Arquivo de Fevereiro 2015

  • Postado por editora em Atualidades, Destaques, Entrevistas, Opinião em 27/02/2015 - 18:03

    Para as comemorações dos 450 anos da cidade do Rio de Janeiro buscamos alguns depoimentos que identificam o espírito de ser carioca.

    Autores e colaboradores da Editora e de escolas, institutos, setores, diretorias e centros de pesquisa da Fundação Getulio Vargas foram convidados a descreverem seus sentimentos sobre a cidade.

    Os nascidos no Rio ou mesmo São Paulo, Minas, Piauí, Rio Grande do Norte e do Sul e ainda Itália, Argentina, Inglaterra, França e mundo afora nos narram suas experiências sobre ser carioca - da gema, de adoção ou de doação.

    Tudo em até 450 caracteres – ou perto disso.

    Aproveitamos esta oportunidade para convidar todos os nossos leitores - profissionais, alunos, professores, curiosos ávidos por conhecimento – a fazerem parte desta homenagem à cidade e nos deixarem seu comentário.

    Pode ser num “quase tweet triplo”, num post do Facebook, por email ou em nosso blog.

    Como Editora, recorremos às letras para o primeiro registro desta homenagem e, através de Vinícius de Moraes, identificamos o espírito que desejamos compartilhar.

    “Um carioca que se preza nunca vai abdicar de sua cidadania. Ninguém é carioca em vão. Um carioca é um carioca. Ele não pode ser nem um pernambucano, nem um mineiro, nem um paulista, nem um baiano, nem um amazonense, nem um gaúcho. Enquanto que, inversamente, qualquer uma dessas cidadanias, sem diminuição de capacidade, pode transformar-se também em carioca; pois a verdade é que ser carioca é antes de mais nada um estado de espírito.”

     Trecho de ‘Estado da Guanabara’ extraído do livro "Para Viver Um Grande Amor", Livraria José Olympio Editora – Rio de Janeiro, 1984, pág. 185.

     

    Confira alguns depoimentos e faça parte!

     

    “Existe um senso comum que caracteriza os cariocas como pessoas engraçadas, receptivas, divertidas e que sempre marcam compromissos com os habituais ‘a gente se vê’, ‘passa lá em casa’, ‘vamos marcar’, sem que nada de efetivo aconteça.
    Mas ser carioca é algo mais profundo e que envolve um processo da construção de identidade da cidade - que se modificou ao longo dos anos, já que foi Corte, Distrito Federal, estado da Guanabara  e capital do Estado do Rio.
    Moradores, nascidos aqui ou não, sempre acreditaram que esta cidade é um espaço especial e que ser carioca é sintetizar a ideia de ser brasileiro.”

    Marieta de Moraes Ferreira | carioca do Rio

    História | Diretora da Editora FGV e do FGV/Sistema de Bibliotecas

    Autora/organizadora das obras (entre outras): Rio de Janeiro: uma cidade na história (Relançamento previsto para segunda quinzena de março/2015); A História como ofício: a constituição de um campo disciplinar, História do tempo presente, História do tempo presente, Memória e identidade nacional, João Goulart - entre a memória e a história

     

     

     

     

     

     

    “Só posso dizer que nasci , me criei, estudei no Rio de Janeiro. Vivi alguns anos na Europa e conheço muitas cidades  no mundo. Considero que o Rio de Janeiro, das cidades que conheço, é uma das mais lindas. Ela tem algo de muito especial, tanto do ponto de vista de relevo e aspecto físico, como em relação a sua população, alegre, bem humorada. Além disso, tem uma arquitetura, tanto antiga como moderna, das mais importantes.”

     Alzira Alves de Abreu | carioca do Rio

    Sociologia| Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (FGV/CPDOC)

    Autora/organizadora das obras (entre outras): Dicionário da política republicana do Rio de Janeiro, Caminhos da cidadania, Dicionário histórico-biográfico da propaganda no Brasil, A democratização no Brasil: atores e contextos


     

     

     

     

     

     

    “Um paulistano que se preza ama o Rio de Janeiro, porque nenhuma outra cidade representa tão bem o Brasil. Mas eu tenho outras razões para amar o Rio de Janeiro. Foi a cidade de minha tia Maria José e meu tio, Alexandre Barbosa Lima Sobrinho, e dos seus quatro filhos, meus primos. Era para sua casa em Botafogo que eu e meu irmão íamos passar as férias, nadar na praia da Urca. Depois, eles e eu envelhecemos, mas nunca deixei de fazer a minha visita ao grande intelectual e homem público que foi meu tio.”

