Destaques

  • Postado por editora em Atualidades, Destaques, Entrevistas em 14/11/2014 - 12:06

    A história do tempo presente tem mobilizado segmento expressivo da comunidade de historiadores no plano nacional e internacional. Inscreve-se em um movimento mais amplo de renovação historiográfica que trouxe consigo revitalização da história política, ampliação do uso de fontes, valorização da interdisciplinaridade, maior diálogo com as ciências sociais, recusa de explicações deterministas e totalizantes, valorização de atores individuais e coletivos, relação dialética entre história e memória.
    Esse movimento é também demarcado por importante reflexão epistemológica que enseja densas análises referentes às especificidades teóricas e metodológicas desse novo fazer histórico. A eleição do tempo presente como temporalidade nuclear de pesquisas e análises é recente e, portanto, fértil em suas possibilidades de construção de uma forma inovada de conhecimento histórico que pressupõe redimensionamento do campo da história, da construção de abordagens, das noções de espacialidade, além de fértil construção de estratégias dialogais com diferentes áreas de conhecimento. Essas são necessariamente questões complexas em suas múltiplas dimensões. Sugerem a necessidade de um esforço reflexivo crescente e aprofundado que, além do enfoque teórico, considere resultados de pesquisas, traduzidos em uma escrita da história que visita o passado recente das sociedades em uma dinâmica inter-relacional de temporalidades.
    O livro História do tempo presente, organizado pelas professoras Luciliade Almeida Neves Delgado e Marieta de Moraes Ferreira, objetiva contribuir para a reflexão de historiadores, estudantes de história e profissionais de áreas de conhecimento afins à história que se dedicam a estudos sobre a história do tempo presente, com ênfase na história política. Nesse sentido, além de resultados de pesquisa e da apresentação de interpretações sobre experiências históricas específicas, incorpora reflexões sobre a peculiaridade da história política no tempo presente, considerando, inclusive, a inflexão paradigmática que marcou os últimos 40 anos no campo das ciências humanas e sociais.
    Nesse sentido, a concepção do livro prioriza as seguintes abordagens sobre a história do tempo presente: campo constitutivo e temporalidade, pluralidade de fontes e de procedimentos de pesquisa e diversidade de temática.

    Conversamos com a professora Lucilia. Confira a entrevista:

    Qual é a principal contribuição da obra para a disseminação do tempo presente como um campo importante da história?

    A obra, além de integrada a um movimento de renovação historiográfica caracterizado por ampliação e diversificação do uso de fontes, valorização da interdisciplinaridade, maior dialogo com as ciências sociais, apresenta análises sobre o estatuto teórico e metodológico do tempo presente e também resultados de experiências pesquisa que elegeram o presente, como temporalidade nuclear das investigações realizadas.

    Quais temas fazem parte do campo de pesquisa da História do tempo presente?

    Além de uma história política, renovada e atualizada a pesquisa da História do tempo presente engloba diversidade temática ampla, incorporando objetos tais como: mundo do trabalho, educação, memória social e individual, mídia, movimentos sociais, gênero, cultura, liturgias do poder, questão fundiária, saúde,  religiosidades, entre outros.

    Qual a importância social do historiador do tempo presente?

    O historiador do tempo presente inserido na realidade social na qual vive, pode contribuir  para:  o registro de narrativas da memória (história oral), .  o diálogo interdisciplinar da história com outras áreas do conhecimento e subsidiar reflexões e análise sobre o mundo no qual estamos inseridos.

     

    História do tempo presente

    Lucilia de Almeida Neves Delgado e Marieta de Moraes Ferreira

  • Postado por editora em Atualidades, Destaques em 10/11/2014 - 10:56

    Desenvolvemos o nosso novo site com o propósito de oferecer a melhor experiência de navegação aos nossos leitores e visitantes.

    O visual mais claro, moderno e intuitivo foi uma das maiores preocupações que tivemos durante sua criação, com atenção especial para a praticidade e a harmonia dos banneres e ícones de busca seletiva.

    As informações estão mais claras e a navegação mais fácil e rápida.

    A busca está otimizada e já é possível localizar a obra de interesse digitando qualquer palavra relacionada ao título ou ao autor do livro, sem precisar selecionar o tipo de opção.

    Entre as principais novidades desta nova versão estão a área especial para imprensa, os espaços para divulgação de eventos e de inserções na mídia, a seção de ebooks gratuitos e a seção de ebooks de editoras universitárias parceiras.

