Arquivo de Novembro 2015

  • Postado por editora em Atualidades, Destaques em 30/11/2015 - 11:36

    A série Gestão de Pessoas, das Publicações FGV Management, começa a ser renovada.

    Diante das diversas mudanças no mercado, a relação profissional também muda e os temas mais relevantes são atualizados neste coleção.

    'Ética e sustentabilidade' e 'Coaching e mentoring' são os dois primeiros livros desta nova série.

    Confira a introdução dessas obras:

    "Este livro apresenta teorias e práticas sobre ética e sustentabilidade com o objetivo de facilitar a reflexão sobre um conjunto de ideias que sirvam de referência para a leitura crítica de sua realidade, assim permitindo a identificação do quanto a melhoria da qualidade das relações éticas e da prática da sustentabilidade nas organizações já exigem ações da sua parte.
    A compreensão desenvolvida por meio da leitura dos capítulos ilumina as atuais questões éticas e de sustentabilidade no âmbito empresarial, buscando, desse modo, tornar claros seus impactos nos resultados profissionais e empresariais. O diagnóstico da situação atual orientará a definição de ações para o alcance de melhorias nas práticas da dignidade humana nas organizações e da sustentabilidade da vida na Terra.
    O primeiro capítulo discute conceitos, princípios e fundamentos da ética e da moral, coloca a ética no plano da reflexão e a moral no nível das ações, para demonstrar a relação entre regras morais e moralidade, amoralidade e imoralidade. Depois, são apresentados dois modelos de gestão ética, um deles fundamentado na deontologia kantiana e o outro no utilitarismo inglês, para logo a seguir identificarmos as vantagens e desvantagens de suas aplicações nas organizações. Os desafios éticos da pós-modernidade servem de cenário para a discussão sobre a liderança ética e seus efeitos positivos nos resultados empresariais, no contexto específico da moral patrimonialista presente na sociedade e nas organizações brasileiras, destacando-se aí o abuso de poder e os papéis do código de conduta ética e do comitê de ética.
    No segundo capítulo, são apresentados fundamentos, indicadores e normas para estabelecer uma estrutura conceitual capaz de analisar ações de responsabilidade social desenvolvidas nas organizações. Aproveitamos o contexto delineado para discutir o papel do terceiro setor e de suas associações representativas. Em seguida, discorremos sobre a importância do alinhamento entre objetivos de acionistas e de gestores das organizações por meio da governança corporativa. Já a reputação da organização é apresentada como um importante ativo intangível que necessita ser gerenciado e, finalizando, abordamos o desenvolvimento moral da organização por meio da análise dos estágios de maturidade pré-convencional, convencional e pós-convencional.
    O terceiro capítulo examina fundamentos, conceitos e princípios da sustentabilidade; depois destaca os objetivos do desenvolvimento sustentável e apresenta a evolução conceitual até o triple bottom line. A partir daí, detalha seus pilares econômico, ambiental e social, bem como os estágios para a sustentabilidade corporativa. Na sequência, são apresentadas as múltiplas demandas dos stakeholders, o retorno intangível e o gerenciamento do risco corporativo, para concluir com a descrição de modelos de avaliação de sustentabilidade.
    Finalmente, apontamos as conclusões possíveis de alcançar em função dos limites estabelecidos pelos conceitos e experiências apresentados nos capítulos."

     

