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  • Postado por editora em Atualidades em 27/12/2012 - 14:59

    No recém-lançado Liberdade, um problema do nosso tempo, a psicóloga Amana Mattos estuda o conceito atual de liberdade e investiga empiricamente como jovens de diferentes classes sociais experimentam e significam a liberdade em suas vidas. Confira um trecho da introdução:

    Em outubro de 2009, uma jovem estudante de Turismo de uma universidade particular do interior de São Paulo foi hostilizada e humilhada pelos colegas ao chegar ao campus. Os jovens que a xingavam e agrediam verbalmente estavam indignados com a roupa usada pela estudante: um vestido rosa curto, considerado por eles impróprio para o ambiente acadêmico. A confusão foi enorme, e a jovem só conseguiu deixar o campus sendo escoltada por policiais militares, sob gritaria e insultos. Dias depois, a universidade expulsou a estudante, alegando que seu comportamento feria 'os princípios éticos, a dignidade acadêmica e a moralidade'. O caso ganhou projeção nacional em toda a mídia, e a decisão da universidade foi considerada por muitos como intolerante e preconceituosa.

    Em maio de 2008, o então deputado Álvaro Lins (atualmente cassado) redigiu uma lei estadual aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) que dispunha sobre a realização de 'festas rave' e 'bailes do tipo funk'. A lei determinava o cumprimento de inúmeras exigências para a autorização desses eventos (que deveria ser dada pela Polícia Militar local), praticamente impossibilitando a realização de bailes funk em favelas cariocas. Profissionais e apreciadores do gênero denunciaram que a lei estava sendo usada inconstitucionalmente por policiais para reprimir o funk nas favelas em qualquer tipo de execução: doméstica, em festas particulares, em sons de automóveis. Em setembro de 2009, após intensa mobilização de jovens funkeiros e profissionais do funk, a lei foi revogada. A discussão em torno da proibição de bailes funk é constante e acalorada na sociedade carioca. Para uns, o funk está sendo tratado preconceituosamente como caso de polícia, e não como manifestação cultural. Para outros, o funk deve ser proibido por fazer apologia ao tráfico de drogas e à pornografia. O debate envolve moradores de favelas, jovens funkeiros, policiais militares, professores universitários, jornalistas e políticos.

    No carnaval de 2010, durante o desfile de um bloco carnavalesco em um bairro nobre da Zona Sul do Rio de Janeiro, um senhor aposentado se sentiu incomodado ao presenciar um beijo entre duas jovens, uma de 17 e outra de 18 anos, e chamou a polícia por suspeita de pedofilia. Ao chegar ao local e constatar do que se tratava efetivamente a denúncia, um dos policiais disse ao aposentado que a situação não configurava crime, e que a polícia não deveria intervir. O senhor não ficou satisfeito e acusou o policial de não querer 'cumprir o seu dever'. Os policiais levaram para a delegacia os envolvidos na confusão, que só depois de muitas horas foram liberados. O incidente, que ganhou destaque na mídia, causou muita confusão no local e bate-boca entre policiais, foliões e o aposentado, que foi acusado pelos presentes de homofobia.

    Apesar de bem diferentes entre si, as situações descritas acima possuem um ponto em comum: todas envolvem a difícil convivência com o outro na cidade, e estão diretamente relacionadas a jovens. Palavras como 'intolerância', 'desrespeito', 'limites' e 'direitos' estiveram presentes na discussão da opinião pública e nas conversas em círculos privados que se seguiram a cada um desses acontecimentos. A tensão constante entre os grupos, os indivíduos e as instituições envolvidos foi o ingrediente principal, e não por acaso a força policial e a Justiça estiveram presentes nesses conflitos para encaminhar seus desfechos, nunca satisfazendo a todos os envolvidos. Vemos que a ideia de liberdade, em diferentes acepções, perpassa cada uma dessas histórias e toca cada um de seus participantes.

    Liberdade é um valor central nas sociedades democráticas. Mas não apenas isso: nas sociedades democráticas modernas, 'ser livre' é direito almejado por todos e prazer a ser usufruído na esfera privada. Os embaraços que podem ocorrer no exercício da liberdade são marcados pelos conflitos originados a partir de atos que inevitavelmente envolvem outros indivíduos, perturbam limites, questionam convenções e costumes já estabelecidos. Dependendo de como se entenda 'ser livre', esses conflitos podem ser menosprezados, radicalizados, negociados, reconhecidos e, até mesmo, valorizados. A questão é que 'liberdade', ainda que seja uma palavra muito usada em nossa sociedade, está longe de possuir uma definição inequívoca.