     Luiz Carlos Bresser-Pereira | carioca de São Paulo

    Direito, economia e ciência política, ex-ministro da Fazenda e mais no site http://www.bresserpereira.org.br/

    Autor/organizador das obras (entre outras): O que esperar do Brasil?, Depois da crise: s China no centro do mundo?, Construindo o estado republicano: democracia e reforma da gestão pública, Reforma do Estado e administração pública gerencial

     

     

     

     

     

     

    "Foi um RIO que passou em minha vida e meu coração se deixou levar. Bonito pela própria natureza. Mas que beleza! Da janela vê-se o Corcovado e o infinito azul do mar."

    Joaquim Falcão | carioca do Rio

    Direito e educação | Diretor da FGV/Direito Rio e site http://www.joaquimfalcao.com.br/

    Autor das obras (entre outras): Quase todos, Invasões urbanas: conflitos de direito de propriedade

     

     

     

     

     

     

    “Ser carioca é deixar-se balançar pelo tempo, desafiar o compromisso, esquecer, não pensar; viver o instante sem esforço. Ser carioca é maravilhar-se, emocionar-se, desejar, tremer frente ao compromisso que não seja familiar ou ligado ao trabalho; gosto do prazer. Ser carioca é também ser expansivo, excessivo, reativo comprometendo-se plenamente dentro de uma incerteza e sensibilidade sedutoras; E sempre repetir”.

    Charlotte Riom | carioca da França

    Musicologia | Professora da FGV

     

     

     

     

     

     

     

    "Ser carioca é ocupar as ruas. É ser uma das primeiras cidades do Brasil a se levantar em junho de 2013 e ser uma das últimas a se desmobilizar. Ser carioca é não ter medo de discursos autoritários vindos do poder público e lutar sem cansar pela liberdade de organização e de expressão. Ser carioca é procurar fazer ouvir a voz de todos os grupos sociais para  construir uma política e um direito cada vez mais universais. Ser carioca é compreender, como dizia meu falecido pai, que "beleza não põe mesa". A alma do Rio de Janeiro que me interessa está encarnada no corpo de todas as mulheres, homens, trabalhadores, trabalhadoras, estudantes, fluxo, gays, lésbicas, travestis, transsexuais que tem perdido o bom humor e repetido o gesto ancestral que fundou a ágora para se fazerem ouvir, em nome do direito e da democracia."

    José Rodrigo Rodriguez | carioca de São Paulo

    Direito, filosofia e poesia https://jrodrigorodriguez.wordpress.com/

    Autor da obra (vencedora do Prêmio Jabuti): Como decidem as cortes?: para uma crítica do direito (brasileiro)

     

     

     

     

     

     

     

    "Ser carioca é um jeito próprio de ver e lidar com a vida, seja dos nascidos ou não sob a sombra do Corcovado. O carioca tenta não se levar tão a sério, nem aos outros. Zomba de si e do resto do mundo. Só não tolera bancar o mané. Permite-se viver sem complexo ou arrogância. Define-se sem comparações. Carioca? Carioca é carioca. Nem melhor, nem pior. Uma opinião boa acerca de si mesmo."

    Mauricio Metri | carioca do Rio

    Economia, história e Viomundo http://www.viomundo.com.br/?s=mauricio+metri

    Autor da obra: Poder, riqueza e moeda na Europa Medieval: a preeminência naval, mercantil e monetária da Sereníssima República de Veneza nos séculos XIII e XV

     

     

     

     

     

     

    “Como não se encantar com o indescritível poder da cidade maravilhosa? Sinto o poder quando estou no Rio. O poder de encantamento, o poder de doçura gratuita, o poder de transformar as dores das mazelas do dia a dia na esperança de tempos melhores! O poder da mistura do samba com morro, praia e sol. E diante de todo esse poder, emanado sem discriminar raça, credo ou bolso, só nos cabe desfrutá-lo e abraçá-lo com devoção e reverência. Afinal, o Rio nos recebe sempre de braços abertos, assim como seu principal marco turístico. Parafraseando Chico Buarque: o poente na espinha das tuas montanhas quase arromba a retina de quem vê.”

    Samy Dana | carioca de São Paulo

    Economia, administração e dicas no blog 

    Autor da obra: VBA para administradores e economistas

     

     

     

     

     

     

    “O carioca é antes de tudo um forte, um Jó bronzeado que aplaude o pôr-do-sol e anseia por dias melhores, que às vezes chegam. O Rio de Janeiro está vivo e a cidade vibra entre maravilhas e engarrafamentos, chacinas e pacificações, nostalgias de ex-capital e dinamismos à procura de vocação global.  Ela está por aí, em algum lugar entre o Atlântico e a serra.”

