Qual é a relação entre testemunho, realidade e ficção em obras cinematográficas? Em documentários, é mesmo tudo verdade? Eduardo Morettin bate um papo sobre o papel do cinema na história durante o Café Intercom, que acontece dia 27 na Rua Joaquim Antunes, 711, Pinheiros (SP).
O professor da USP é o organizador, com Mônica Almeida Kornis e Marcos Napolitano, do recém-lançado História e documentário. O livro reúne análises que começam nas primeiras décadas do século XX (quando a produção cinematográfica brasileira concentrava-se nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro); passam por cinejornais e documentários realizados entre a ditadura do Estado Novo e a militar, com filmes de propaganda do regime e filmes anticomunistas; pensam a maneira como o índio brasileiro foi representado pelo cinema ao longo do tempo; e estendem-se à produção uruguaia e à espanhola, refletindo sobre a relação entre cinema e política em tempos cinzentos.
Por falar nisso, a partir do dia 28 é a vez de Belo Horizonte receber o É Tudo Verdade, festival internacional de documentários. Até 2 de setembro, serão exibidos alguns dos principais filmes da 17ª edição do festival, que já passou pelo Rio, SP e Brasília. Vale a visita!