     

  • Postado por editora em Atualidades, Eventos em 19/12/2012 - 14:22

    Em uma sociedade marcada pelo capitalismo e pelas relações individualizadas, “ser livre” é algo desejado por todos. Porém, essa experiência é marcada, inevitavelmente, por conflitos e perturbações, que surgem na relação com o outro no exercício da liberdade.

    Liberdade, um problema do nosso tempo: os sentidos de liberdade para os jovens no contemporâneo é o título do novo livro de Amana Mattos, que propõe um diálogo entre os pensadores liberais, seus críticos e os jovens do Sudeste brasileiro. Publicada com apoio da  Faperj, a obra será lançada hoje na Livraria FGV (Praia de Botafogo, 190), a partir das 18h.

     

     

     

  • Postado por editora em Atualidades, Eventos em 13/12/2012 - 14:07

    O lançamento de Rio de Janeiro: um estado em transição é notícia nos jornais O Globo e Valor Econômico de hoje.  Organizado por Armando Castelar Pinheiro e Fernando Veloso, o livro propõe um debate sobre os pontos fortes, as fragilidades e o futuro do estado que, na virada do século, saiu da depressão aguda para a euforia desmedida.

    Confira trechos das resenhas:

    O artigo de Joana C. Monteiro, do Centro de Desenvolvimento Internacional de Harvard, mostra que os municípios beneficiados por royalties não avançaram em infraestrutura. 'Enquanto Rio das Ostras e Búzios promoveram aumentos expressivos no serviço de água, aumentando a cobertura para mais da metade dos domicílios, Macaé e Mangaratiba tiveram expansão negativa no acesso à água'. Isso indica que o serviço não conseguiu crescer na mesma velocidade que o número de domicílios.

    Na educação, o mesmo fenômeno é citado. 'Entre um conjunto de mais de 10 indicadores de oferta escolar, que inclui número de escolas, número de professores, matrículas e infraestrutura escolar, o número que apresenta aumento entre 1998 e 2010 é o número de professores per capita. Também não foram encontradas evidências de aumento do número de unidades de saúde', mostra o artigo.

    O Globo

    O trabalho de Veloso e Bonelli parte da constatação de que o Rio ficou para trás em termos de crescimento ao longo de muitas décadas. Com uma população que em 1940 já era 61% urbana condição, destacam os autores só alcançada por São Paulo 20 anos depois e por Minas Gerais, 40, o Rio desde cedo teve um peso elevado dos serviços, como comércio e in termediação financeira, na sua estrutura produtiva.

    Essa condição, praticamente perdida após 1960 na parte financeira, deve ser estimulada como sendo reflexo das 'vantagens comparativas' do Estado, dizem Boneili e Veloso. Inconformados com o fato de que o peso da agropecuária no PIB estadual fechou 2009 com apenas 0,5% do valor adicionado, os economistas alfinetam: 'É forçoso reconhecer que o peso ridiculamente pequeno da agropecuária deve ser objeto de preocupação e, eventualmente, de medidas visando a estimular o desenvolvimento do setor'.

    Valor

    Rio de Janeiro: um estado em transição faz parte de um programa do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) que tem como objetivo produzir, anualmente, estudos sobre temas relevantes para o desenvolvimento do país. O livro será lançado hoje, às 19h, na Travessa de Ipanema.

  • Postado por editora em Atualidades em 11/12/2012 - 14:06

    Destaque no O Globo de hoje para o lançamento Rio de Janeiro: um estado em transição. Confira:

  • Postado por editora em Entrevistas em 28/11/2012 - 12:57

    Se você trabalha na área, muito provavelmente já conhece o Mundo do Marketing. Todo o conteúdo da revista eletrônica – reportagens, entrevistas, artigos, cases comentados e blogs – é produzido por equipe própria, empenhada em um exercício constante: não apenas constatar os movimentos do setor, mas pensá-los, buscar possíveis interpretações e identificar oportunidades – ou riscos. Resumindo, o portal é mão na roda para profissionais e estudantes. Não à toa, atrai 235 mil visitantes por mês e tem conteúdo replicado pelos portais das revistas Exame e HSM Management.

    Fizemos 3 perguntas para Bruno Mello, editor executivo do portal. Confira:

     1. Em um editorial do Mundo do Marketing, você escreve que “mídias sociais requerem marcas sociais”. A quantas anda o aprendizado dessa lição pelas empresas brasileiras?

    De uma maneira geral, as empresas no Brasil ainda engatinham em relação às mídias sociais. Há muitas que fazem um bom trabalho, mas outras tantas ainda não entenderam que, no mundo de hoje, as pessoas querem ser ouvidas e conversar com as marcas. Seja numa reclamação ou num elogio. Atualmente, a maioria das empresas brasileiras está nas redes sociais, mas poucas conseguem engajar o consumidor. As empresas sabem que não têm como ficar de fora desse ambiente. Mas é preciso ir além da promoção da marca. É preciso ter relacionamento e conteúdo relevante que preste serviço ou entretenimento para gerar engajamento.