    Todas as informações sobre as formas de compra, acesso ao conteúdo digital, vendas especiais e dúvidas diversas estão descritas de forma objetiva em seus respectivos links.

    Queremos, neste novo ambiente, estar cada vez mais próximos dos nossos leitores, compartilhando de forma prática todo o conhecimento reunido nas nossas publicações e, agora também, nas obras de outras editoras que firmaram parceria conosco.

    Navegue pelo nosso novo site e conte-nos o que achou.

    Seja muito bem-vindo!

    editora.fgv.br

    Arquivos:
  • Postado por editora em Atualidades, Destaques, Eventos, Promoções em 28/10/2014 - 13:15

    primavera

     

    A Primavera dos Livros, feira literária organizada pela Libre (Liga Brasileira de Editoras), conta com cerca de 120 editoras e mais de 15 mil títulos de variados temas, expostos nesta 14ª edição, que tem um público estimado de 50 mil pessoas em quatro dias de duração.

    A convite da organizadora, vamos ter a segunda participação nesse evento e, desta vez, em um espaço maior e com exposição de mais obras, principalmente da área de ciências humanas.

    Estaremos nos estandes 75 e 76, nos Jardins do Museu da República, com cerca de 200 títulos, todos com descontos de até 50%.

    O lugar central, em espaço aberto e agradável, além da entrada franca formam o cenário perfeito para passear entre livros e pessoas interessantes, que compartilham, como nós, o conhecimento.

    A Primavera dos Livros vai homenagear os 450 anos da cidade do Rio, entre os dias 30 de outubro e 2 de novembro, de 10 às 22h, nos Jardins do Museu da República, no Catete, Rio.

     

     

    Confira a programação completa, disponível, também, no site da Libre:

     

     

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  • Postado por editora em Atualidades, Destaques em 08/10/2014 - 15:02

    Direito das Organizações Internacionais: casos e problemas, lançado em parceria com a FGV Direito Rio, é fruto de experiências didáticas realizadas durante mais de cinco anos na Escola de Direito da Fundação Getulio Vargas do Rio de Janeiro pela professora de Direito Global Paula Wojcikiewicz Almeida, com a colaboração de Rafael Zelesco Barretto, tutor da disciplina à época e coautor da obra.
    Trata-se de um casebook de 830 páginas, que reúne estudos de caso apresentados nas aulas ministradas no âmbito da disciplina Direito Global, cujo foco está nas organizações internacionais como alternativas institucionais à sociedade tradicional de Estados. A importância e atualidade do tema são inquestionáveis. Isso porque o século XX foi marcado pelo surgimento e evolução das organizações internacionais, consideradas novos sujeitos do direito internacional, bem como por sua multiplicação.
    O fenômeno do surgimento das organizações internacionais caminha ao lado daquele conhecido como a jurisdicionalização do Direito Internacional. Por isso, a preocupação em atrelar o estudo dessas organizações aos seus respectivos sistemas de solução de controvérsias perpassa toda a obra, que traz ao longo dos capítulos estudos de casos envolvendo a Corte Internacional de Justiça, o Tribunal Penal Internacional, os Tribunais Penais ad hoc para ex-Iugoslávia e Ruanda, os tribunais de sistemas de integração, como a União Europeia e o Mercosul, dentre outros.
    Como um livro de casos, a obra é pensada para formação do raciocínio jurídico do estudante de direito internacional e para a expansão dos horizontes dos docentes que desejarem experimentar uma alternativa ao tradicional modelo de aulas expositivas.

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    De acordo com a professora Paula: "Este é um livro de casos, pensado para a formação do raciocínio jurídico do estudante de direito internacional e para a expansão dos horizontes dos docentes que desejarem experimentar uma alternativa ao tradicional modelo de aulas expositivas meramente transmissivas do conteúdo dos manuais. Cada capítulo abrange aproximadamente o tema de uma aula, oferecendo mais de uma possibilidade de enfoque do conteúdo. Os tópicos, assim, devem ser entendidos como alternativos, e um curso de direito internacional não deve necessariamente abordar tudo o que se expõe aqui. Ao final de cada tópico, perguntas visam orientar o estudo pessoal sobre os temas tratados, bem como incitar o aprofundamento seletivo em questões mais candentes. Por fim, o casebook é complementado com indicações bibliográficas a respeito de cada um dos temas tratados para um maior aprofundamento na matéria. Espera-se, assim, capacitar o aluno para que encerre o curso sendo capaz de manejar os institutos e regras que regem a atual ordem internacional, de modo a poder aplicar seu conhecimento a qualquer situação que o exija."

