Ateliê de pensamento

Originada da quinta edição do Ateliê do Pensamento Social de 2015, os trabalhos (ensaios, textos de ocasião e projetos de pesquisa) reunidos nesta nova coletânea foram apresentados e debatidos a partir de uma pergunta sobre como se pensa o Brasil, muitas vezes de uma perspectiva “de fora”.

Para a amplitude daquela edição, os organizadores Bernardo Buarque de Hollanda e João Marcelo Ehlert Maia consideraram de igual maneira a formação internacional de intelectuais brasileiros, reconhecidos como “intérpretes do Brasil”, assim como a circulação e a recepção de obras que se tornaram referênciais no exterior.

A obra Ateliê do pensamento social: a pesquisa sobre o Brasil no exterior tem como tema-chave os Brazilian studies, que compreende tanto estudiosos estrangeiros que se interessam pelo país quanto os centros de estudo sobre Brasil sediados no exterior.

A edição que deu origem a este volume contou com o debate sobre a relação especular entre aqueles investigadores estrangeiros interessa­dos nas questões antropológicas, sociológicas e históricas da sociedade brasileira.

O lançamento do livro será realizado no dia 14 de setembro, às 18h30, na Livraria FGV de São Paulo, após o primeiro dia de debates da edição deste ano do Ateliê do pensamento social.

Esta sétima edição, que será realizada nos dias 14 e 15 e terá como tema “Intérpretes do Brasil – estratégias de leitura”, debaterá a metodologia de leitura e o corpo a corpo com obras importantes de certa “tradição” nacional e contará com professores-pesquisadores sediados em universidades do estado de São Paulo.

A programação completa do VII Ateliê do pensamento social, iniciativa dos pesquisadores do Laboratório de Pensamento Social (Lapes-FGV/CPDOC), pode ser acessada em http://cpdoc.fgv.br/laboratorios/lapes/atelie

Confira parte da apresentação da obra:

A presente coletânea traz um apanhado dos dois dias de realização do V Ateliê Internacional do Pensamento Social, ocorrido em setembro de 2015. O evento foi realizado pela primeira vez em São Paulo, na sede da Fundação Getulio Vargas, no bairro Bela Vista, centro da cidade. As edições anteriores ocorreram no Rio de Janeiro.
A iniciativa dos pesquisadores do Laboratório de Pensamento Social (Lapes-FGV/CPDOC) pôde ser concretizada graças aos auspícios da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que apoiaram com recursos financeiros o encontro, ensejando a vinda de três professores, que se deslocaram especialmente dos Estados Unidos e da Inglaterra para participar das mesas.
A edição ocorreu nos dias 10 e 11 de setembro, no prédio da Escola de Economia da Fundação (Eesp-GV), com a reunião dos pesquisadores convidados internacionais, a que se somaram docentes, discentes de pós-graduação, alunos de graduação de administração pública da GV-SP, além do público interessado em geral, inscrito para o primeiro dia de palestras.
O Ateliê contou com a presença de inscritos que submeteram e que tiveram seus projetos selecionados, procedentes de diversos estados do país, entre os quais se pode mencionar: Amazonas, Goiás, Paraná e Rio de Janeiro. Mestrandos e doutorandos de universidades do interior de São Paulo, mormente de cidades como Campinas e São Carlos, também compareceram.
Desde 2011, o objetivo do encontro, promovido pelo Lapes (CPDOC), tem sido o de oferecer uma oportunidade de reflexão coletiva sobre a metodologia e as estratégias de pesquisa e leitura em pensamento social, área consolidada nas últimas três décadas no interior da Anpocs e que, em 2015, em sua 39a edição, contou com dois GTs, um dedicado a Brasil e outro a América Latina.
Como é sabido, essa área reúne pesquisadores de história e ciências sociais que têm interesse em discutir ideias, intelectuais, textos e contextos.
No caso do Ateliê, a cada edição, um tema específico é definido para nortear o encontro, a exemplo de: “Abordagens transnacionais — ideias em perspectiva global” (2012); “Textos literários: das fontes de pesquisa aos métodos de leitura” (2013); e “Fazeres e escritos: pensando a pesquisa e a publicação” (2014).
A presente coletânea tem por tema-chave os Brazilian studies. Em sentido lato, compreende tanto estudiosos estrangeiros que se interessam pelo país quanto os centros de estudo sobre Brasil sediados no exterior.
Para a amplitude do Ateliê, consideramos de igual maneira a formação internacional de intelectuais brasileiros, reconhecidos como “intérpretes do Brasil”, assim como a circulação e a recepção de obras que se tornaram referenciais no exterior.
Assim, deu-se continuidade a um evento que vem sendo realizado anualmente desde 2011, com o objetivo de propor uma agenda internacional, incorporar temas de ponta na área do pensamento social e congregar acadêmicos de projeção fora do país nas ciências sociais, junto a
jovens pesquisadores em fase de formação, vinculados a programas de pós-graduação no Brasil.
Se em edições anteriores foram discutidas temáticas tais como “linhagens canônicas do pensamento social brasileiro”, “ideias em perspectiva global”, “fronteiras da literatura com as ciências sociais” e “políticas editoriais e publicação em revistas científicas internacionais”, o mote do V Ateliê foram os Brazilian studies, com o debate sobre a relação especular entre aqueles investigadores estrangeiros interessados nas questões antropológicas, sociológicas e históricas da sociedade brasileira.
No cômputo geral, considera-se que a presente edição permitiu dar a conhecer a professores e alunos brasileiros o universo atual dos centros de estudos sobre Brasil no eixo Estados Unidos e Europa. Se evidentemente esse eixo ainda apresenta uma limitação espacial na relação centro-periferia, o imaginário em torno do “brasilianista”, isto é, do estadunidense ou do europeu que se interessa em estudar o Brasil em termos políticos, sociais, econômicos e/ou culturais, pode ser debatido com propriedade por professores brasileiros que atuam em universidades nesses países e continentes e que trazem um olhar interno, fruto de sua inserção institucional e, em alguns casos, “departamental”. (...)

Ateliê do pensamento social: a pesquisa sobre o Brasil no exterior

Organizador(es): Bernardo Borges Buarque Hollanda, João Marcelo Ehlert Maia

Este conteúdo foi postado em 06/09/2017 - 09:19 categorizado como: sem categorias. Você pode deixar um comentário abaixo.

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