    Maurício Santoro | carioca do Rio

    Ciência política e blog da Anistia Internacional

    Autor da obra: Ditaduras contemporâneas

     

     

     

     

     

     

     

    “Ensolarada, deslumbrante, paradoxal. Mar de morros, rica e mendicante em meio ao império de gentileza, musicalidade e insegurança pública. Contraditória, traz paz e preocupação, prazer e indignação. Cada improviso de artista nas ruas dessa cidade é ânimo, vida, inspiração. Sou privilegiada por caminhar pelos calçadões e poder olhar o horizonte, sentir a brisa e pensar livros que espelhem tal cultura cosmopolita e única, que atrai o mundo inteiro.”

    Sacha Mofreita Leite | carioca do Rio

    Jornalismo | Coordenadora de Publicações da FGV/Direito Rio

     

     

     

     

     

     

    "Tudo começou no encontro de calouros a EBAPE/FGV em 1978, então os dois gaúchos se conheceram, depois casaram, vieram quatro filhos e dois netos, todos cariocas, e a felicidade floresceu no Rio de Janeiro.
    Moram em Copacabana, ao lado do Parque Estadual da Chacrinha, incentivam  a preservação da natureza, e plantam sempre o bem.
    Há décadas trabalham no mercado financeiro, são autores do livro “A Bolsa no bolso”,  da Editora FGV, dedicado a todos os alunos e mestres que fizeram refletir sobre a educação financeira. A vida continua, a cidade maravilhosa e a FGV mudam para melhor a vida das pessoas."

    Moises e Ilda Spritzer | cariocas do Rio Grande do Sul

    Economia | Professores da FGV

    Autores da obra: A Bolsa no bolso: fundamentos para investimentos em ações

     

     

    “Bem-vinda ao Rio fui em 1994. Uma cidade que não te abraça, não te faz carinhos, nem afagos, mas que te proporciona tamanha beleza e pulsação que é quase impossível não viver uma atração irresistível. A cidade muito mais que partida, unida em suas desigualdades de renda, igualdades de praia, de território e de festa. É cidade do mundo, cidade das paixões, cidade dos desafios duros e desejos que parecem irreconciliáveis. Há 450 anos e tantos outros que virão.”

    Débora Thomé | carioca de Barra do Piraí

    Jornalismo, economia e livros

    Autora da obra: O Bolsa Família e a social-democracia

     

     

     

     

     

     

     

    "Um caudaloso rio de 450 janeiros, marços, a melhor dizer - o Rio de Janeiro. Rio de contrastes, de contradições, uma maravilhosa cidade, mesmo assim. Todo rio tem dois lados, o Rio tem vários e complexos, mas faz toda alma cantar. Um amigo italiano me disse: deslumbrante cidade, mas tenho pena do carioca. Por que, perguntei, pelas violências, pelos descasos? Nada disso, porque a ele não foi dado o direito de ver o Rio, pela primeira vez."

     Mauricio Murad | carioca de Carmo

    Sociologia, futebol e romance

    Autor das obras: Sociologia e educação física: diálogos, linguagens do corpo, esportes, A violência e o futebol: dos estudos clássicos aos dias de hoje

     

     

     

     

     

     

     

     

    "Não posso me queixar: acredito que mineiros têm uma espécie de salvo conduto no Rio, pois sempre presencio manifestações entusiasmadas quando alguém confessa vir de Minas. Nossas boas-vindas são, invariavelmente, as piores imitações de “mineirês” possíveis, porque cariocas acreditam não terem sotaque. Tudo bem. O fato é que o Rio é uma cidade que me espanta pela exuberância dos defeitos e qualidades. Desconfio de que não seja possível entender o Rio, é preciso apenas amá-lo."

    Renato Franco | Carioca das Minas Gerais

    História

    Autor das obras: A piedade dos outros: o abandono de recém-nascidos em uma vila colonial, século XVIII, Aprendendo história: reflexão e ensino

     

     

    “Para quem vem de fora, o Rio de Janeiro sequer é uma cidade: de longe, todo gringo esconde nela algumas esperanças, uma meia dúzia de sonhos e uns pedacinhos de seu próprio futuro, com um olho no "Vai que...". Depois, quando finalmente mora aqui, seu maior barato é sair em busca daquilo que ele mesmo espalhou. Se isso não é a definição perfeita de "maravilha", aí não sei mais o que é...”

    Marcello Perongini | carioca da Itália

    Coordenador de Marketing Digital da FGV

     

    Acompanhe mais depoimentos e envie o seu. O Rio merece esta homenagem.

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    Acesse a seção especial do nosso site com as obras relacionadas ao Rio.

