arte

  • Postado por editora em Atualidades, Destaques em 11/09/2015 - 15:28

    Fayga Ostrower, com a curadoria de Anna Bella Geiger, é uma seleção das obras mais emblemáticas da artista no período de 1940 a 2001 lançada por nós em parceria com a Insight Comunicação.

    Fayga (1920-2001) foi uma artista e uma intelectual. Criadora de um sem-número de obras seminais, essenciais para o contexto do movimento abstracionista informal na arte brasileira, considerado uma das vanguardas dos anos 1950; ela também irá se tornar uma teórica da arte de seu tempo, autora de uma série de livros pedagógicos sobre as artes visuais. Para ela, a palavra não seria apenas um meio de expressão; a palavra, o pensamento, a articulação verbal de certas experiências eram também uma forma de realização.

    No expressionismo figurativo, alguns dos conceitos essenciais sobre arte pautavam-se no ideológico, e isto irá caracterizar a obra de alguns artistas dos anos 1940/50, principalmente aqui no Rio de Janeiro (houve outros como os artistas do  Clube de Gravura em Bagé e Porto Alegre, RS , mais ligados ao realismo social3), por atitudes como a escolha preponderante do uso de meios gráficos, em técnicas como a xilogravura e a gravura em metal, pelo próprio compromisso com o valor simbólico atribuído à obra gráfica.

    Isso significando que, além do fato da gravura, do desenho e da aquarela terem sido uma escolha de meios de ordem pessoal de Fayga, por razões ideológicas, tratava-se de uma postura crítica radical de todos esses artistas. Fosse quanto ao alto valor mercadológico da pintura em detrimento da criação gráfica, multiplicável, e, portanto, mais acessível; fosse como protesto social e artístico e também forma de resistência baseada na crença utópica da influência da arte sobre o social — uma convicção da qual compartilhavam, além de Fayga, Goeldi, Livio Abramo e Lasar Segal.

    A vida de Fayga e parte de sua obra estão disponíveis para download gratuito no nosso site.

    Uma excelente oportunidade de acessar um novo conhecimento e se encantar com a arte.

    Faça o download AQUI

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  • Postado por editora em Atualidades, Destques em 28/10/2014 - 09:03

    A publicação do livro Lugares complexos, poéticas da complexidade: entre arquitetura, arte e paisagem, de Fabiola do Valle Zonno, contribui para a discussão sobre a contextualização e a produção de lugar na contemporaneidade. Seu texto atravessa trabalhos e escritos de artistas/arquitetos na busca por uma leitura multidimensional da paisagem - imagem, quiasma, interstício e evento - e aceita em sua visão crítica a transitividade do entre para tratar da tensão, do paradoxo e da indeterminação próprios à complexidade: entre alta e baixa cultura, realidade, ilusão e ficcionalidade; entre sujeito e objeto, pensamento e experiência, forma e antiforma; entre passado, presente e futuro, lugar e não lugar; entre o programado e o não programado, o público e o privado, a ordem e o caos.

    Confira um trecho do prólogo da obra:

    "Aproximar arquitetura e arte sempre foi para mim uma necessidade, necessidade que se tornou uma questão ao tratar da contemporaneidade. Arquitetura é arte (e isto não é algo novo). Como professora de história da arquitetura, meu esforço sempre foi o de construir elos entre as sensibilidades de artistas e arquitetos, tentando infundir complexidade à própria leitura da arquitetura, redescobrindo-a como parte de ações poéticas que encontram suas formas, criam imagens e produzem discursos para lidar com uma situação cultural. Certamente que neste “jogo” não há sempre unicidade e correspondência e isto é justamente o que nos instiga; mas é possível tentar desvendar o(s) sentido(s) da arte — relação homem-mundo — através de uma leitura aproximativa, uma leitura-entre os diversos meios através dos quais ela se expressa.
    É possível ainda dizer que, saindo de uma abordagem propriamente cultural, este “jogo” de aproximações entre arte e arquitetura pode ser expandido e até podemos construir narrativas que criem elos entre o passado e o presente, assim valorizando ambos. Isto porque o passado não está morto e o caminho para reencontrá-lo está na sensibilidade artística.
    Richard Serra admite ter concebido suas célebres Torqued ellipses a partir de sua experiência na igreja barroca de Santo Carlo alle Quattre Fontane de Borromini, que o impressionara pelo sentido de movimento espacial. Serra demonstra uma sensibilidade que encontra no outro, arquitetura, algo que pode transformar a escultura. Em suas palavras: “O que me interessa é a oportunidade de nos tornarmos algo diferente do que somos ao construirmos espaços que algo contribuam para a experiência daquilo que somos”.
    Há ressonâncias dessa frase em meu próprio processo. Essa abordagem despertou minha profunda curiosidade pela prática das artes em “campo ampliado” e me instigou a pensar como a arquitetura poderia assim se colocar, entendendo a aproximação com as demais artes como o caminho para constituir uma “especificidade diferencial” enquanto meio artístico, investigando modos outros de pensar e fazer."

    Lugares_Complexos

     

    Lugares complexos, poéticas da complexidade: entre arquitetura, arte e paisagem

    Fabiola do Valle Zonno

    impresso - R$45

     

     

     

     

     

    Fabiola do Valle Zonno é doutora e
    mestre em história social da cultura,
    além de especialista em comunicação
    e imagem, pela Pontifícia Universidade
    Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).
    Possui graduação magna cum laude
    pela Faculdade de Arquitetura e
    Urbanismo da Universidade Federal
    do Rio de Janeiro (UFRJ), onde
    é professora e pesquisadora
    no Departamento de História
    e Teoria e no Programa de
    Pós-Graduação em Arquitetura.

     

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