diplomacia

  • Postado por editora em em 14/07/2016 - 15:36

    Com base em uma extensa pesquisa bibliográfica e documental, o livro Espionagem e democracia: agilidade e transparência como dilemas na institucionalização de serviços de inteligência, analisa a dinâmica operacional, os desenhos organizacionais e os diversos mecanismos de controle público das atividades de segurança. A discussão sobre o ciclo de atividades de inteligência leva o leitor aos diversos circuitos de operação das atividades nessa área, expondo as engrenagens responsáveis pela expansão das operações de inteligência calcada nos desenvolvimentos tecnológicos das comunicações, bem como na inércia burocrática que preside a regulaçao pública da informação. Da mesma forma como não existe uma racionalidade inerente a essa expansão, já que é fruto das decisões e não-decisões de atores relevantes, em face das definições nacionais de segurança e limites da tecnologia disponível, também se mostra estreito o limite entre o legal e o não-legal, multiplicando-se as dificuldades para o controle efetivo das atividades nessa área.

    A obra volta a ser disponibilzada em nosso site, no formato ebook.

    Confira parte da introdução:

     

     

    Espionagem e democracia: agilidade e transparência como dilemas
    na institucionalização de serviços de inteligência

    Marco A. C. Cepik

    Editora FGV

  • Postado por editora em Atualidades, Destaques, Opinião em 13/07/2015 - 13:45

    O diplomata e internacionalista João Paulo Soares Alsina Júnior lança obra que revisa a imagem de ‘pacifista’ ligada ao barão do Rio-Branco e apresenta um novo perfil do patrono da diplomacia brasileira – o de um homem pragmático e consciente da importância do uso do poder militar na proteção dos interesses brasileiros.

    O livro Rio-Branco, grande estratégia e o poder naval apresenta uma reinterpretação do pensamento e da ação do barão do Rio-Branco baseada em meticulosa investigação histórica e bibliográfica sobre o seu papel no esforço de modernização e fortalecimento da Marinha no começo do século XX, momento sem precedente em termos de ampliação das capacidades bélicas do Brasil.

    Contrariando a figura registrada pela historiografia oficialista, Alsina Júnior mostra que Rio-Branco era um realista da melhor escola bismarckiana, pois sempre associou o êxito da ação diplomática a uma prévia avaliação da correlação de forças e a uma bem calibrada ameaça do uso do poder militar.

    Confira a breve resenha da obra e alguns depoimentos especiais sobre sua importância:

    "O Brasil atravessa crise profunda, cuja solução, ainda que parcial, demandará uma verdadeira reinvenção do País. Um novo olhar sobre a história representaria passo importante nessa direção: "Rio-Branco, Grande Estratégia e o Poder Naval" nos ajuda a refletir sobre o que fizemos de errado ao longo do nosso percurso histórico e os mitos do passado que nos aprisionam ainda hoje.
    Ao reinterpretar o legado de um dos emblemas do nacionalismo brasileiro, Alsina Jr. nos apresenta um barão do Rio-Branco muito distinto daquele difundido pelas narrativas oficialistas. O programa de reorganização da Marinha na primeira década do século XX - a mais importante iniciativa de incorporação de armamento naval da nossa história - serve de pano de fundo para a inquirição sobre a visão de mundo do Patrono do Itamaraty.
    O brilhante estudo desenvolvido pelo autor nos revela um estadista pragmático, realista, profundamente consciente de que, sem poder militar respeitável, o país estaria condenado à dependência e a uma posição subalterna no concerto das nações. Rio-Branco defendia a estreita simbiose entre diplomacia e defesa, voltada a permitir que o Brasil atuasse no plano internacional a partir de posição de força, jamais de fraqueza.
    Como decisiva contribuição à historiografia sobre um dos raros heróis nacionais brasileiros, este livro está destinado a se tornar marco incontornável sobre a obra do nosso diplomata-mor e o papel desempenhado pelas Forças Armadas na história do País."

    Depoimentos:

    "Ao mostrar, com precisão analítica e factual, os equívocos do oficialismo historiográfico acerca do barão – que o vê como um pacifista que só esgrimia argumentos históricos e geográficos -, o trabalho de Alsina Júnior está destinado a ser um ponto de inflexão nos estudos sobre a vida e a obra do nosso maior diplomata." Carlos Ivan Simonsen Leal, Presidente da Fundação Getúlio Vargas

    "João Paulo Alsina Jr. alerta para um tema que continua válido hoje, como ao tempo de Rio Branco: o desenvolvimento em paz e tranqüilidade precisa do respaldo de poder militar que o garanta. Rio Branco entendia assim, para o bem de nossa história."  Mario Cesar Flores, Almirante-de-Esquadra

    "(...) um estudo impressionante (...) Baseado em pesquisa exaustiva João Paulo Alsina Jr. demonstra que o Barão do Rio-Branco (...) apoiou o rearmamento naval (...) para atingir, a um só tempo, os objetivos diplomáticos que proporcionaram a atual conformação geográfica do país e a posição proeminente obtida no equilíbrio regional de poder no início do século XX. No Brasil contemporâneo, o mantra oficial de que "o Brasil não tem inimigos" tanto interpetra equivocadamente a realidade da diplomacia esposada pelo Barão do Rio-Branco quanto demonstra que o Brasil ainda não está pronto a assumir a liderança regional, sem falar na global, que se esperaria de um país com tamanho, população e riqueza equivalentes."  Thomas Bruneau, Professor Emérito, Naval Postgraduate School, Monterey, California.

