Entrevistas

  • Postado por editora em Atualidades, Entrevistas em 25/10/2012 - 17:33

    A História não é mais a mesma. O conteúdo estático, impresso como verdade absoluta em livros pesados (e que, muitas vezes, levavam anos para ter uma atualização), ganhou a internet. Com direito a twitter, Facebook e até rede social – como no caso do Café História. O espaço, criado em 2008 pelo jornalista e historiador Bruno Leal, reúne conteúdo produzido pela equipe e a colaboração dos usuários. Mais de 47 mil pessoas compartilham vídeos, fotos, discussões e artigos, abordando de forma muito mais dinâmica e democrática assuntos do Brasil e do mundo. A principal vantagem de tudo isso? Multiplicar as possibilidades de escrita e interpretação da história.

    Bruno respondeu a 3 perguntas nossas. Confira:

    1. Como a internet e, em especial, as mídias sociais influenciam o registro e a divulgação da história?

    Enumero três grandes mudanças: a) As novas mídias estão contribuindo para uma aceleração da história. Os jornais online, os blogs e as redes sociais relatam um número quase infinito de eventos, segundo a segundo. Ora, isso provoca uma mudança no status da categoria “acontecimento”, uma expansão daquilo que Benedict Anderson chamava de “comunidades imaginadas”. E a nossa comunidade imaginada de hoje vive a história intensamente, globalmente, mais do que qualquer outra civilização. Não à toa, nunca se discutiu, pesquisou, escreveu e publicou tanta história contemporânea.

    b) As novas mídias estão incrementando a produção e a disseminação do conhecimento histórico. Para explicar isso, invento uma historinha: uma instituição pública de Londres digitaliza um fundo histórico inteiro. Mais de 5 mil documentos, que podem ser vistos e copiados gratuitamente por qualquer internauta. E mais: é possível fazer busca por palavra-chave nesse fundo digitalizado. Resultado: a publicação do fundo na internet democratiza o acesso à informação; gera cópias que impedem a perda ou o esquecimento do documento; possibilita mais estudos sobre um mesmo assunto; poupa tempo e favorece novos olhares ao pesquisador; permite que historiadores de diferentes lugares do mundo abordem objetos de estudo que antes lhes eram vetados, fosse por custos ou por distância.

    c) As novas mídias fortalecem o espírito de uma comunidade especializada. Ao usarem blogs, redes sociais, e-mails e outras ferramentas online, os historiadores têm à disposição uma inteligência coletiva poderosa, que é a própria comunidade de historiadores, antes não tanto articulada, organizada, conhecida.

    2. Ser historiador, hoje, é uma boa ideia?

    Ser historiador hoje não é uma boa ideia. É uma ótima ideia (risos). Todas essas transformações, todos esses desafios fazem da história uma área muito mais interessante. O historiador não é mais o sujeito associado somente ao velho, ao que é do passado, habitante do arquivo. Ele também deve ser visto como aquele que: discute os processos complexos do presente; compartilha suas descobertas não só com a comunidade científica (mas também com os não historiadores); e se apropria das novas mídias para alcançar melhores resultados e provocar reflexões. O historiador hoje trabalha em muitas frentes: é pesquisador, professor, consultor, empresário, correspondente, comentarista, blogueiro.

     3. Como você imagina o ensino de história daqui a 50 anos?

    Dizem que o historiador é o profeta do passado. Pensar o futuro não é exercício assim tão comum para nossa “espécie”. Mas vamos lá: em 2062 eu vejo (ou desejo?) o ensino de história preocupando-se menos com o factual e mais com as relações, com as conjecturas, com a problematização dos fatos; o professor de história mais interdisciplinar, multimídia e (claro!) ganhando um salário muito mais justo; uma sala de aula sem quadro-negro e sem carteiras viradas para um mesmo lugar; alunos interessados no que está sendo discutido, não apenas porque “vai cair na prova”, mas porque isso faz muito sentido para suas vidas, faz parte do seu mundo.