    "Estamos vivendo um momento de transição no que diz respeito à área de gestão de pessoas. Trata-se da migração de uma lógica de departamento de pessoal para o chamado RH estratégico (Ulrich, 2000). Inicialmente, a área concentrava atividades meramente burocráticas, tais como admissão, registros e folha de pagamento. Em seguida, passou a trabalhar com treinamento, avaliação de desempenho e demais dimensões funcionais, mas ainda de forma fragmentada. Mais recentemente, ganhou contornos estratégicos, aproximando-se das áreas de negócios (Wood Jr., Tonelli e Cooke, 2012).
    Considerando esse contexto de evolução, parece não haver mais dúvidas de que pessoas não são recursos; são geradoras de recursos. Produtos ou serviços isoladamente não são mais diferenciais. O que destaca hoje uma organização é a gestão do conhecimento, a inovação, a dimensão humana. Isso significa que as organizações precisam de pessoas competentes, motivadas e comprometidas. O que se espera hoje de gestores, bem como de analistas e de técnicos de gestão de pessoas está alinhado aos novos papéis da área, sobretudo o de parceiro estratégico da organização. Esperam-se, portanto, profissionais com capacidade de liderança, visão sistêmica, flexibilidade, capacidade de negociação, além da capacidade para discutir as estratégias da empresa e desenvolver políticas alinhadas a tais estratégias.
    Esperam-se profissionais que discutam o negócio com as outras áreas da empresa e que tenham a ética e a sustentabilidade norteando todas as suas ações.
    Diante do exposto, leitor, entendemos que no atual ambiente de negócios é tarefa do profissional buscar permanentemente o autoconhecimento e o autodesenvolvimento. É preciso identificar
    suas competências e trabalhar para aprimorá-las, bem como adquirir outras que ainda não tem. Nesse sentido, processos como os de coaching ou mentoring podem ser muito úteis.
    Você, provavelmente, já ouviu falar sobre tais processos. Eles ganharam bastante espaço nas revistas de negócios e em sites especializados. O número de cursos oferecidos sobre o tema parece, também, ter se multiplicado, assim como o número de profissionais que hoje se dedicam a essa atividade.
    O objetivo deste livro é apresentar a essência do conceito tanto de coaching quanto de mentoring, as características dos processos, bem como discutir as aplicações no âmbito individual e organizacional. Para tanto, o livro está dividido em quatro capítulos, além desta introdução e da conclusão.
    O capítulo 1 apresenta os principais aspectos que caracterizam a sociedade em que vivemos e como esses aspectos penetram no mundo do trabalho. Em seguida, discute como o ambiente de negócios responde às principais mudanças. Por fim, traz à tona o desenvolvimento de competências e a gestão de carreira, a fim de contextualizar o surgimento e a disseminação do coaching e do mentoring nas organizações contemporâneas.
    O capítulo 2 aborda o processo de mentoring. Apresenta o conceito e as características do processo, bem como o perfil do mentor e do mentorado. Traz, ainda, o mentoring B2B e a aplicação do mentoring no exercício da liderança. Por fim, apresenta os requisitos, as técnicas e as etapas, além de discutir programas ligados ao processo e seus fatores críticos de sucesso.
    O capítulo 3, por sua vez, traz o processo de coaching.
    Inicialmente, são apresentados o conceito e as disciplinas que fundamentam o processo, bem como as principais abordagens metodológicas. Em seguida, são apresentados os tipos de aplicação mais comuns de coaching, assim como as macroetapas de um processo, para ilustrar sua aplicação. Por fim, são discutidas a formação do coach, as vantagens e os riscos inerentes ao processo.
    Nos capítulos 1, 2 e 3, foram apresentados aspectos mais teóricos acerca do tema, ou seja, uma base conceitual, que permitiu trazer a prática à tona. O capítulo 4 tem, portanto, contornos mais pragmáticos. São abordados os impactos dos processos de coaching e de mentoring no desenvolvimento pessoal e profissional dos indivíduos. Partimos do entendimento de que o ponto inicial para escolhas, mudanças, aquisições e aprimoramento de competências, bem como para a gestão da carreira é o autoconhecimento. Como sugere Vergara (2010:67), “a busca do autoconhecimento, certamente, conduz ao autodesenvolvimento”.
    Na sequência, portanto, o capítulo trata do autodesenvolvimento e do autocontrole. Traz, ainda, considerações sobre valores e visão de futuro. A primeira parte, portanto, é dedicada ao diagnóstico. A partir daí, explora o plano de ação e ajuste de metas. Por fim, o capítulo aborda a questão da gerência do tempo, que pode ser um aliado nos processos de desenvolvimento pessoal e profissional."

