiras de informação cultural, o grande público brasileiro dispõe tão somente, tanto quanto sabemos, de uma discutível tradução portuguesa d’O príncipe, livro, na verdade, da mais alta importância, mas insuficiente por si só para dar uma visão completa e justa do pensamento político de Nicolau Maquiavel. Faltam por completo ao leitor nacional textos críticos, informações bibliográficas atualizadas, obras fundamentais mais recentes de caráter crítico-biográfico sobre a matéria, de tal modo que a maioria está condenada a ter do pensador florentino ideias inevitavelmente incompletas ou deformadas. Será difícil encontrar alguém hoje em dia que não se sinta à vontade para empregar corretamente expressões como “maquiavelismo”, “maquiavélico” ou “maquiavelicamente”, mas serão poucos aqueles capazes de revelar um conhecimento seguro e menos superficial das conexões existentes entre a época de Maquiavel e a sua obra, bem como das premissas metodológicas e intenções doutrinárias que o inspiraram. Quantos serão, realmente, os que leram o próprio O príncipe e sobre ele meditaram com perfeita consciência do momento histórico em que o famoso livro foi concebido, e das relações do mesmo com as demais obras de Maquiavel? O fato é que o secretário florentino tornou-se através dos tempos uma figura legendária, erigido em símbolo de tudo o que há na política de demoníaco, de equívoco e inescrupuloso, de astúcia e dissimulação. Seu nome e derivados verbais se incorporaram ao nosso vocabulário corrente, determinando à sua simples menção reações estereotipadas, que vão do horror dos que o condenam em nome da moral tradicional, à admiração dos que o louvam em nome do realismo político.
    A consequência de semelhante banalização do nome de Maquiavel – como de resto acontece com todos os grandes poetas ou pensadores que a celebridade histórica vulgarizou a ponto de serem mais citados do que lidos – é que ela nos dá uma ilusão traiçoeira de familiaridade com suas ideias, e não estimula um esforço mais sério para conhecer verdadeiramente as fontes, características e objetivos do pensamento maquiavélico.
    É tendo em mente essas considerações que nos animamos a publicar o presente ensaio. Desde logo, queremos advertir o leitor eventual que não foi nosso propósito escrever nem uma biografia propriamente dita de Maquiavel, nem um estudo completo sobre sua obra, que pertence também ao campo literário, já pelas suas qualidades estilísticas, já pelas suas produções poéticas e teatrais. Quisemos apenas apresentar uma introdução ao seu pensamento político, com a esperança de que ela poderá despertar algum interesse no meio brasileiro, considerando, por um lado, a inegável atualidade do tema e, por outro, aquele relativo desconhecimento das ideias maquiavélicas a que acabamos de aludir.
    Não há, por conseguinte, no espírito do autor, qualquer pretensão de estar revelando aos mais informados fatos novos e ideias propriamente originais sobre Maquiavel, por mais que, evidentemente, se tenha esforçado ele por repensar honestamente as questões teóricas de natureza ético-política que sua obra coloca e sugere. Na parte biográfica – que julgamos de interesse apresentar em vista da estreita conexão existente entre o pensamento e a vida do pensador florentino – valemo-nos das três principais biografias que fazem autoridade no campo dos estudos maquiavélicos: as de Pasquale Villari e Orestes Tommasini, escritas ainda no século XIX, e a do eminente humanista, Roberto Ridolfi, de recente publicação, em dia, portanto, com os resultados da investigação mais moderna sobre a vida e a obra de Maquiavel. No que diz respeito à análise e avaliação de seu pensamento político – objeto da segunda parte do presente ensaio –, escolhemos, na imensa bibliografia que se ocupa do assunto, alguns livros que nos pareceram fundamentais e atualizados para nos servir de guia seguro no labirinto das ideias maquiavélicas.
    Esperamos sinceramente que este estudo – que serviu a seu autor para tomar uma consciência mais clara do grave e difícil problema das relações da política com a ética – possa contribuir para esclarecer ou pelo menos estimular à meditação e discussão aqueles leitores que, interessados embora no assunto, não tiveram as mesmas facilidades que nos foram proporcionadas por um estágio profissional em Roma, para entrar em contato com a bibliografia maquiavélica."