  • Postado por editora em Destaques em 23/02/2015 - 12:25

    De acordo com a Microsoft, "o Excel é um software que permite criar tabelas e calcular e analisar dados. Este tipo de software é chamado de software de planilha eletrônica. O Excel permite criar tabelas que calculam automaticamente os totais de valores numéricos inseridos, imprimir tabelas em layouts organizados e criar gráficos simples."

    Mas como utilizá-lo na prática? A resposta para esta pergunta parte da Editora FGV com a publicação do livro Excel na prática, dos professores Fernando de Souza Meirelles e Jaci Corrêa Leite.

    O livro é uma evolução de diversos textos didáticos inicialmente publicados pelo NPP – Núcleo de Pesquisas e Publicações da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV, que vinham sendo utilizados há mais de 25 anos nos cursos de graduação, pós graduação e no Programa de Educação Continuada para executivos da FGV. Nas versões anteriores, em formato diferente da obra que agora lançamos, ele foi utilizado por dezenas de milhares de estudantes.

    O livro começa com os conceitos básicos, ilustrando os primeiros passos com o Excel. Em seguida, aborda o valor da quantificação e dos modelos, para então iniciar a primeira aplicação prática, utilizando um exemplo simples para descrever e aplicar os recursos de construção de modelos.

    Na sequência, uma nova aplicação de previsão de lucro conduz o uso, na prática, de novos recursos, que vão sendo ampliados em uma sequencia didática que, aos poucos, percorre a estrutura de planilha e mostra como construí-la, usando funções e gráficos.

    O tema banco de dados em planilhas e os conceitos básicos de otimização e de automação de processamento são percorridos na obra, que ainda traz mais informações sobre o desenvolvimento de modelos e aborda o uso, a evolução e as tendências das planilhas.

    Exercícios e suas respostas constam nos dois últimos capítulos, que também estão disponíveis no endereço fgv.br/cia/excel.

    Confira alguns comentários dos autores sobre a obra:

    "O conteúdo [do livro] está estruturado de forma a não exigir prévia familiaridade com o uso de

    computadores e de planilhas eletrônicas.

    Segue uma abordagem de aprendizado por meio da prática. Os conceitos e recursos do software

    são progressivamente apresentados e explorados a partir de exemplos,

    por meio do desenvolvimento de planilhas que exemplificam aplicações típicas de situações

    vividas no dia a dia.

    Em pouco tempo, o treinando estará habilitado a estruturar e analisar problemas, construir planilhas e

    gráficos, empregar funções, recursos de edição e de formatação, e trabalhar com bancos de dados.

    Em virtude do enfoque prático, este livro deve ser usado em conjunto com o computador.

    O texto pode ser utilizado como orientação para autoestudo

    ou como apoio a cursos regulares orientados pelo professor."

    Excel na prática

    R$69

     

  • Postado por editora em Atualidades em 13/02/2015 - 12:55

    A proteção jurídica dos animais: uma breve história está de volta em nosso blog com duas novidades: uma entrevista exclusiva com os autores e a versão digital do livro.

    Samylla Mól e Renato Venancio nos dão mais informações sobre a obra e suas análises sobre o tema e nós disponibilizamos o ebook em nosso site.

    Confira a entrevista e visite a página do livro.

     

    Qual a principal contribuição da obra para repercutir uma maior consciência social na defesa dos direitos dos animais?

    A conquista de direitos implica em dois momentos: o da formulação da lei e o de sua efetiva implementação. A ideia do livro foi justamente contribuir para popularizar a legislação existente, já formulada no congresso brasileiro e em assembleias estaduais. Procura-se, dessa maneira, estimular sua real implementação.  Além disso, o livro valoriza a abordagem histórica, mostra o processo de conquistas - senão de direitos, pelo menos de formas de proteção aos animais. Dessa maneira procura-se valorizar e estimular a participação coletiva nesse debate, bem como informar os leitores aos respeito da tutela jurídica já existente. Trazer o tema à tona - numa obra versando sobre proteção jurídica dos animais - representa mais uma voz, repetindo coletivamente que eles são dignos de real consideração.

     

    As leis atuais são suficientes, quando aplicadas, para a proteção dos animais? E essas leis são efetivamente cumpridas e facilmente acessadas pela população?

    Embora a Constituição Federal vigente vede práticas que submetam os animais à crueldade e a Lei de crimes ambientais tipifique como crime a conduta de maltratar animais, ainda há muito o que se legislar em termos de proteção aos animais no Brasil.  Não temos, por exemplo,  uma lei de âmbito nacional que proíba o uso de animais em circos e rodeios ou que vede que cavalos sejam explorados até a exaustão nos centros urbanos.