     

    Direito das organizações internacionais: casos e problemas

    Paula Wojcikiewicz Almeida e Rafael Zelesco Barretto

    Impresso: R$160,00

    Ebook: R$112,00

  • Postado por editora em Atualidades, Destaques, Entrevistas em 06/10/2014 - 17:01

    O trabalho do bibliotecário em proporcionar o encontro entre livro e leitor se transforma de forma definitiva. Com a modernização e a facilidade de acesso à informação os processos que estavam estabelecidos se alteram.
    Os bibliotecários se deparam com desafios sobre aplicação de novos modelos de negócio para licenciamento de conteúdo, empréstimo de livros digitais e privacidade dos usuários.
    A expectativa dos leitores, a biblioteca do futuro, a alteração da forma física da documentação e os impactos no consumo causados pelas transformações na forma de acesso à leitura são temas atuais e de grande repercussão na estrutura das tradicionais bibliotecas.
    Além de todo o avanço tecnológico que essas instituições vêm providenciando na disponibilização de seus acervos, uma outra necessidade deve ser considerada: a atuação profissional do bibliotecário.
    Esse 'novo' profissional deve alterar sua forma de atuação, priorizando o serviço prestado e a atividade desempenhada, utilizando as disciplinas técnicas como meio e não como atividade-fim da profissão, tornando o espaço da biblioteca um local convidativo de conhecimento, crescimento e troca. O local da biblioteca também deve ser repensado como um ambiente que seja atrativo ao usuário, que permita interação alinhada com liberdade, não sendo apenas um espaço de troca e aprendizado, mas uma opção de lazer, repleto de oportunidades de descobertas e conhecimento.
    É nesse cenário de tantas mudanças que a Editora FGV lança a obra Livro digital e bibliotecas, de Liliana Giusti Serra.
    A autora, responsável pelo desenvolvimento dos softwares SophiA Biblioteca e SophiA Acervo, respondeu a 3 perguntas nossas. Confira:

    Quais são as principais dificuldades encontradas pelas bibliotecas tradicionais na adequação da preservação e do acesso público às obras de seu acervo, funções originais dessas instituições, com o aumento cada vez maior da oferta e da demanda por publicações digitais?

    O tratamento e gestão dos livros digitais são distintos dos impressos. As Bibliotecas precisam aos poucos iniciar a inclusão dessas fontes aos acervos. Vejo que o digital não inviabiliza ou inutiliza o impresso. Eles se complementam e permitem às bibliotecas poderem oferecer mais opções de conteúdo ao usuário, com variação de suporte, formato etc. A tendência é as bibliotecas possuírem acervos híbridos, com os ajustes que cada tipo de documento exige. O digital favorece a preservação ao eliminar a manipulação e deslocamento de originais. O acesso é ampliado, com títulos disponíveis nos catálogos das bibliotecas, podendo ser consultados de qualquer lugar, em qualquer horário.

     

    O capítulo Sobre livros e música no formato digital inicia constatando uma certa resistência do mercado editorial sobre o avanço dos livros digitais com base nas grandes mudanças que ocorreram no mercado fonográfico há alguns anos. Até que ponto o futuro da leitura digital pode realmente seguir os mesmos passos da indústria fonográfica?

    O mercado editorial está passando por período de transformações e as possibilidades e consequências ainda não são claras. A forma de consumir, ler, produzir livros está alterada. Os impressos coexistirão com os digitais e existe, a meu ver, espaço para essa convivência. Os editores têm resistência pois o caminho é incerto e pode comprometer o negócio do livro. É natural que queiram se cercar de seguranças ou controles, mesmo que isso signifique adicionar barreiras. A forma de consumir livros será alterada. Não tenho dúvidas disso. Porém, é um processo que vem ocorrendo, com o amadurecimento de editores, autores, livreiros e leitores. Será diferente, mas isso não significa que o mercado editorial deverá se reinventar como o fonográfico, até porque aprendeu muito com ele.

     

    Qual a principal contribuição dessa obra para os profissionais envolvidos e leitores diversos?

    Os livros digitais não são muito discutidos no Brasil. Ainda é muito novo para bibliotecas e bibliotecários. Se considerarmos que  a oferta desses recursos já existe há mais de 10 anos nos Estados Unidos e Europa, podemos dimensionar o quanto temos que caminhar até estarmos familiarizados com o recurso. Os bibliotecários precisam conhecer a complexidade em trabalhar com os livros digitais, visando fazer as escolhas acertadas de fornecedores, modelos de negócios, tipos de conteúdo etc. Se o bibliotecário não conhece, como irá oferecer os livros digitais a seus usuários? A obra busca trazer o tema para discussão, alertando os profissionais da informação sobre a complexidade e possibilidades de aplicação desses recursos. É um tema aberto, com modelos de negócios e suas implicações sendo estabelecidos. Entender o que já foi utilizado em outros países pode auxiliar o Brasil no momento de estabelecer suas políticas de livros digitais para bibliotecas.