    Ética e sustentabilidade Coaching e mentoring

  • Postado por editora em Atualidades, Destaques em 19/11/2015 - 17:04

    Direito e desenvolvimento: diário de um jurista urbano, de Carlos Ragazzo - professor da FGV Direito Rio, faz parte da Coleção FGV de Bolso, série Direito & Sociedade.

    O livro analisa novas tendências de diversos mercados e escolhas regulatórias recentes.  Os assuntos são tratados sem o formalismo acadêmico, facilitando a compreensão geral e destacando a importância que boas instituições têm para o desenvolvimento do Brasil.

    Por meio de uma linguagem direta e concisa, o autor aborda os mais variados temas de direito e desenvolvimento e pretende democratizar o conhecimento técnico.

    É formado por uma coletânea de posts que tratam de questões regulatórias ou concorrenciais de forma simplificada e aplicada às questões cotidianas da sociedade, como as mudanças no setor de transporte aéreo, desde a política de milhas às concessões dos grandes aeroportos brasileiros para a iniciativa privada; a regulação dos planos de saúde; as propostas legislativas sobre a prevenção da obesidade e a política da meia-entrada.

    Questões sobre a cidade, transporte urbano e trânsito, as medidas regulatórias para resolver os problemas relacionados e a relação entre precificação de imóveis, congestionamentos e processos de revitalização urbana, também são abordadas neste diário, que reúne textos originalmente publicados como posts no blog do autor, Direito e Desenvolvimento da revista Exame.

    Confira a introdução da obra:

    Ao longo da massificação do mundo online, cheguei a ouvir que a internet iria efetivamente destruir a imprensa tal como a conhecemos. Os jornais tradicionais em papel não existiriam mais (seriam aniquilados por edições virtuais de sites individuais, sem vínculo com grupos de mídia). A própria profissão de jornalista estaria sob perigo, substituída por blogueiros, que seriam capazes de veicular uma quantidade maciça de informação já se adaptando a um mundo que precisa de imagens e textos curtos, atualizados com muita frequência, fidelizando o leitor, que retorna recorridas vezes.

    Os jornais apanharam bastante, mas vários sobreviveram. E, por incrível que pareça, o mundo virtual não dizimou o papel. Na verdade, agregou. Depois de muitos anos de redução de volumes impressos, alguns países já enxergam um novo aumento de tiragem em papel. Embora alguns vejam isso como um movimento vintage, parecido com a volta do vinil no mercado de discos, acredito que houve sim uma enorme transformação no mercado de notícias, mas que a imprensa, tal como ela é, não irá morrer nos próximos anos. Não por conta da internet. Ela se transformou e oferece mais opções.

    Dois pontos são importantes. Primeiro, o grau de especialização. Tradicionalmente, os jornais eram mais gerais, com diversos cadernos (política, economia, mundo, entretenimento etc.), exceção feita aos jornais com maior foco em economia e finanças. Hoje, o mundo online conseguiu identificar demandas mais diversificadas por informações, gerando a criação de empresas que veiculam notícias que interessam a grupos menores com objetivos comerciais. E, além disso, a velocidade das informações também se alterou, com o uso, por exemplo, de broadcasts, em que as notícias são distribuídas praticamente minuto a minuto (quase como se acompanhando um evento esportivo, reportando o resultado lance a lance, com dados precisos sobre o evento).

    E onde os blogs se inserem nesse contexto? Acho que a resposta varia de blogueiro para blogueiro (esse nome, aliás, já virou profissão). Serão os blogueiros uma versão mais contemporânea ou mais despojada do tradicional colunista que trabalha em grandes jornais? Difícil definir. Um blogueiro não necessariamente é um especialista no assunto que escreve. Mas pode ser. E não precisa ser famoso, embora, claro, também possa ser. E, acima de tudo, não precisa ser jornalista (mas, como se sabe, jornalistas também mantêm blogs; no mais das vezes esses são os blogs mais lidos, mais influentes e exitosos). Mas, a meu ver, o blog é uma vontade de escrever, às vezes compromissada, às vezes meramente cotidiana, sobre assuntos que chamam a atenção do autor. Cada blog, no entanto, tem sua história. No meu caso, o blog foi um enorme processo de descobrimento dos assuntos que chamavam a minha atenção. Na verdade, foi um verdadeiro instrumento de identificação de temas para refletir ou mesmo pesquisar, sendo parte bem importante do meu trabalho como professor da FGV DIREITO RIO.