  • Postado por editora em Atualidades, Entrevistas em 03/10/2012 - 18:03

    A Comissão da Verdade e a Lei de Acesso a Informações Públicas estão na pauta do dia: jornais, revistas, TV e internet discutem a decisão de apurar crimes contra os diretos humanos. Fizemos 3 perguntas para a historiadora e diretora da Editora FGV Marieta de Moraes Ferreira, que publicou, no recém-lançado Tempo presente & usos do passado, um artigo comentando os desafios do historiador diante da abertura dessa caixa-preta. Confira:

    1. Para o historiador, o que muda com a instituição da Comissão Nacional da Verdade e a Lei de Acesso a Informações Públicas?

    O historiador do tempo presente lida com a memória viva dos seus contemporâneos e está exposto, por conta disso, a uma pressão social e política inegável. Por exemplo: grupos que viveram eventos traumáticos (como o Holocausto, o governo de Vichy, na França, e as ditaduras na América Latina) pressionam os historiadores no sentido de referendar seu ponto de vista. Demandam uma instrumentalização social da memória ainda não arrefecida, de um passado que havia se transformado em história de forma incompleta.

    Com a divulgação inédita de documentos ultrassecretos, temas ainda não explorados vão surgir, e nada pode ser mais estimulante para um historiador. Porém, é preciso refletir criticamente sobre o envolvimento desses profissionais nessa nova empreitada. A Associação Nacional dos professores de História (Anpuh) entende que a entidade deve, sim, participar diretamente do debate, inclusive indicando alguns de seus associados para integrar a Comissão da Verdade, que vai revisitar e recontar fatos controversos ocorridos durante a ditadura. Por outro lado, outros profissionais de história enxergam um conflito – teórico, metodológico e ético – entre essa participação e o ofício do historiador, que seria colocado como uma espécie de juiz do passado.

    1. Quais são as maiores dificuldades de produzir uma história do presente?

    O período histórico em questão é definido por balizas móveis. Qual deve ser o marco inicial da história de um tempo presente? Para uns, a última grande ruptura; para outros, a época em que vivemos e de que temos lembranças, ou cujas testemunhas ainda Prisioneiros de Auschwitzsão vivas; ou ainda, para citar Hobsbawm, o tempo presente é o período durante o qual se produzem eventos que pressionam o historiador a rever a significação que ele dá ao passado. Acrescente-se ainda o fato de o historiador, nesse caso, ser também testemunho e ator de seu tempo. Ele pode, por exemplo, supervalorizar determinados eventos do presente, por não ter um certo recuo, uma distância crítica.

    Essa peculiaridade, no entanto, não é necessariamente negativa: o novo lugar do  historiador / observador / personagem pode oferecer novos pontos de vista, outras formas de considerar períodos da história, favorecendo novas abordagens. A singularidade do objeto deve nos alertar sobre a necessidade de buscar métodos específicos para temáticas específicas.

    O historiador do tempo presente lida com a memória viva dos seus contemporâneos. Grupos que viveram eventos traumáticos, como o Holocausto e as ditaduras na América Latina, pressionam os historiadores a referendar seu ponto de vista. Demandam uma instrumentalização social da memória ainda não arrefecida, de um passado que havia se transformado em história de forma incompleta"

    3. Quando o estudo da história, tradicionalmente dedicado ao passado, passou a voltar seus olhos também ao presente?

    O século 20 foi especialmente turbulento. As grandes guerras, a Revolução Soviética, as reorganizações da ordem global mudaram radicalmente a forma de compreender o tempo. Passou a haver uma demanda social crescente pelo conhecimento da história recente, e os historiadores confrontaram-se com a necessidade de refletir sobre o momento vivido e os possíveis cenários resultantes. Assim, especialmente depois da II Guerra expressões como histoire du temps présent, contemporary history e Zeitgeschichte foram incorporadas ao vocabulário do historiador.