    Incluir livros digitais exige planejamento - assim como criar bibliotecas digitais. O profissional bibliotecário precisa estar ciente da complexidade da gestão do conteúdo licenciado para posicionar-se no momento da definição de contratação de conteúdo. Dessa forma terá mais subsídios para fazer os acertos necessários em suas atividades profissionais.

    Livro_digital_bibliotecas

     

    Livro digital e bibliotecas

    Liliana Giusti Serra

    Coleção FGV de Bolso | Série Sociedade & Cultura

    Impresso - R$22,00

    Ebook - R$15,00

     

     

     

     

    LANÇAMENTOS

    Dia 3 de dezembro, 14h30  

    Academia Brasileira de Letras | Auditório José de Alencar

    Av. Presidente Wilson, 203 | 1º andar | Centro | Rio de Janeiro

     

    Dia 4 de dezembro, 18h30

    Livraria Martins Fontes Paulista

    Avenida Paulista, 506 | São Paulo

    (próximo à Estação Brigadeiro do Metro)

     

    Todos convidados!!

  • Postado por editora em Atualidades, Destaques, Entrevistas em 24/09/2014 - 15:02

    16/10/2014 - Livro Vencedor do Prêmio Jabuti 2014 | Categoria Direito

    Recuperamos essa postagem, publicada em fevereiro desse ano, para comemorar a seleção da obra dentre as 10 finalistas da categoria Direito da 56ª edição do Prêmio Jabuti.

    Enquanto o dia 16/10 não chega com seleção das três finalistas, conheça melhor a obra de José Rodrigo Rodriguez.

    "Há certamente boas razões para criticar o direito em geral e, mais especialmente, o direito brasileiro. No entanto, também há razões injustas ou simplesmente equivocadas para fazê-lo. Este livro tem a pretensão de identificar as melhores razões para criticar o direito de nosso país tendo em vista o aperfeiçoamento de nosso estado de direito e o aprofundamento de nossa democracia."

    Com a publicação da obra 'Como decidem as cortes?: para uma crítica do direito (brasileiro)', o professor José Rodrigo Rodriguez identifica as melhores razões para criticar o direito de nosso país tendo em vista o aperfeiçoamento de nosso estado de direito e o aprofundamento de nossa democracia.

    Rodriguez pretende, ainda, apresentar ao leitor as feições mais marcantes da racionalidade jurídica no Brasil, as características mais gerais do modo de pensar e agir de juízes, advogados, promotores e outros agentes que atuam nesse campo.

    Confira um trecho da orelha desse livro, assinada pela professora Vera Karam de Chueiri, e, a seguir, a entrevista que o autor concedeu ao jornalista Ederson Granetto para a  UNIVESP TV.

    "O livro que se apresenta ao leitor, Como decidem as cortes? Para uma crítica do direito (brasileiro) de José Rodrigo Rodriguez, chama a nossa atenção para a decisão judicial, sua forma e conteúdo, desde uma perspectiva crítica, não naturalizada e fincada em nossa experiência pós Constituição de 1988. Dito de outra maneira, chama a nossa atenção para as razões de decidir, isto é, os argumentos de que se vale o aplicador para justificar sua decisão, e o faz com sofisticação teórica sem descurar a realidade da jurisdição brasileira e a necessidade de uma metodologia de análise empírica, pouco (ou mal) utilizada pela maioria dos juristas.
    A literatura jurídica brasileira tem enfrentado a questão das decisões judiciais ora como um problema (teórico) de argumentação ou de aplicação do direito, ora como um problema (técnico) relativo ao processo e aos procedimentos judiciais. De fato, a decisão judicial é tanto um problema teórico quanto um problema prático e requer reflexão crítica e ação transformadora, estas últimas, lugares-comuns na retórica política e jurídica pós-1988. Portanto, a diferença que faz a diferença no trabalho do autor é, justamente, a superação desses lugares-comuns, seja pela desnaturalização de conceitos de que o direito e os juristas se utilizam, seja pela reflexão que parte da
    realidade pouco ou nada tranquila do direito e da política na sociedade brasileira, levando em conta sua complexidade e especificidade."