    Maquiavel

     

    Lauro Escorel (1917-2002), nascido em São Paulo, ingressou na carreira diplomática por concurso em 1943 e foi promovido a ministro de primeira classe em 1968.  Como embaixador, serviu na Bolívia, Paraguai, Dinamarca, México e Espanha. Crítico literário desde a juventude, colaborou em diversas publicações, entre elas, Correio da Manhã, O Estado de S. Paulo, A Manhã e o Suplemento Literário do jornal O Estado de S. Paulo, onde escreveu sobre literatura italiana.
    Em 1958, publicou pela Editora Simões, Rio de Janeiro, a 1a  edição do livro Introdução ao pensamento político de Maquiavel, agora reeditado pela Editora FGV em coedição com a Ouro sobre Azul e, em 1972, o livro A pedra e o rio – uma interpretação da poesia de João Cabral de Melo Neto, pela Duas Cidades, São Paulo, reeditado pela Academia Brasileira de Letras, Rio de Janeiro, em 2001.

     

    Introdução ao pensamento político de Maquiavel

    R$42,00

  • Postado por editora em Atualidades, Destaques em 04/08/2014 - 15:38

    Redemocratização e mudança social no Brasil reúne um conjunto de ensaios – organizado por Maria Celina D'Araujo – que levanta o debate sobre um estilo de vida centrado na liberdade e na igualdade vivenciadas e produzidas hoje por um novo ator social: o indivíduo autônomo, que é centro, meio e fim da vida coletiva. Nesse viés, o livro destaca questões como a comunicação globalizada, a supressão aparente de barreiras geográficas e epistemológicas e os fenômenos sociais acentuados justamente por essa nova dimensão.

    Estruturada como uma organizada miscelânea de assuntos tratados a partir de perspectivas bem marcadas, que ressaltam a importância maniqueísta das simetrias e polaridades no processo da formação socioeconômica do Brasil – trazendo à tona a abertura ou a reação ao mercado como a instituição central da modernidade –, a obra apresenta reflexões sobre o elo entre partidos políticos, elite dirigente e governo; a escola como instrumento básico de democratização; a cidade como espaço a ser discutido em face de um novo conjunto de identidades e agenciamentos; e o debate das questões relacionadas à violência e sobre os processos de imigração (e tráfico) envolvendo significativamente a mulher.

    O livro tem como ponto alto a abordagem de variados aspectos das ciências sociais ou “disciplinas da condição humana”, conforme aponta o antropólogo Roberto DaMatta em sua apresentação da obra, que revela, ainda, uma investigação dos aspectos políticos das arenas de trocas eminentemente políticas, como é o caso do federalismo nacional.

    Neste ponto, vale ressaltar alguns trechos da pesquisa da organizadora da obra, a cientista política Maria Celina D'Araújo, intitulado "Elites burocráticas, dirigentes públicos e política no Poder Executivo do Brasil (1995-2012)", referente ao 'perfil partidário dos dirigentes públicos' desse período:

    "Desde que o PT chegou à presidência da República, um dos temas a despertar mais curiosidade é a filiação partidária dos dirigentes. Pelos números abaixo, o primeiro ponto a observar é que a filiação partidária desse grupo ficou em torno de um quarto, nos governos do PT, e menor que isso, no de Fernando Henrique. Ou seja, a maioria dos dirigentes públicos não é filiada a partido. O diferencial, contudo, entre os governos se dá no que tange ao partido de preferência entre os que são filiados. Pela tabela abaixo percebe-se nitidamente que burocracia, política e dirigentes públicos não podem ser tratados de forma excludente. Os dados indicam concentração de petistas entre os filiados a partido nos governos do PT. Essas nomeações refletem, em algum grau, preferências políticas e, provavelmente, recursos adicionais de poder nas mãos do partido do(a) presidente(a). O raciocínio fica mais claro se aferimos também o percentual de dirigentes filiados aos partidos da base em cada governo. Nesse campo, claramente o governo Fernando Henrique foi o que mais distribuiu poder entre os partidos aliados. Os presidentes seguintes não só privilegiaram crescentemente a base do governo como acabaram, no caso de Dilma Rousseff, excluindo completamente a composição com outras forças partidárias."

    quadro

     

     

     

     

     

     

     

     

    Outro tema abordado no livro é "O desafio da desigualdade social", da socióloga Sarah Silva Telles, que demonstra, neste capítulo, algumas perspectivas sob o ponto de vista das políticas atuais, conforme trechos a seguir:

    "Quando houve a aprovação da Constituição Federal de 1988, o desafio a ser enfrentado era colossal. Na atual conjuntura, conquistamos uma relativa tranquilidade para dimensionar o tamanho dos déficits que se apresentam, mas que ainda são enormes. A desigualdade permanece como um desafio para as sociedades capitalistas em geral, já que a bandeira da igualdade de renda/oportunidades é uma das principais bandeiras da agenda dos direitos humanos. Não obstante, o discurso sobre o combate à pobreza tem dominado a cena internacional e nacional dos países, sob a liderança das agências internacionais. E, nesse sentido, a rede de assistência hoje existente no Brasil se transforma em modelo a ser exportado pelas mesmas agências internacionais, que fazem, por exemplo, do PBF (Programa Bolsa Família) um modelo exitoso de combate à pobreza extrema. [...] A conquista de uma sociedade mais igualitária seria uma das mais árduas tarefas a ser empreendida. A principal dificuldade parece estar no fato de que a desigualdade é tão naturalizada que a ideia de uma sociedade igualitária se apresenta como uma “fantasia” jamais realmente imaginada ou sinceramente desejada."  Mais a frente, ainda neste capítulo, a autora chega ao seguinte resultado em uma de suas pesquisas: "No que se refere às percepções, os assim chamados aspectos subjetivos sobre as condições de vida e sobre as possibilidades de ascensão social, a primeira avaliação é geralmente positiva. [...] em minha pesquisa, os entrevistados, moradores de favelas, consideram sempre um “ganho” a troca da pobreza rural nordestina pela pobreza urbana."

    "A trajetória do federalismo na redemocratização brasileira: competição como regra e cooperação como princípio", do cientista político Ricardo Ismael, é outro capítulo apresentado na obra, com alguns trechos destacados abaixo:

    "O federalismo cooperativo no Brasil ganhou contornos mais precisos a partir dos anos 1950, com a formulação de políticas regionais federais que visavam à integração das economias subnacionais e à transferência de investimentos
    para as regiões menos desenvolvidas. [...]  No contexto do recente processo de redemocratização do país, a Constituição Federal de 1988 pode ser vista como resultado de duas tendências principais. A primeira delas esteve ligada à manutenção dos mecanismos cooperativos do Estado federal no Brasil. Nesse caso, os trabalhos dos constituintes tiveram como pano de fundo a disputa entre as regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste e aquelas com maior participação relativa na economia nacional. A segunda tendência diz respeito à consolidação do processo de descentralização político-financeira que vinha marcando a transição democrática. Dessa vez, o conflito envolvia a União, os estados e os municípios brasileiros, tendo como objetivo a redefinição da participação das unidades subnacionais no bolo tributário nacional. O caminho seguido pela federação brasileira a partir dos anos 1990 não foi capaz de propiciar reduções expressivas nos desequilíbrios econômicos entre as unidades territoriais. Alguns chegam a afirmar que “existe um consenso de que as heterogeneidades econômicas entre as regiões, que também se manifestam entre os estados e municípios, constituem o principal problema do federalismo brasileiro [...]”

     

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    Organizadora: Maria Celina D'Araújo

    Impresso: R$49

    Ebook: R$35

     

     

    Com textos de Roberto DaMatta, Luiz Werneck Vianna, Marcelo Baumann Burgos, Sarah Silva Telles, Sonia Maria Giacomini, Ebe Campinha dos Santos, Paulo Jorge Ribeiro, Valter Sinder, Angela Randolpho Paiva, Maria Alice Rezende de Carvalho, Eduardo Raposo, Ricardo Ismael e Maria Celina D'Araujo

  • Postado por editora em Atualidades, Destaques em 31/07/2014 - 14:51

    Gestão de negócios turísticos é o primeiro livro da futura Série Turismo da Coleção Práticas de Gestão.

    Como os demais títulos desta Coleção, seu conteúdo é produzido para dar suporte aos componentes curriculares dos cursos de graduação tecnológica da FGV Ebape, e, neste caso específico, aborda os segmentos mais estudados para negócios em turismo, como transportes, hospedagem, restaurantes/alimentação e operadoras e agências de viagens.

