João Goulart

  • Postado por editora em Atualidades, Destaques em 01/04/2014 - 12:13

    "Cinquenta anos depois do golpe.

    O início de uma ditadura de 21 anos iniciada em 1º de abril de 1964."

    Fizemos uma seleção especial das obras que abordam os anos que não devem ser esquecidos.

    Confira as dicas:

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    João Goulart: entre a memória e a história

    Marieta de Moraes Ferreira

    A figura e o governo de João Goulart têm ocupado um lugar secundário na literatura sobre o golpe militar de 1964. Os principais impasses de seu governo, seu papel no momento do golpe e sua atuação no exílio permanecem obscuros, sem merecer maior atenção de estudiosos e pesquisadores. Esta coletânea é uma excelente oportunidade de começar a conhecer Jango, o personagem político, compreendendo melhor não só seu tempo e seus problemas, mas as questões do Brasil de hoje.

     

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    O golpe de 1964: momentos decisivos

    Carlos Fico

    O golpe de 1964 é o evento-chave da história do tempo presente do Brasil. Por que setores significativos da sociedade brasileira aprovaram a deposição do presidente João Goulart? Além disso, como o golpe de Estado se transformou em uma ditadura militar que duraria 21 anos? Este livro busca respostas para essas e outras perguntas: quais foram os episódios decisivos que o antecederam? Houve apoio do governo dos Estados Unidos da América? Qual foi o papel das lideranças civis e militares? Baseado em amplas evidências empíricas, O golpe de 1964: momentos decisivos apresenta síntese atualizada das mais recentes e confiáveis descobertas historiográficas.

     

    Direitas em movimento

    Direitas em movimento: a campanha da mulher pela democracia e a ditadura do Brasil

    Janaina Cordeiro Martins

    Quem deu o golpe de 1964? Quem apoiou a ditadura no Brasil? Apenas os militares?
    É inegável a responsabilidade das Forças Armadas pela ditadura que assolou o país. Mas os militares estiveram sós? A autora deste livro, Janaina Martins Cordeiro, não se satisfaz com bodes expiatórios e faz um convite de maior complexidade: investigar as bases sociais e históricas da ditadura civil-militar no Brasil, um exercício indispensável para compreender a história que passou, para que possamos cultivar, no futuro, a hipótese de uma outra história.

     

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    O congresso brasileiro e o regime militar (1964 - 1985)

    Ana Lúcia Rocha Studart e Antônio Carlos Pojo do Rego

    Esta análise do papel do Legislativo durante a ditadura militar revela o contraste entre o Brasil e seus vizinhos na América do Sul que também viveram regimes de exceção. Nossa vocação para a conciliação política foi a responsável pela lenta, gradual e segura transição para a democracia, ao invés de uma ruptura.
    Vale a pena acompanhar o trajeto percorrido pelo professor Pojo, ilustrado por depoimentos e reflexões que nos ajudam a compreender melhor o papel da classe política na manutenção da governabilidade do país.

     

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    Ditadura e democracia na América Latina: balanço histórico e perspectivas

    Marieta de Moraes Ferreira, Carlos Fico, Maria Paula Araújo e Samantha Viz Quadrat

    A trajetória recente de países como Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Paraguai, Uruguai, marcados pelas desigualdades sociais, por regimes ditatoriais e pelo desrespeito aos direitos humanos, coloca para os cientistas sociais e historiadores o grande desafio de compreender o processo de democratização, seus problemas, limites e impasses.
    Dentro dessa perspectiva reflexiva, este livro reúne textos que abordam aspectos ainda pouco conhecidos de um público mais amplo, como a dificuldade de acesso aos documentos produzidos pela repressão das ditaduras militares, a experiência dos golpes militares, a repressão, a violência política, as lutas de resistência, a redemocratização e os embates travados em torno da memória entre os diferentes atores que tomaram parte em todo esse processo.

