Empresas brasileiras ainda engatinham em mídias sociais

Se você trabalha na área, muito provavelmente já conhece o Mundo do Marketing. Todo o conteúdo da revista eletrônica – reportagens, entrevistas, artigos, cases comentados e blogs – é produzido por equipe própria, empenhada em um exercício constante: não apenas constatar os movimentos do setor, mas pensá-los, buscar possíveis interpretações e identificar oportunidades – ou riscos. Resumindo, o portal é mão na roda para profissionais e estudantes. Não à toa, atrai 235 mil visitantes por mês e tem conteúdo replicado pelos portais das revistas Exame e HSM Management.

Fizemos 3 perguntas para Bruno Mello, editor executivo do portal. Confira:

 1. Em um editorial do Mundo do Marketing, você escreve que “mídias sociais requerem marcas sociais”. A quantas anda o aprendizado dessa lição pelas empresas brasileiras?

De uma maneira geral, as empresas no Brasil ainda engatinham em relação às mídias sociais. Há muitas que fazem um bom trabalho, mas outras tantas ainda não entenderam que, no mundo de hoje, as pessoas querem ser ouvidas e conversar com as marcas. Seja numa reclamação ou num elogio. Atualmente, a maioria das empresas brasileiras está nas redes sociais, mas poucas conseguem engajar o consumidor. As empresas sabem que não têm como ficar de fora desse ambiente. Mas é preciso ir além da promoção da marca. É preciso ter relacionamento e conteúdo relevante que preste serviço ou entretenimento para gerar engajamento.

 2. A digitalização de livros é um processo inevitável e irreversível. Os desafios que se colocam para as editoras são muitos, como a ameaça da pirataria e a necessidade de desenvolver conteúdos diferenciados para as plataformas tecnológicas. Que conselhos você daria para quem é do mercado?

O livro continuará sendo importante. Acredito, inclusive, na ampliação do mercado, uma vez que hoje em dia qualquer um pode ser autor e imprimir o seu livro. Por outro lado, o formato tradicional precisa conviver com uma revolução digital. O que muda não são a obra e seus direitos, mas sim o formato. Foi o modelo de negócio que mudou. E o mercado deve olhar para isso como uma oportunidade. Um livro pode ganhar vídeos, áudios, fotos e infográficos em uma versão digital e ser multiplicado em outras plataformas.

 3. Hoje, com a facilidade de acesso e utilização de sites, blogs e redes sociais, muita gente diz que faz marketing. O que diferencia o bom profissional, com chances de se destacar no mercado, e o marketeiro fogo de palha?

O tempo. Infelizmente, quem contrata um mau profissional só descobre com o tempo. O mesmo vale para um bom profissional. Hoje em dia, muitos profissionais não passam mais do que dois anos em uma empresa. Há casos em que ficam menos de um ano. É muito pouco tempo para desenvolver um trabalho relevante e consistente. Um bom profissional de marketing planeja. E executa. Quem não é, não planeja e não entrega. Fica só no discurso.

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Este conteúdo foi postado em 28/11/2012 - 12:57 categorizado como: Entrevistas. Você pode deixar um comentário abaixo.

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