     2. A digitalização de livros é um processo inevitável e irreversível. Os desafios que se colocam para as editoras são muitos, como a ameaça da pirataria e a necessidade de desenvolver conteúdos diferenciados para as plataformas tecnológicas. Que conselhos você daria para quem é do mercado?

    O livro continuará sendo importante. Acredito, inclusive, na ampliação do mercado, uma vez que hoje em dia qualquer um pode ser autor e imprimir o seu livro. Por outro lado, o formato tradicional precisa conviver com uma revolução digital. O que muda não são a obra e seus direitos, mas sim o formato. Foi o modelo de negócio que mudou. E o mercado deve olhar para isso como uma oportunidade. Um livro pode ganhar vídeos, áudios, fotos e infográficos em uma versão digital e ser multiplicado em outras plataformas.

     3. Hoje, com a facilidade de acesso e utilização de sites, blogs e redes sociais, muita gente diz que faz marketing. O que diferencia o bom profissional, com chances de se destacar no mercado, e o marketeiro fogo de palha?

    O tempo. Infelizmente, quem contrata um mau profissional só descobre com o tempo. O mesmo vale para um bom profissional. Hoje em dia, muitos profissionais não passam mais do que dois anos em uma empresa. Há casos em que ficam menos de um ano. É muito pouco tempo para desenvolver um trabalho relevante e consistente. Um bom profissional de marketing planeja. E executa. Quem não é, não planeja e não entrega. Fica só no discurso.

  • Postado por editora em Atualidades em 22/11/2012 - 17:00

    Como é o dia a dia da convivência entre os moradores de morros cariocas e os policiais que trabalham nas UPPs? Qual é o impacto das unidades no cotidiano da favela e na sociabilidade da população? Como a presença permanente de agentes das UPPs pode afetar atividades que constituem a economia local? O seminário Favela é cidade!, que começa dia 26 no Morro Santa Marta, em Botafogo (RJ), põe em pauta questões essenciais para avaliar empiricamente as políticas públicas implementadas com as UPPs, seus limites e implicações.

    O evento vai privilegiar o ponto de vista dos moradores – que, em geral, formam o segmento social menos ouvido no debate público. A realização é do Programa de Estudos sobre a Esfera Pública (PEEP) da EBAPE, em parceria com o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e o Coletivo de Estudos sobre Violência e Sociabilidade (Cevis). Confira a programação:

  • Postado por editora em Atualidades em 08/11/2012 - 15:19

    Seu salário está acima, abaixo ou dentro da média? O novo estudo da Michael Page oferece parâmetros para descobrir. A pesquisa compara a remuneração de profissionais no Brasil e em outros países latino-americanos. Em 72% dos cargos analisados, os brasileiros ganham mais. Confira:

    Fonte:  Michael Page

    ? Conhecer a média salarial é útil, também, para gestores definirem a remuneração de sua equipe. O livro Cargos, carreiras e remuneração é dica valiosa de leitura.

  • Postado por editora em Promoções em 08/11/2012 - 14:19

    Sorteio no Twitter: o vencedor escolhe o livro da Editora FGV que deseja ganhar. Para concorrer, basta seguir @EditoraFGV e retuitar o link: http://kingo.to/1d71. O resultado será divulgado amanhã. Boa sorte!

  • Postado por editora em Atualidades em 06/11/2012 - 13:27

    H. Moysés Nussenzveig, organizador do livro O futuro da Terra, fala sobre eleições americanas, furacão Sandy e o perigo das mudanças climáticas em entrevista publicada hoje, n'O Globo.

    O físico foi professor de Steven Chu, ministro da Energia de Barack Obama, e é contundente ao dizer que "estamos numa encruzilhada perigosa".

    Confira a entrevista completa aqui.

  • Postado por editora em Atualidades em 06/11/2012 - 11:50

    Começa amanhã a FLUPP – Festa Literária das UPPs. O encontro reúne um time heterogêneo – com Ferreira Gullar, João Emanuel Carneiro, Ariano Suassuna, João Ubaldo Ribeiro, Ana Maria Machado, MV Bill, Luiz Ruffato, Arnaldo Bloch e MC Swat, entre outros – para discutir temas como literatura, cultura e a classe C, música, videogame e sabedoria popular, poesia, quadrinhos, ditadura e a Primavera Árabe. No Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, até dia 11.

    ? Mais sobre UPPs: Editora FGV lança UPPs, direitos e justiça, que estuda as favelas do Vidigal e do Cantagalo. Confira trechos.

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