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    1968: a paixão de uma utopia

    Daniel Aarão Reis e Pedro de Melo Moraes

    'Mais uma década, uma data redonda a mais, sugerindo, suscitando, quase impondo novas comemorações - palavra aqui tomada em seu sentido etimológico de rememorar juntos, recordar em conjunto a saga de 1968. A passagem do tempo nunca é neutra e indolor. Aparecem processos históricos imprevistos, surpreendentes, propondo problemas inesperados, modificando concepções outrora bem estabelecidas. As memórias são acionadas de modo diverso, operando seleções inusitadas, descobrindo referências esquecidas, esquecendo agora temas e ideias que pareciam inescapáveis.'

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    Autoritarismo e cultura política

    Rodrigo Patto Sá Motta e Luciano Aronne de Abreu

    A aproximação analítica entre os temas Autoritarismo e Cultura Política, abrangendo o Brasil e outros países latino-americanos (Argentina, Chile e Uruguai), pode gerar chaves interpretativas e explicativas inovadoras para a história da região. Com efeito, tais nações passaram por experiências autoritárias recentes que, em boa parte, contribuíram para a sua configuração atual, seja pela ação direta na moldagem de suas estruturas econômico-sociais contemporâneas, seja pela própria reação adversa que geraram na forma de movimentos de combate a esses regimes e suas heranças ainda atuantes, em especial no campo da construção da memória.
    Refletir sobre essas questões, a partir do olhar de pesquisadores de cada uma dessas nações, se constitui no tema da presente obra.

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    A política domesticada: Afonso Arinos e o colapso da democracia em 1964

    Fernando Lattman-Weltman

    • Ao longo de sua vida, Afonso Arinos exerceu uma intensa atividade política, parlamentar e diplomática, tendo ocupado alguns dos mais estratégicos cargos da República. Em cuidadoso estudo sobre o que define como "uma particular vocação de intelectual-político", Fernando Lattman-Weltman analisa a produção discursiva desse mineiro entre 1947 e 1966.

     

     

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    Nova história militar brasileira

    Celso Castro, Hendrik Kraay e Vitor Izecksohn

    Publicado no ano de 2004, quando se completaram 40 anos do golpe de 1964, este livro nos lembra que as instituições militares tiveram um papel bem amplo na sociedade brasileira. Está aqui reunido o resultado de pesquisas recentes sobre a história da instituição militar no Brasil. Seu objetivo é divulgar novas perspectivas da pesquisa histórica sobre o tema. Fruto de amplos debates entre uma nova geração de historiadores, ele apresenta uma amostra do que é chamado de "nova história militar" nos meios acadêmicos norte-americanos.

  • Postado por editora em Atualidades, Destaques, Entrevistas em 31/03/2014 - 13:22

    Dificilmente se compreenderá o país de hoje sem que se perceba o verdadeiro alcance do 31 de março de 1964.

    Há exatos 50 anos, quando o presidente João Goulart foi deposto, não era possível prever que esse evento inauguraria os 21 anos do regime militar no Brasil.

    O golpe não pressupunha, necessariamente, a ditadura que se seguiu. Com o apoio de expressiva parte da sociedade, principalmente da classe média urbana, da imprensa e da Igreja Católica que, anos depois, se tornariam fortes opositoras do regime, a tomada do poder pelos militares representou a expressão mais contemporânea do persistente autoritarismo brasileiro, que já havia se manifestado em tantas outras ocasiões – como no outro regime autoritário republicano, o Estado Novo (1937-45).

    Por que tantos apoiaram o golpe? Como o golpe se transformou em uma ditadura? Estaria Goulart planejando impor as reformas independentemente do Congresso Nacional por meio de um golpe de Estado? Em que consistiu o apoio norte-americano ao golpe de 1964?

    Essas e outras diversas perguntas têm suas respostas no livro 'O golpe de 1964: momentos decisivos', do professor Carlos Fico.

    Outras questões foram levantadas em um pequena entrevista que o professor Fico nos concedeu. Confira:

    jango

     

    1. É possível afirmar que às vésperas de março de 1964 o Brasil realmente caminhava para o socialismo?