     

     

    "João Paulo Alsina Jr., o mais destacado diplomata-acadêmico de sua geração, lustra o legado de Rio Branco. Diplomatas sim são importantes para um país. E sobretudo para o Brasil, pois foi sob a égide do maior de todos que se construíram as nossas fronteiras. Por sinal, o Brasil deve ser o único país no mundo que tem um diplomata como Herói da Pátria. O novo e instigante trabalho de Alsina Jr. honra as tradições semeadas pelo nosso patrono."  Hélio Vitor Ramos Filho, Embaixador

    "O Brasil sempre foi um país pacífico que resolveu os seus conflitos pela via diplomática. (...) Ou não? Com profundidade erudita e fervor nacional,  Alsina Jr. demonstra que o Barão não agia por principismo nem juridicismo abstrato. (...) Foi esse pragmatismo que o levou a desenvolver instrumentos de hard power, entre os quais o estratégico poder naval. Combinando a análise histórica das políticas externa e de defesa do Brasil, este livro é fundamental para perceber a brecha que separa o discurso oficial da realidade dos fatos."  Andrés Malamud, Professor de Ciência Política,  Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa

     

     

     

     

    Rio-Branco, grande estratégia e o poder naval

    Editora FGV

    Impresso | R$45

  • Postado por editora em Atualidades, Destaques, Entrevistas em 08/01/2014 - 11:00

    Em 16 de janeiro de 1974 Azeredo da Silveira monta sua estratégia geral antes de assumir o comando do Itamaraty, a convite do então presidente Ernesto Geisel.

    O documento "Política externa brasileira: seus parâmetros internacionais", que completa 40 anos no próximo dia 16, foi a base de uma das transformações mais profundas no comportamento internacional do Brasil, através de uma política externa ambiciosa e ousada defendida e aplicada por Silveira.

    Conversamos com Matias Spektor, organizador do livro Azeredo da Silveira: um depoimento, que, direto do Reino Unido, nos deu a honra de apresentar um pouco mais sobre essa figura histórica que foi, e é, Azeredo da Silveira.

    Confira:

     

    Quem foi Azeredo da Silveira?

    Ele foi ministro das Relações Exteriores do governo Geisel (1974-79), e durante sua gestão o Brasil assistiu a um processo intenso de ascensão internacional. Algo parecido como o que vimos durante o governo Lula.

    Em que consistiu essa ascensão?

    Ela teve dois aspectos fundamentais. Primeiro, Silveira reverteu a política sul-americana. Antes, ela era defensiva. Existia a crença de que qualquer tipo de assertividade na região levaria a uma reação contrária, liderada pela Argentina. Silveira pagou para ver. O resultado disso foram grandes acordos de infraestrutura: Itaipu com o Paraguai, gasoduto com a Bolívia, acordos de Jaguarão e Lagoa Mirim com o Uruguai, Tratado de Cooperação Amazônica com os países andinos.

    Qual o segundo elemento?

    Silveira negociou com êxito uma bateria de mecanismos de consulta de alto nível com Washington, Londres, Paris, Roma, Bonn e Tóquio. À época, ainda não existia o diálogo regular entre países industrializados e países em desenvolvimento. Ao formalizar esses acordos, Silveira obteve o reconhecimento de terceiros de que o Brasil merecia status especial. Silveira ainda abriu uma política para a África negra, especialmente para as ex-colônias portuguesas que, até aquele momento o Brasil ignorava. E criou uma política para o Oriente Médio e a China pela primeira vez.

    Qual a trajetória profissional de Silveira?

    É muito interessante. Ele começou a carreira diplomática ainda muito jovem e fez parte da geração de diplomatas que encerraram o paradigma americanista da época de Osvaldo Aranha. Junto a um punhado de colgas, Silveira esteve na dianteira do que seria o lado diplomático do nacional-desenvolvimentismo: a criação da UNCTAD, a negociação do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, o estabelecimento de um diálogo Norte-Sul.

    Existem biografias escritas sobre ele?

    Não, lamentavelmente. Ele não deixou memórias nem foi sistemático em suas notas pessoais. Mas seu arquivo, depositado no Cpdoc/FGV, é riquíssimo (e ainda pouco estudado). E ele deixou mais de vinte horas de depoimento ao Cpdoc que agora podem ser lidas em “Azeredo da Silveira: um depoimento”.

    Matias Spektor ainda nos apresenta uma verdadeira aula sobre Silveira no site http://silveiradepoimento.com.br/site/, que também disponibiliza documentos secretos do período de 1974 a 1979, quando nosso personagem foi ministro das Relações Exteriores.

    Capturar

     

     

    Azeredo da Silveira: um depoimento

    Matias Spektor

    Em comemoração aos 40 anos do pragmatismo de Silveira, os exemplares estão 30% de desconto:

    Impresso: R$49,70 (R$71,00)

    eBook: R$35,00 (R$50,00)

     

     

     

     

     

     

    Confira outras obras de Matias Spektor publicadas pela Editora FGV:

     

    O que a China quer? e Os Brics e a ordem global

    Ambas da Colelção FGV de Bolso | Série Entenda o Mundo

     

    Veja também a matéria de hoje de sua coluna na Folha de S. Paulo.

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