    O tripé da sustentabilidade (economia, ecologia e equidade social) está projetado no desenvolvimento do negócio turístico como condição sine qua non de realização. Logo, as abordagens que tradicionalmente operacionalizam e reduzem o turismo a um conjunto de atividades ou transações econômicas entram em choque com as estruturas globais pós-modernas de valorização dos significados e conteúdos do turismo para os indivíduos. Assim, o tema não pode ser encarado nem a partir da imagem bucólica de pessoas viajando e conhecendo outros lugares, nem de um apanhado de negócios espalhados que não seguem diretrizes políticas gerais. Daí a importância de um órgão que dinamize as políticas públicas, de forma a articular as necessidades dos diversos atores, produzindo igualdade social, preservando o meio ambiente e gerando recursos econômicos, emprego e renda.

    Pensar estratégia em turismo significa sintonizar diversos ambientes e tipos de negócio, em um mercado em constante mutação, frágil por conta da perecibilidade dos produtos que oferece, mas extremamente dinâmico no que diz respeito às possibilidades de negócios e serviços. Faz-se necessária então uma abordagem horizontal dos conceitos de estratégia, escolas de pensamento e balizadores gerais do tema, com leve direcionamento para os negócios da indústria do lazer, como forma de fomento aos estudos sobre turismo com foco em planejamento estratégico.

    Gestão de negócios turísticos - 03-P.cdr

     

     

     

     

     

    Gestão de negócios turísticos

    Coleção Práticas de Gestão

    R$28

  • Postado por editora em Destaques em 28/07/2014 - 14:56

    Para ler os clássicos do pensamento político: um guia historiográfico, do professor Marcos Antônio Lopes, apesar de passados mais de dez anos de sua publicação, permanece uma obra atual que apresenta ao leitor a trajetória da história do pensamento político ao longo do século XX, suas mudanças de enfoque e sua atualização recente, especialmente nas obras de Quentin Skinner e J. G. Pocock.

    A obra continua a ser uma importante referência para os estudiosos dedicados ao pensamento político e, ao mesmo tempo, um estímulo para o desenvolvimento de estudos dessa natureza nesse meio acadêmico.

    Confira a introdução:

    A história intelectual possui interesses diversificados e originais suficientemente capazes de lhe garantir, há pelo menos um século, as suas cartas de nobreza. Entre outras formas de caracterização, esse vasto campo de estudos pode ser concebido da maneira como Jean-François Sirinelli o definiu há mais de uma década: uma região de fronteiras entre a história dos intelectuais, a história da cultura política e, em sentido mais amplo, a história das ideias. Região de fronteiras, certamente encoberta até então por uma cortina de fumaça. Assim é que, para Sirinelli, resulta em equívocos o fato de que “...a história dos intelectuais, a das ideias políticas e a da cultura política eram três domínios totalmente estranhos entre si. A obra de Jean Touchard prova exatamente o contrário. (...) As pesquisas de Raoul Girardet sobre o nacionalismo francês e, mais recentemente, sobre o imaginário político constituem outra prova gritante: a história das ideias políticas é inseparável da história de uma sociedade e de uma cultura”.
    Nessa ampla área de pesquisa, as décadas de 1970/80 foram definidoras, em virtude de uma importante injeção de consciência histórica nos estudos sobre o pensamento político. Contudo, muitas das propostas de historiadores de inegável relevo como Quentin Skinner e John Pocock já eram elementos disseminados na historiografia contemporânea, pelo menos desde os anos 1920. Isso parece apontar para o fato de que enfoques acerca de elementos constitutivos da relação texto/contexto — intencionalidade autoral/atos do discurso, por exemplo —, bem como sobre problemas relacionados à linguagem política — vocabulário normativo de uma época/polissemia de expressões-chave, entre outros —, haviam sido lançados desde as primeiras décadas desse século, ainda que esparsa e pontualmente, por um conjunto considerável de historiadores das ideias políticas. Mas é certo que a própria noção de contexto histórico é algo que se alterou significativamente de geração para geração — ou inclusive numa mesma geração de historiadores —, o que acentua ainda mais as contribuições inovadoras das mais recentes tendências da história intelectual.
    Em 1974 o historiador inglês Quentin Skinner publicava seu importante texto “Some problems in the analysis of political thought and action” — artigo que citamos em reedição de 1988 —, no qual afirmava algumas de suas considerações metodológicas: “A percepção do sentido histórico de um determinado texto é uma condição necessária para sua compreensão, e este processo jamais será alcançado simplesmente ao estudarmos apenas o texto”.
    Trata-se, com toda certeza, de um horizonte teórico que apresentou inovações consideráveis. A visada contextualista desenvolvida por Quentin Skinner e outros historiadores intelectuais foi responsável pelo grande vigor e prestígio de que desfruta a história intelectual na atualidade, apesar dos ataques da crítica, sobretudo aqueles da história intelectual de outra extração, desferidos principalmente do campo do pós-estruturalismo. Sem desconsiderar as virtudes das várias correntes de interpretação de textos — com todas as propostas que anunciam como a novidade do dia —, é preciso recordar, com W. H. Greenleaf, que aquilo que se apresenta como novidade é, em certos aspectos, apenas o velho, sob uma outra forma. Avaliando por esse ângulo, ao desenvolvermos os temas deste livro, nossa perspectiva encontra-se bem próxima à de Jacques Le Goff que, empreendendo um amplo estudo sobre o desenvolvimento da historiografia contemporânea, não identificou necessariamente avanço qualitativo com o simples desenvolvimento cronológico do saber histórico.
    Ignorar esse saudável relativismo talvez possa dar margem a perspectivas maniqueístas acerca do avanço da historiografia contemporânea, com um sabor anacrônico de “batalha dos livros” — título da impiedosa obra de Swift (1697), que tomou o partido dos antigos —, para recordar o famoso debate histórico-literário entre os antigos e os modernos, que se iniciou na Itália do século XVII, alastrando-se por toda a Europa, até a época do Iluminismo. Nas Gulliver’s travels into several remote nations of the world (1726), por exemplo — sátira aos costumes de seu tempo e que, curiosa e paradoxalmente, tornou-se desenho animado e título consagrado da literatura infantil em edições edulcoradas —, Jonathan Swift ainda repercute o estado de ânimo dos europeus em relação aos paralelismos que conjeturavam acerca da superioridade das artes e das ciências dos antigos sobre a engenhosidade dos modernos, e vice-versa. Na sátira Battle of books Swift havia afirmado a superioridade dos antigos através da comparação destes com as abelhas. Já os modernos eram equiparados às aranhas, que retiram do próprio corpo os materiais de suas construções.
    Ao analisarmos algumas correntes da historiografia do pensamento político ao longo do século XX, nossa reflexão não pretende realçar comparações do tipo “antigos versus modernos”, como se a exposição de um debate historiográfico — no curso diacrônico de seu movimento — levasse inexoravelmente à superioridade das abordagens mais recentes. Sem negar a natureza cumulativa do conhecimento histórico, os “antigos” e os “modernos” possuem valor equitativo, porque avaliados em seus respectivos tempos históricos. Parafraseando uma máxima acerca das várias faces da política, que citamos de memória por não recordarmos exatamente de sua autoria — mas deve tratar-se da famosa reflexão de Clausewitz sobre a guerra —, o moderno talvez não seja muito mais que a continuação do antigo, por outros meios.
    Sendo assim, alguns dos méritos das novas tendências na área devem-se menos ao que acrescentaram — a título de contribuição própria e original — do que àquilo que recuperaram da tradição anterior, como um conjunto diversificado e eficaz de pistas teóricas no intrincado ofício de dialogar com as ideias daqueles que só deixaram seus livros, como enfatizou Hobbes há séculos. Isso pode significar que, no interior da grande tradição interpretativa em torno dos textos políticos, há espaço de sobra para a continuidade, para a novidade, e, muito mais ainda, para a recriação.
    Este livro é uma breve introdução a algumas das correntes que influenciaram o desenvolvimento da história do pensamento político ao longo do século XX. Pretende-se apenas definir e sintetizar os pressupostos centrais de determinadas teorias da interpretação de textos políticos. Assim sendo, o trabalho não tem a pretensão de constituir-se num histórico da história intelectual do político, ainda que se tenha optado por uma exposição cronológica de seu desenvolvimento.
    Mas como definir um campo de estudos tão vasto? Tarefa árdua, e muito arriscada, pela simples evidência de que não há uma história do pensamento político. A sua trajetória — tão diversificada em correntes teóricas — demonstra apenas que ela não possui uma essência eterna. Tendo em mente os principais riscos desse tipo de abordagem, o propósito é refletir acerca de algumas tendências da história do pensamento político, bem como analisar as formas pelas quais determinados autores as instrumentalizaram em suas pesquisas, e de que maneira elas têm-se refletido na interpretação dos textos políticos.
    Trata-se, portanto, de uma incursão panorâmica pelo campo teórico definido pela historiografia anglo-americana como história intelectual. Expressões aqui empregadas, como história intelectual, história das ideias e história das ideias políticas, salvaguardadas algumas nuanças, referem-se a um objeto comum de reflexão: a história do pensamento político. Pretende-se apontar para as diversas formas postas em prática pelos historiadores — em diferentes contextos da produção historiográfica do século passado —, no trabalho de compreensão das obras políticas.