    Confira a entrevista AQUI.

    entrevista

    Como decidem as cortes?: Para uma crítica do direito (brasileiro)

    Impresso: R$42  |  eBook: R$30  | Editora FGV

     

    Como decidem as cortes

  • Postado por editora em Atualidades, Destaques, Eventos em 22/09/2014 - 14:14

    O presente livro, dedicado à análise da evolução das historiografias portuguesa e brasileira no século XX, resulta da colaboração entre uma instituição portuguesa, o Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra (CEIS20/UC) e uma organização brasileira, o CPDOC/FGV. De um lado temos uma entidade que mistura a longa duração da Universidade de Coimbra com a relativa novidade de uma unidade de investigação financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia; do outro um centro de documentação e investigação de excelência que se transformou, também, numa escola de ciências sociais no âmbito de uma Fundação que é, também, uma instituição de ensino superior.

    Sem a pretensão de se apresentar como “a história” das historiografias portuguesa e brasileira no século XX, esta obra integra textos de vários historiadores e outros cientistas sociais de ambos os países que propõem leituras diversas e cruzadas sobre a relação entre poderes (político-institucionais, religiosos, acadêmicos) e produção de discurso historiográfico, acerca da influência exercida por ambientes intelectuais estrangeiros — nomeadamente francês e alemão, britânico e norte-americano —, sobre a relevância social de tecnologias derivadas da historiografia (didática da História, património cultural, museologia), acerca de temáticas particularmente atuais e/ou polêmicas da história de Portugal e da história do Brasil (salazarismo e getulismo, colonialismo e pós-colonialismo, ditadura e transições da e para a democracia, empresas e empresários).

    A obra Historiografias portuguesa e brasileira no século XX: olhares cruzados, coordenada pelos professores Américo Freire, responsável pelo 'olhar brasileiro', e João Paulo Avelãs Nunes, que registrou o 'olhar lusitano', será lançada na próxima quarta-feira, dia 24 de setembro, às 18h30.

    Confira alguns trechos da introdução, que mantém particularidades da ortografia portuguesa, assim como toda a obra:

    "Depois de Portugal e o Brasil terem adoptado regimes democráticos, verificou-se um reforço dos níveis de aproximação dos respectivos sistemas de ensino superior e das correspondentes comunidades científicas. Inicialmente fruto de iniciativas individuais, o processo em causa acabou por envolver também instituições de ensino superior e unidades de investigação, o poder político e empresas. Apesar de ser ainda possível aprofundar e aperfeiçoar significativamente este espaço de cooperação, muito foi já concretizado aproveitando, quer a integração de Portugal na Comunidade Económica Europeia/União Europeia, quer a afirmação do Brasil como uma “potência emergente”.
    Em termos mais específicos, salienta-se a importância da história da historiografia e da história das tecnologias associadas como instrumento de auto-regulação deontológico-epistemológica e teórico-metodológica, na qualidade de vector de avaliação do grau de autonomia dos historiadores e de outros profissionais (da ciência e da tecnologia) face ao Estado e a entidades da “sociedade civil”. Dada a grande variedade de soluções político-ideológicas adoptadas, em Portugal e no Brasil, durante o século XX — regimes liberais conservadores, demoliberais, autoritários, totalitários e democráticos —, estar-se-ia perante um campo de observação particularmente desafiante.
    Numa conjuntura em que se assiste em ambos os países — à escala global — a um a sistemática desvalorização da “utilidade prática” da historiografia, de outras ciências sociais e das tecnologias a elas associadas (o “presente contínuo” de que falava Eric Hobsbawm) visou-se, também, combater essa tendência. Procurou-se demonstrar a centralidade das interpretações acerca da realidade social passada, quer na definição de estratégias — operatórias ou ineficazes, sustentáveis ou auto-destrutivas, tendencialmente justas ou injustas — de governação das sociedades actuais, quer na estruturação de mundividências e de ideologias muito ou pouco alienantes e sectárias."