     

     

  • Postado por editora em Entrevistas em 18/09/2012 - 19:32
    Índio Bororo/Hercules Florence

    Índio Bororo/Hercules Florence

    Com a obrigatoriedade do estudo de história e cultura afrobrasileira e indígena na rede de ensino fundamental e médio, os temas tornam-se especialmente atuais e pertinentes. Fizemos três perguntas acerca da importância de construir uma nova visão sobre esses povos para Maria Regina Celestino de Almeida, autora de Os índios na História do Brasil:

    1. Qual a importância da adoção da temática “História e cultura afrobrasileira e indígena” pelas escolas brasileiras? 

    O tema sempre esteve muito fora da nossa historiografia. Os índios e os africanos entram nos livros didáticos como algo à parte: antes da chamada História do Brasil, como povos primitivos; depois, aparecem em condição submissa, de explorados. Eles não são vistos como sujeitos históricos, mas sempre em função dos portugueses. A lei de 2008 pode ser um caminho para corrigirmos essa distorção.

    2. De que forma a lei deve ser colocada em prática?

    Existe o risco de se continuar pensando negros e indígenas sob o ponto de vista exótico. Eles sempre foram, na verdade, objeto de interesse de folcloristas e antropólogos – mas como culturas primitivas, e não como sujeitos históricos. O que é preciso é pensá-los como agentes construtores da nossa sociedade, grupos que tiveram ativa participação econômica e também política na formação do país, com reivindicações próprias, negociando com os poderes instituídos. Acho que esta deve ser a proposta: incluir de fato esses povos na história.

    Escravos/Rugendas

    Escravos/Rugendas

    Os índios e os africanos entram nos livros didáticos sempre como algo à parte: antes da chamada História do Brasil, como povos primitivos; depois, aparecem em condição submissa, de explorados"

    3. A nova medida ajuda a derrubar preconceitos?

    A lei pode ajudar a desconstruir uma série de estereótipos que ainda existem. Quando morei em Manaus, em 1976, por exemplo, fiquei impressionada com o preconceito que existia contra os índios. Quando uma pessoa queria xingar a outra, chamava-a de “índio”. Havia índios destribalizados, que tinham vergonha de se assumir, e se diziam peruanos ou bolivianos. Ainda é muito comum a ideia de que o índio tem que estar isolado, congelado em uma cultura primitiva, sem participar da sociedade. Mas não é assim: eles podem estar no Congresso, com celular e internet, sem perder os vínculos com sua comunidade. A identidade indígena não é, necessariamente, estar de arco e flecha.

    Confira  Os índios na História do Brasil e Geopolítica da África, livros da Coleção de Bolso da Editora FGV.

     

  • Postado por editora em Atualidades, Entrevistas em 11/09/2012 - 21:07

    A coluna de hoje do Pedro Doria, do O Globo, sintetiza as principais novidades esperadas para o mercado de livros digitais no Brasil: a chegada da Amazon e outras lojas de eBooks (a da Google e a Apple são outros exemplos) e o lançamento de novos tablets. Não é de hoje que o assunto deixa as editoras em polvorosa. Por aqui, planejamentos, troca de impressões, ideias e opiniões contagiam toda a equipe e tomam conta das conversas – em reuniões, nos e-mails, no cafezinho.

    Desde 2008 temos a nossa Coleção Digital – livros disponibilizados na íntegra em PDF. O tempo passou, a coleção aumentou e os formatos se diversificaram, com a progressiva conversão dos títulos em ePubs e PDFs mais interativos. Caminho longo, e que está só começando. Fizemos 3 perguntas para Marcelo Rocha Pontes, gerente de vendas da editora e uma das pessoas mais envolvidas nesse processo. Confira:

    1. Por enquanto, tablets e livros digitais são uma realidade para poucos. Apesar disso, já é possível ter retorno de investimento e lucro efetivo com a venda de eBooks?

    O interesse das pessoas por eBooks já aumenta em ritmo muito acelerado. Sentimos isso ao fechar as contas, todo mês. É muito animador imaginar que as oportunidades darão um salto entre este segundo semestre de 2012 e o início de 2013. Teremos um divisor de águas, com a oferta de tablets a preços muito mais baixos. E isso é animador para nós, editores (a meta é que, em dois anos, a venda dos digitais represente 40% do nosso faturamento) e também para o consumidor, que encontrará preços cada vez mais atraentes.