    Cabe, por sinal, sublinhar que a legislação brasileira avançou muito nas últimas décadas, principalmente após a Constituição de 1988. O livro, através de linguagem clara e objetiva, procura explicar quais são essas leis e a razão de elas existirem.

    Quanto maior for o conhecimento da população em relação à legislação de proteção aos animais, maior será a possibilidade de ela ser efetivamente cumprida, de ser acionada individualmente ou através das ONGs e protetores.

    Entretanto, muito mais do que leis, a reflexão da sociedade acerca da forma como os animais vêm sendo tratados desaguará numa postura mais ética em relação a eles e quanto mais se falar e escrever sobre o assunto mais mentes estarão envolvidas nesta reflexão. Esta é a motivação do livro.

     

    Historicamente, o Brasil (Governo e população) avançou sobre as questões e posturas que tratam dos direitos dos animais?

    Sim, no livro procura-se mostrar como desde o século XIX isso vem acontecendo. Um exemplo: há um século, as touradas eram populares no Brasil. No entanto, desde a década de 1920 elas foram proibidas. Por ocasião da Copa do Mundo de 1950, sob a alegação de que era necessário diversificar as opções turísticas, tentou-se legaliza-la. Porém, houve uma mobilização da sociedade e isso conseguiu impedir a aprovação deste projeto de lei. A proteção aos animais no Brasil é uma página da história das conquistas de nossa cidadania.

     

     

    A proteção jurídica dos animais: uma breve história

    Coleção FGV de Bolso

    Impresso: R$24

    Ebook: R$16

    Arquivos:
  • Postado por editora em Atualidades, Destques em 06/02/2015 - 10:52

    O projeto “Mais Justiça e Sociedade”, fruto de uma parceria do Centro de Justiça e Sociedade da FGV Direito Rio com a Fundação Ford, promoveu, entre os anos de 2010 e 2013, diversas pesquisas nas favelas do Cantagalo e do Vidigal, na Zona Sul do Rio de Janeiro, e em seis comunidades do Complexo do Alemão que integram a UPP Fazendinha (Palmeirinha, Vila Matinha, Casinhas, Parque Alvorada, Relicário e Morro das Palmeiras), na Zona Norte da cidade, com o objetivo de realizar um diagnóstico empírico da condição do exercício da cidadania nas favelas do Rio no que se refere a uma dimensão específica da cidadania, que é o acesso à justiça.

    Com base nos resultados destas pesquisas, a Editora FGV lança o livro Cidadania, justiça e "pacificação" em favelas cariocas, que apresenta um diagnóstico sobre a continuidade do déficit de cidadania dos moradores das favelas cariocas e suas demandas por justiça não atendidas — seja pela infraestrutura, urbanização e serviços precários que chegam até essas localidades, seja pela persistência dos estigmas da marginalidade social, ou, ainda, pelo desconhecimento de direitos e das instituições de garantias desses direitos.

    A obra, dividida em seis capítulos, busca retratar quem são os moradores das favelas estudadas, como eles negociam suas identidades e como percebem a sociabilidade nessas favelas. Traz também observações sobre a perspectiva dos moradores acerca dos aspectos positivos e negativos de viver nessas localidades e explora o repertório legal e a cultura jurídica desses cidadãos, bem como a percepção dos direitos humanos e em como eles se veem nesse discurso. O livro ainda comenta os aspectos do acesso à justiça entre os moradores das favelas estudadas, focando na dimensão da vivência e na percepção de seus moradores acerca dos aspectos positivos e negativos da convivência diária com a polícia bem como da política de pacificação.

    Diante da realidade demonstrada nessa pesquisa, a organizadora da obra registra que "embora as UPPs estejam cumprindo em alguma medida a promessa de devolver a paz aos moradores, trazendo maior previsibilidade ao cotidiano das favelas, ela tem gerado novos conflitos. E no que se refere a propiciar o exercício pleno da cidadania, ainda há um longo caminho a ser percorrido."

    Vale lembrar que esse mesmo projeto, quando as pesquisas estiveram limitadas às duas primeiras favelas relacionadas, deram origem ao livro UPPs, direitos e justiça: um estudo de caso das favelas do Vidigal e do Cantagalo, publicado por nós em 2012.

    Confira as duas obras.

     

     

    Cidadania, justiça e "pacificação" em favelas cariocas

    Organização: Fabiana Luci De Oliveira

    R$45

     

     

     

     

     

     

    UPPs, direitos e justiça: um estudo de casos das favelas do Vidigal e do Cantagalo

    Organização: Fabiana Luci De Oliveira

    R$56