    Historiografias portuguesa e brasileira

     

     

    Historiografias portuguesa e brasileira no século XX: olhares cruzados

    João Paulo Avelãs Nunes, Américo Freire

    R$65

  • Postado por editora em Atualidades, Destaques em 22/09/2014 - 11:20

    Arbitragem, diz-se comumente, é mecanismo extrajudicial de resolução de disputas. Mas vai muito além; é hoje elemento vital na atração de investimentos.
    É componente-chave na formulação da equação econômico-financeira do contrato. Já se disse, não há acordo comercial internacional sério que não contemple cláusula compromissória.
    A agilidade dos agentes e a velocidade com que os negócios e os nichos surgem e desaparecem não permitem ao empresário perpetuar uma divergência em detrimento de oportunidades de negócio.
    Diante desse ritmo acelerado é imprescindível que os embates sejam solucionados em tempo razoável.
    Eis a relevância da obra de José Antonio Fichtner, Sergio Nelson Mannheimer e André Luís Monteiro.                       O livro Novos temas de arbitragem contempla, efetivamente, o que o título propõe, já que aborda os novos temas, tanto no sentido de contemporaneidade quanto no resultado da depuração de assuntos em debate.
    Os autores, com a experiência e o conhecimento que lhes são particulares, apresentam, de forma clara e bem pontuada, gama importante de questões problemáticas e, por isso, caras ao instituto da arbitragem; e o fazem sem se furtarem a apontar — tecnicamente — a solução que entendem adequada.

    Confira a introdução da obra:

    O notável sucesso da arbitragem no Brasil deriva de vários elementos que produziram forças convergentes e determinaram, a partir da edição original da lei e da afirmação de sua constitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal, uma recepção do instituto sem precedentes dentro do nosso ordenamento jurídico, provocando um misto de surpresa e admiração aos olhos dos estudiosos de direito comparado e cultores da arbitragem estrangeiros.
    Parte considerável do excepcional resultado se deve ao próprio Poder Judiciário. A tensão que o fenômeno da multiplicação de demandas tem provocado sobre a sua estrutura levou o Poder Judiciário a voltar os seus olhos com a atenção devida para a importância dos métodos alternativos de solução de controvérsias.
    Assim é que a jurisprudência maciça dos órgãos jurisdicionais estatais, notadamente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), produziu arestos paradigmáticos que afirmaram a validade e a eficácia da arbitragem como extraordinário instrumento alternativo de solução de controvérsias de alta complexidade.
    Esforço similar está sendo feito no âmbito dos outros Poderes, no qual o Ministério da Justiça e o Poder Legislativo trabalham em conjunto para operar a edição de normas projetadas para sedimentar as bases da utilização em escala elevada da mediação como forma de desobstruir a estrutura judiciária e ampliar as opções de pacificação social.
    Retratos perfeitos de tal fenômeno são a especial importância dada às súmulas dos Tribunais Superiores como elementos de uniformização e, ao final, restrição de acesso recursal — especialmente, a súmula vinculante —, as diversas formas de demandas coletivas e espécies de legitimação extraordinária, o tratamento aplicado aos recursos extraordinário e especial repetitivos, o instituto da repercussão geral do recurso extraordinário, o chamado incidente de resolução de demandas repetitivas no Projeto de Novo Código de Processo Civil etc.
    Em paralelo, no âmbito privado, as partes, confrontadas com um sistema por vezes subdimensionado e sem condições de prestar soluções a bom tempo, previram e executaram soluções relacionadas a direitos de natureza disponível fora da estrutura judiciária formal.
    Deve-se anotar, por outro lado, que os resultados não teriam sido tão interessantes, forjando o bom futuro do instituto, se três outros fatores diferentes não operassem forças decisivas.
    Em primeiro lugar, a qualidade da lei original (Lei no 9.307/1996). Ela forjou uma estrutura legal que permitiu que o instituto vicejasse naturalmente, a partir da preservação de suas características privadas, consolidando bases sólidas para o instituto, num misto de flexibilidade e efetividade.