    2. Existe uma saída para editoras menores, que não têm estrutura administrativa ou verba para investir em conversão e venda de eBooks?

    Normalmente, a conversão de livros impressos em digitais já é terceirizada. Os custos para um título de 300 páginas costumam variar entre R$ 250 e R$ 1.500, dependendo do fornecedor e da qualidade da transformação feita. Mas o mais complexo é a proteção dos arquivos digitais e sua distribuição. Muitas editoras acadêmicas, por exemplo, não têm sequer e-commerce. A alternativa, então, é fazer parcerias com distribuidores de livros digitais. A mecânica é parecida com a da cadeia de impressos: a editora disponibiliza seus arquivos digitais para uma outra empresa comercializar. É o que faz, por exemplo, a Gato Sabido, loja virtual do mesmo grupo da Xeriph (que, por sua vez, é uma empresa que converte impressos em eBooks). É o que pretendemos fazer por aqui, também: oferecer às editoras com dificuldades em ingressar no mercado digital o serviço de proteção e distribuição de eBooks.

    O que todos querem é: oferecer condições de compra com as quais o consumidor concorde e, ao mesmo tempo, continuar capazes de entregar o produto"

    3. Qual é a maior dificuldade enfrentada por uma editora que ingressa no mercado digital?

    Equalizar os anseios do consumidor e os custos do livro. O que todos querem é: oferecer condições de compra com as quais o consumidor concorde (preço que ele esteja disposto a pagar; produto atraente; etc); e, ao mesmo tempo, continuar capazes de entregar o produto. Afinal, o livro, seja ele digital ou impresso, tem custo de produção (que ainda é bastante alto, diga-se). É preciso fechar as contas da maneira mais justa possível para todos os envolvidos.

    Não podemos pensar com a mesma cabeça dos livros impressos. Ebooks são um produto diferente, e o que antes era visto como “limitações” desse formato pode ser, na verdade, oportunidades. O fato de uma página com muita informação, textos, figuras etc não ficar visualmente interessante na tela de um iPad deve ser um estímulo para buscarmos outras formas de apresentação, mais atraentes, interativas.

    O mercado aos poucos toma consciência disso. Ao mesmo tempo, porém, ainda existe uma cadeia de produção que, para funcionar, precisa ser suprida. Há contas a pagar, há autores que não estão dispostos a abrir mão de seus direitos. Então, o que se busca é um novo formato para equilibrar as variáveis. Aqui na editora, por exemplo, nós procuramos praticar um preço para os eBooks bem abaixo dos impressos – a redução chega a 30%. E estamos trabalhando para que fiquem ainda mais baratos.

     

     

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  • Postado por editora em Entrevistas em 26/06/2012 - 19:20

    "Bora fazer o perfil no @skoobnews, a maior comunidade de leitores do Brasil!!" Convocações como esta e elogios rasgados são frequentes no twitter. Com mais de 30 mil seguidores em seu perfil, o Skoob, a maior rede social de leitores do país, contabiliza 25 milhões de visualizações de página por mês e 675 mil usuários ativos. Gente interessada em compartilhar uma paixão comum: a leitura.

    Fizemos 3 perguntas para Lindenberg Moreira, fundador da comunidade:

     1. Qual é a fórmula para o sucesso de uma rede social?

    Não acreditamos que exista uma fórmula sistemática para o sucesso de uma rede social. Principalmente se for uma rede social com um tema específico, como é o caso do Skoob, totalmente dedicado a livros e leitores. A única certeza que temos é que o mais importante é fazer com que os usuários se sintam bem, sintam que realmente fazem parte de uma rede e que sua participação é desejada e importante para todos ali.