    Para ler os classicos do pensamento politico - um guia historiog

     

     

     

    Para ler os clássicos do pensamento político: um guia historiográfico

    Marcos Antônio Lopes

    Impresso: R$31

    Ebook: R$23

     

  • Postado por editora em Atualidades, Destaques em 23/07/2014 - 11:58

    A seção de ebooks gratuitos da Editora FGV já conta com cerca de 50 títulos no formato PDF para download imediato.

    Uma das obras de destaque desta seção é A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável: a governança dos atores públicos e privados.

    Trata-se de um conjunto de artigos elaborados como contribuições feitas à Jornada Internacional para a Rio + 20, realizada no Rio de Janeiro em 24 e 25 de junho de 2011, com organização de pesquisadores da FGV na área de Direito Ambiental.

    O livro está dividido em duas partes, sendo que a primeira trata da economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável, contendo: 1) a inclusão dos atores provados na busca do desenvolvimento sustentável e 2) a transferência da tecnologia. A segunda parte aborda a governança dos atores públicos e privados, contendo: 1) metodologia de análise; 2) a governança nacional em áreas específicas — florestas, questões fundiárias e energia renovável; 3) a governança
    internacional, abarcando princípios, modelos de governança, governança internacional e biodiversidade.

    Conheça um trecho da introdução do livro e aproveite para baixá-lo na íntegra, de forma gratuita, em nosso site.

    "A Declaração Rio/92, em seu princípio 10, afirma que “o melhor modo de tratar as questões do meio ambiente é assegurando a participação de todos os cidadãos interessados, no nível pertinente”.
    O meio ambiCapturarente é um “bem de uso comum do povo” (art. 225 da Constituição da República Federativa do Brasil) e a participação é um dos elementos do Estado democrático de direito, pois “todo o poder emana do povo” (art.1º, parágrafo único da mencionada Constituição). Querer participar na formulação da política ambiental e na sua implementação não pode ser visto como um fato esporádico ou pontual na vida de uma nação.
    A necessidade do “controle social” das decisões que afetem o meio ambiente a nível nacional e a nível mundial cresceu diante da intervenção estatal em alguns setores da economia: hidroelétricas, usinas nucleares, prospecção e produção na área petrolífera, transportes (aeroportos, rodovias e portos). Nesses setores, vamos encontrar, muitas vezes, os Estados aliados ao “capital global” perdendo, portanto, os poderes públicos a independência e a imparcialidade para decidir em prol do meio ambiente ecologicamente equilibrado. Os poderes públicos, no licenciamento ambiental, acabam sendo atores e decisores, o que contamina pela parcialidade.
    O direito de participar não está sendo fácil de ser instaurado na ordem internacional. Os que estão no poder político e até intelectual resistem em compartilhar efetivamente. Não entendo que a teoria da governança ambiental implique necessariamente a retirada do Poder Público, mas ocasionará a adoção de uma gestão compartilhada com a sociedade civil no concernente às responsabilidades ambientais. Etapas de implementação estão sendo realizadas, como o
    sistema de acompanhamento previsto na Convenção de Aarhus, não assumida, ainda, em escala planetária.
    A chamada “exclusão social” não se verifica somente no campo da alimentação, da moradia e do emprego. As reivindicações por participar estão “na rua”. A conscientização do valor do meio ambiente equilibrado como essencial à qualidade de vida está contribuindo para gerar a institucionalização da participação.
    As reflexões inseridas neste livro, que me honra apresentar, contribuem significativamente para alimentar a esperança de que a mudança da política ambiental internacional é possível e depende, também, de cada um de nós."