    Em segundo lugar, a qualidade dos operadores do direito que se dedicaram à arbitragem nos últimos anos e a seriedade com que o instituto tem sido tratado no âmbito acadêmico especializado e nos diversos institutos e entidades arbitrais brasileiros. Somou-se a isso um inédito (em volume e qualidade) intercâmbio com especialistas estrangeiros, através de seminários, palestras, atraindo para o Brasil diversos profissionais e instituições arbitrais internacionais.
    Como terceiro fator de influência decisiva, cabe mencionar a qualidade do trabalho de diversas instituições arbitrais, exercendo papel decisivo, no âmbito nacional e internacional, para a consagração da arbitragem como método preferencial de solução de litígios de elevada complexidade.
    No aspecto macroeconômico, o crescimento brasileiro impulsionou os investimentos estrangeiros e nacionais no país e, por conseguinte, o crescimento da arbitragem como método de resolução de conflitos de maior envergadura.
    Essa realidade está refletida em dados estatísticos. Conforme matéria publicada no jornal Valor Econômico de 8 de janeiro de 2013, assinada por Zínia Baeta, as cinco maiores câmaras de arbitragem brasileiras (CCBC, Fiesp/Ciesp, Amcham, Camarb e FGV) administraram, em processos arbitrais, um total crescente de R$ 867 milhões em 2008; R$ 2,225 bilhões em 2009; R$ 2,303 bilhões em 2010 e, mais recentemente, R$ 3 bilhões em 2011.
    Levando em conta os dados de anos anteriores, a reportagem afirma, com base em pesquisa capitaneada por Selma Ferreira Lemes, que “em sete anos, portanto, o crescimento dos valores envolvidos nas discussões entre empresas submetidas à arbitragem foi superior a 1.000%”. É de se destacar que essa conclusão está amparada apenas em arbitragens administradas por instituições arbitrais brasileiras, sem contar, assim, com as arbitragens ad hoc e aquelas envolvendo partes brasileiras que se desenvolvem sob o pálio de entidades sediadas no exterior, como a International Chamber of Commerce (ICC), a London Court of International Arbitration (LCIA) e a International Centre for Dispute Resolution ICDR-AAA).
    Recentemente, o Senado Federal, por intermédio do seu presidente, instituiu uma Comissão de Juristas para elaboração de Anteprojeto de Nova Lei de Arbitragem e Mediação brasileira, a qual o primeiro autor deste trabalho teve a honra de integrar.1 O trabalho da Comissão, presidida pelo ministro Luis Felipe Salomão, procurou preservar os inegáveis avanços da arbitragem no Brasil e propôs alterações na lei destinadas a prover o instituto de novos elementos entendidos como necessários para aprimorar o processo arbitral no país.
    Diante desse contexto, pareceu-nos oportuno reunir alguns textos, já publicados e inéditos, e editá-los neste livro, submetendo para o devido debate as ideias aí contidas à comunidade jurídica brasileira.
    A obra compõe-se, dessa forma, de ensaios sobre os mais relevantes princípios processuais aplicáveis à arbitragem, a confidencialidade na arbitragem, o custo do processo arbitral, as provas na arbitragem, o direito processual aplicável à arbitragem, a anulação da sentença arbitral, as repercussões do Projeto de Novo Código de Processo Civil na arbitragem, a jurisprudência do STJ em matéria de homologação de sentença arbitral estrangeira, a jurisprudência do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro sobre medidas urgentes na arbitragem, a execução específica de acordo de acionistas na via arbitral, a coisa julgada no processo arbitral. Consta, ainda, um parecer elaborado pelos dois primeiros autores sobre as medidas urgentes na arbitragem doméstica.
    Incluem-se, por fim, como anexos, uma tabela comparando as versões de 1998 e de 2012 do Regulamento de Arbitragem da Câmara de Comércio Internacional, o relatório preparado pela International Law Association (ILA) sobre confidencialidade na arbitragem e o Projeto de Lei elaborado pela Comissão de Juristas destinado a alterar a Lei no 9.307/1996 (PLS no 406/2013).
    O objetivo desta obra é fornecer uma contribuição à doutrina brasileira dedicada à arbitragem comercial, estimulando novas reflexões para o continuado aprimoramento do instituto.