     2. Como assimilar o conceito de plataforma colaborativa em diferentes modelos de negócio?

    É possível aplicar o conceito colaborativo em praticamente quase todo tipo de negócio. Quando os usuários gostam do seu produto, eles querem ajudar de alguma forma, só precisam ter as ferramentas certas para que possam colaborar. Cada tipo de negócio vai exigir uma ou várias ferramentas diferentes para que haja uma colaboração satisfatória. Por exemplo: uma loja de eletrodomésticos pode ter um fórum onde seus clientes troquem pequenas informações sobre montagem e configuração de aparelhos. Certamente as dúvidas mais simples serão respondidas rapidamente pelos usuários mais experientes, e isso já iria diminuir bastante o número de ligações que a empresa recebe com dúvidas.

    Precisamos entender que o livro não é forma, é conteúdo, e que agora precisa se tornar experiência"

    3. Como você vê o futuro do mercado editorial, considerando desafios impostos pela internet . como programas que permitem a publicação de livros de forma independente, a pirataria digital e o relacionamento com o leitor através das redes sociais?

    Os desafios que o mercado editorial está enfrentando agora são quase os mesmos que as gravadoras enfrentaram poucos anos atrás. A diferença é que hoje temos muito mais conectividade e mobilidade, o número de pessoas com banda larga e de locais onde a internet está disponível gratuitamente estão crescendo bastante. Além disso, temos celulares muito poderosos, que rodam quase todo tipo de aplicação que usaríamos em um computador comum. E este é o ambiente perfeito para o compartilhamento fácil e rápido de arquivos, principalmente músicas, filmes e os livros.

    O mercado editorial precisa encarar o fato de que a pirataria existe e sempre irá existir. A única forma de diminuir o seu efeito é oferecer preços competitivos e gerar mais atrativos para os produtos. Precisamos entender que o livro não é forma, é conteúdo, e que agora precisa se tornar experiência. Autores, editoras e livrarias terão que resolver rapidamente as suas diferenças e se unir para criar espaços onde seus leitores tenham opções que vão além da história do livro. Debates, entrevistas com autores, curiosidades, opiniões de outros leitores e participação em eventos especiais são algumas das inúmeras possibilidades para gerar uma experiência que ultrapasse o conteúdo do livro, mostrando que o leitor está pagando para ter algo a mais.

  • Postado por editora em Entrevistas em 26/06/2012 - 19:13

    A área de Relações Internacionais está em franco crescimento no Brasil. Cursos se multiplicam; vagas de emprego, idem. Para atender à demanda de estudantes e profissionais por livros atuais e de qualidade, que reflitam sobre o papel do Brasil também através de uma perspectiva interna, a Editora FGV investe em publicações na área.

    Fizemos 3 perguntas a Matias Spektor, doutor pela Universidade de Oxford, coordenador do Centro de Relações Internacionais da FGV e professor e pesquisador do CPDOC. Confira:

    1. O que são Relações Internacionais?

    Relações Internacionais é a disciplina que estuda as principais dinâmicas que dão forma ao sistema internacional. Busca entender a lógica da competição entre as visões de ordem global que circulam pelo mundo e que estão permanentemente em choque. E o estudo da política internacional sempre traz embutido uma preocupação ética: como se faz para criar um mundo que seja minimamente estável, justo e afluente?

    2. Por que a área é cada vez mais valorizada no Brasil?

    Por um lado, o país tornou-se mais relevante para o mundo e é um ator sem o qual não se pode fechar qualquer negociação global nas áreas de economia e finanças, energia, comércio e meio ambiente. Estamos mais ativos em questões de segurança, ajuda internacional para o desenvolvimento, operações de paz e somos o principal motor da integração regional na América do Sul. Por outro lado, o mundo ficou mais importante para o Brasil: o que acontece aqui depende diretamente de eventos internacionais que nós, brasileiros, não podemos controlar, mas podemos e devemos entender.

    3. Quais os desafios do mercado editorial em RI?

    Precisamos traduzir para o português a riquíssima produção internacional. E também precisamos publicar o trabalho de grandes talentos brasileiros que trabalham na área.

    Confira os títulos da Editora FGV em Relações Internacionais!

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