    Analistas importantes, como Jacob Gorender, consideram que o Brasil vivia, na época, uma situação pré-revolucionária. Isso não me parece correto. Havia, de fato, uma dinâmica social intensa, marcada por muitas greves e reivindicações de trabalhadores. O fato de Goulart estar no poder e propor as chamadas “reformas de base” trouxe para o centro do debate político a questão da pobreza, da injustiça social. De algum modo, pode-se dizer que o golpe de 1964 decorreu do medo das elites e de outros setores sociais em relação a essa conjuntura, mas não se tratava de uma circunstância pré-revolucionária.

     

    Ai5

    2. 1968 é conhecido como o ano “do golpe dentro golpe”. A decretação do AI-5 realmente pode ser encarada como uma “revolução”? Como o senhor avalia o regime no  período entre o golpe e o decreto desse Ato Institucional?

    A expressão “revolução dentro da revolução” foi usada pelo general Costa e Silva. Ela não me agrada não apenas por causa disso, mas também porque não creio que tenha havido uma mudança de natureza do regime. Com o AI-5 houve, com certeza, uma mudança de escala da repressão, mas havia violência desde 1964. O AI-5 representou a vitória definitiva do grupo que, desde o golpe, reclamava mais punições e a continuidade do regime militar. Insatisfeitos, em 1964, com as cassações de mandatos e suspensões de direitos políticos, esses militares radicais exigiam a reabertura da temporada de punições, o que acabaram conseguindo parcialmente com o AI-2 (1965) e definitivamente com o AI-5.

     

     

    3. Como o senhor avalia a criação e a atuação da Comissão da Verdade?

    A Comissão Nacionaabaixol da Verdade foi uma boa iniciativa, algo tardia, do processo que chamamos de Justiça de Transição. Não tenho muitas informações sobre sua atuação, mas temo que a insistência em tratar dos casos mais conhecidos não seja uma boa estratégia para despertar a atenção da sociedade. Muitas pessoas que não atuavam na esquerda foram atingidas pela repressão. Se esses casos se tornassem conhecidos, talvez a sociedade se mostrasse mais interessada em conhecer aquele período. Torço para que a comissão produza um relatório impactante e revelador.

     

     

    O_Golpe_de_1964O golpe de 1964: momentos decisivos

    Carlos Fico

    Coleção FGV de Bolso | Série História

    Impresso: R$22 | eBook: 15

  • Postado por editora em Promoções em 04/07/2013 - 13:22

    A estreia do filme ‘Dossiê Jango’, no dia 5 de julho, traz de volta as discussões sobre a morte de João Goulart.

    O ex-presidente, deposto pelo Golpe Militar de 1964, tem como registro oficial de morte um infarto sofrido na Argentina durante seu exílio político, quando planejava voltar ao Brasil.

    Com o resgate da vida e da morte de João Goulart através desse documentário, o interesse pelos principais impasses de seu governo, seu papel no momento do golpe e sua atuação no exílio podem ser reavivados.

     

    O livro ‘João Goulart – entre a memória e a história’, da Professora Marieta de Moraes Ferreira, é uma excelente dica de leitura para começar a conhecer Jango - o personagem político, compreendendo melhor não só seu tempo e seus problemas, mas as questões do Brasil de hoje.

    Confira um trecho do livro:

    Enquanto a produção acadêmica dos últimos 40 anos deu relativamente pouca importância à análise do papel de Jango e seu governo, relegando o personagem a plano secundário, desenvolvia-se, simultaneamente, uma produção memorialística que reproduzia versões do passado geradas no calor dos acontecimentos. O que se observa é que, tanto entre os adversários, quanto entre a maioria dos aliados, a imagem que se construiu de Jango foi quase sempre muito negativa e profundamente marcada por posicionamentos político-ideológicos de curto prazo.
    Diferentemente de Getúlio Vargas e de Juscelino Kubitschek, que tiveram suas memórias atualizadas e revitalizadas através de eventos comemorativos e iniciativas da mídia, a memória de Jango foi por várias décadas relegada ao esquecimento. O próprio Jango, quando no exílio, manifestou preocupação com a preservação da memória de Vargas, do trabalhismo e de sua própria trajetória política, explicitando a vontade de preservar seu lugar no panteão nacional como herdeiro do legado trabalhista de Vargas.

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    João Goulart – entre a memória e a história

    Marieta de Moraes Ferreira

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