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    Novos temas de arbitragem

    José Antonio Fichtner, Sergio Nelson Mannheimer, André Luís Monteiro

    612 páginas

    Impresso: R$135

    Ebook: 95

     

    Arquivos:
  • Postado por editora em Atualidades, Destaques em 16/09/2014 - 15:49

    Com base em uma vasta pesquisa em milhares de documentos distribuídos por mais de dez centros de documentação e acervos pessoais, o livro Heráclito Fontoura Sobral Pinto: toda liberdade é íngreme, do historiador Márcio Scalercio, traça uma biografia detalhada de um dos mais importantes brasileiros do século passado.
    Sobral Pinto ficou célebre por assumir causas conflitantes com os ideais que professava, por entender que a defesa dos direitos individuais estava acima de qualquer corrente de pensamento. A consciência era a sua Carta Magna.
    Sua aversão ao comunismo e a tudo que estivesse vinculado ao ateísmo não o impediu de aceitar a defesa dos comunistas Luiz Carlos Prestes e Harry Berger, cidadão alemão; ambos personagens-chave do levante comunista de 1935. Durante o processo, ficou de tal modo horrorizado com os maus-tratos infligidos pelas autoridades aos seus clientes que se viu obrigado a invocar o artigo 14 da Lei de Proteção dos Animais, em vigor na época. Era um modo de denunciar as violências costumeiras que aconteciam nos cárceres, o que ele próprio sentiu na pele por três vezes, quando preso por governos ditatoriais.
    Nenhum outro advogado brasileiro ousou, de forma tão rígida e inabalável, percorrer as íngremes e tortuosas ladeiras que levam à liberdade. E outro caminho não há para alcançá-la. E nenhum outro advogado teve ação destacada em dois períodos autoritários do Brasil: o Estado Novo (1937-1945) e o regime militar (1964-1985).
    O livro é ricamente ilustrado por fotos inéditas e contém reproduções de documentos da época em que o advogado fora monitorado pelos órgãos de repressão. No total, há 60 imagens, dentre elas fotos inéditas e documentos dos órgãos de repressão. A apresentação leva a assinatura de Alberto Venancio Filho, advogado, historiador e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), que destaca a luta de Sobral Pinto pelas liberdades civis e contra o autoritarismo. “A vida de advogado militante não lhe deu vagar para a realização de trabalhos doutrinários mais profundos, mas os que divulgou dão mostra da sua cultura e do seu saber jurídico.”

    Heráclito Fontoura Sobral Pinto: toda liberdade é íngreme é um ebook que está disponível gratuitamente em nosso site e, em breve, o download também poderá ser feito na iBooks Store e Kobo.

    Sobral

     

     

    Heráclito Fontoura Sobral Pinto: toda liberdade é íngreme

    Márcio Scalercio

    Editora FGV e Insight Comunicação

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  • Postado por editora em Atualidades, Destaques em 15/09/2014 - 13:07

    Quais foram os principais determinantes da evolução do emprego e dos salários no Brasil? Por que o mercado de trabalho mudou tanto sem alterações significativas na legislação trabalhista? Será que as mudanças recentes no emprego e nos salários foram simplesmente efeitos da conjuntura da última década? Ou será que as mudanças recentes vieram para ficar?

    Diante dessas questões, a Editora FGV e o IBRE lançam Panorama do mercado de trabalho no Brasil. Os ensaios publicados neste livro apresentam uma série de visões e interpretações sobre a evolução do mercado de trabalho brasileiro desde os anos 1990.  Os textos abordam diversos temas e oferecem aos leitores uma visão atualizada e objetiva do mundo do trabalho no Brasil.

    A obra, organizada por Regis Bonelli e Fernando Veloso (IBRE), traz prefácio de José Pastore (USP) e apresentação de Nelson Barbosa (FGV-IBRE/EESP). Os textos são de André Portela Souza, Bruno Komatsu, Carlos Henrique L. Corseuil, Eduardo Zylberstajn, Fernando de Holanda Barbosa Filho, Gabriel Ulyssea, Gustavo Gonzaga, João Saboia, José Márcio Camargo, Lauro Ramos, Naércio Menezes Filho, Pedro Henrique Cabanas, Rafael Cayres Pinto, Rodrigo Leandro de Moura, Vladimir Ponczek, todos especialistas em economia do trabalho e profundos conhecedores da economia brasileira.

    Confira um trecho da orelha do livro, assinada por Fernando Dantas (IBRE):

    "O mercaPanorama do mercado de trabalhodo de trabalho nacional tornou-se recentemente um dos maiores desafios para os pesquisadores da economia brasileira. Por que uma economia estacionada num ritmo de crescimento de 2%, ou até menos, continua a bater recorde atrás de recorde de queda de desemprego? E como explicar que a formalização tenha avançado tanto recentemente, se quase nada das reformas pró-flexibilização recomendadas por muitos especialistas foi implementado?
    Em seminário organizado pelo IBRE, alguns dos maiores especialistas do Brasil em mercado de trabalho debateram essas e outras questões. O momento não poderia ser mais oportuno. O tema do emprego é hoje central na discussão econômica e política no Brasil. Por um lado, a queda do desemprego e a alta da renda real são um dos principais alicerces da popularidade do governo. Por outro, o mercado de trabalho apertado dificulta o combate à inflação pelo Banco Central.
    Num ano eleitoral, as interações entre atividade, inflação e emprego estarão mais do que nunca na mira dos analistas e do público. O problema é que o comportamento surpreendente do mercado de trabalho brasileiro nos últimos anos indica que as visões convencionais e as fórmulas de sempre não dão conta de explicar adequadamente o que ocorre na economia real."

     

    Panorama do mercado de trabalho brasileiro

    Regis Bonelli, Fernando Veloso

    Impresso - R$42

    Ebook - R$30

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