     

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  • Postado por editora em Atualidades, Destaques em 21/07/2014 - 14:34

    A Coleção Práticas de Gestão é um conjunto de livros cujo conteúdo é produzido para dar suporte aos componentes curriculares dos cursos de graduação tecnológica da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas (FGV/Ebape), ofertados na modalidade à distância, por meio de recursos tecnológicos modelados, mediados e gerenciados pelo FGV Online.

    Dentro desta coleção está a Série Gestão pública, que recebe a publicação de três novos títulos que, como os demais, combinam a visão acadêmica com os exemplos práticos, voltados para o mercado de trabalho.

    Gestão financeira no setor público, do professor Istvan Karoly Kasznar, apresenta uma das questões fundamentais das organizações: a alocação do capital - ponto essencial, tendo em vista a finalidade de gerar o equilíbrio das contas públicas e a correta aplicação dos recursos.
    A gestão financeira no setor público é um ramo das finanças corporativas que lida com a alocação de recursos que diz respeito à gestão de recursos financeiros que estão nas mãos do setor público – nas empresas típicas de governo; nas empresas estatais; no ramo da previdência pública nos três níveis de governo, federal, estadual e municipal.
    Essa variedade de empresas públicas faz com que as finanças corporativas se apliquem a elas de forma diferenciada.
    Enquanto uma empresa produtiva estatal pode sujeitar-se às vicissitudes e aos movimentos conjunturais do mercado, faturando de forma flutuante e de acordo com a movimentação econômica, um colégio ou um hospital público pode estar sujeito a uma verba pré-fixada, ou que lhe reduz os graus de liberdade e de ação financeira. É preciso estar atento à situação que se enfrenta e montar uma estratégia financeira que preveja estas restrições.
    Ao gestor financeiro público cabe ter, antes de mais nada, uma visão macro e social, condicionada à realidade política. Em outras circunstâncias, no entanto, o gestor financeiro poderá operar e trabalhar em partes, órgãos ou seções do Estado. Seu foco sairá do macro para o micro, mais específico e menor, frequentemente um projeto ou uma empresa ou repartição pública.

    Planejamento e orçamento público, dos professores Francisco Humberto Vignoli e Francisco Rózsa Funcia, trata dos processos de planejamento do setor público brasileiro e da correspondente execução orçamentária, que devem obedecer a regras legais que retiram, parcialmente, o caráter discricionário do gestor público, bem como aos aspectos que caracterizam o pacto federativo brasileiro, especialmente no que tange ao processo de financiamento das políticas públicas e da rigidez orçamentária e na esfera municipal, cuja receita disponível é excessivamente dependente das transferências intergovernamentais.
    O processo de planejamento do setor público brasileiro é disciplinado por regras constitucionais, legais e infralegais, válidas para a União, estados, Distrito Federal e municípios, o que garante a unidade de seus elementos constitutivos,
    permitindo, com isso, a consolidação das informações orçamentárias e financeiras.
    Contudo, essas regras também conferem ao modelo orçamentário brasileiro um grau de rigidez orçamentária que condiciona o processo de planejamento das três esferas de governo no Brasil.

    Dinâmica comportamental no setor público, do professor Gustavo Andrey de A. L. Fernandes, aborda o comportamento organizacional no setor público, e discute, também, a natureza das organizações públicas e a importância da motivação no trabalho, focando as teorias de motivação e suas implicações para as organizações públicas.
    As organizações públicas e as privadas são diferentes em seus objetivos primários; enquanto as organizações privadas, as firmas, buscam maximizar lucros para sobreviver dentro do mercado, as organizações públicas são capacitadas através da legislação e mantidas com recursos do sistema político. Devido à responsabilidade de administrar perante o corpo político, as organizações públicas são uma espécie de braço executor das tarefas governativas, e, indiretamente, são uma peça da engrenagem que compõe o sistema político.
    Para entender o comportamento organizacional dentro do setor público, é preciso considerar a existência de duas perspectivas principais para a análise da estrutura e do comportamento de uma organização: uma no nível micro ('comportamento organizacional'), centrada nos indivíduos, e outra no âmbito macro ('teoria organizacional'), que tem como unidade de análise a própria organização.

     

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    Gestão financeira no setor público

    R$32

    Planejamento e orçamento público

    R$32

    Dinâmica comportamental no setor público

    R$39

     

     

     

    Coleção Práticas de gestão | Série Gestão pública

     

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