    O desafio inicial foi o de delimitar uma temática mais definida (já que blogs com assuntos variados demoram a emplacar), o que até hoje ainda não consegui. E, por isso, os primeiros posts eram relacionados a assuntos mais próximos ao meu mundo profissional, tratando de questões regulatórias ou concorrenciais. Nesses posts, o leitor vai encontrar uma tentativa de explicar, de forma simplificada, questões complexas, informando, sem viés (na medida do possível), as opções que existem para intervir em determinado setor e quais os objetivos pretendidos por legislações novas e velhas.

    Nessa direção, existem vários posts tratando de mudanças no setor de transporte aéreo, procurando esclarecer dúvidas sobre os mais variados assuntos, da política de milhas às concessões dos grandes aeroportos brasileiros para a iniciativa privada, explicando como essa medida se relaciona ou não com o bem-estar dos passageiros no médio prazo. O mesmo pode ser dito com relação a posts envolvendo planos de saúde, a nova agência reguladora Serviço Florestal Brasileiro (faz sentido privatizar florestas?) e o processo de judicialização de todas as agências reguladoras, uma “velha novidade” no Brasil. Ao lado de temas mais técnicos, o leitor também vai encontrar temas regulatórios bem cotidianos, como posts que endereçam e explicam o que o governo propõe para evitar obesidade ou mesmo como a meia-entrada deveria ser remodelada para evitar abusos bem evidentes.

    O próximo conjunto de posts aborda reflexões sobre a cidade, mais especificamente sobre transporte urbano e trânsito (a grande maioria dos posts trata do assunto, com a identificação de tendências, medidas regulatórias para resolvê-lo e impactos que dele derivam, como: qual a relação entre precificação de imóveis e congestionamentos). Como o trânsito pode melhorar? O que o governo está fazendo nessa direção? Os exemplos acabam se restringindo primordialmente a São Paulo e, especialmente, ao Rio de Janeiro, mas tratam de circunstâncias que hoje são realidade em praticamente todas as cidades. Ao lado de problemas de trânsito, os posts aqui agregados também falam sobre a cidade e seus vários serviços, como os serviços funerários (é difícil enterrar alguém?), e mesmo processos de revitalização urbana, com especial atenção para iniciativas governamentais para melhorar condições de habitação.

    Longe dos problemas urbanos, há também um grupo de posts que fala sobre tendências de mercado, explicando qual a estratégia de várias empresas (no que se incluem os cafés como a rede Starbucks, um exemplo de diferenciação com enorme sucesso em grandes centros urbanos, e as empresas que entenderam a existência de um mercado para vender fast-food, só que com comida saudável). E outros que tratam de questões mais estruturais, como o ambiente de negócios para empresas no Brasil e o movimento de aumento de preços dos imóveis (a recorrente pergunta sobre a bolha imobiliária). Em seguida, o objeto da discussão migra para a educação (parte da discussão envolve preparação para o mercado de trabalho) e seus respectivos percalços. Por uma questão meramente pessoal (há mais de 10 anos sou professor de faculdade), a maioria dos textos acaba sendo mais sobre o ensino superior do que sobre a cadeia de ensino básico. E, mais ainda, especificamente sobre o mercado de ensino de direito.

    O excessivo foco em concurso público e o respectivo peso nos currículos definidos pelo MEC acabaram empurrando a faculdade para um papel meramente preparatório única e exclusivamente para essa opção, impedindo uma maior diferenciação de currículos e de estratégias didáticas. Vários posts se dedicam a debater essas questões, como os que tratam de método de ensino, processo de internacionalização das faculdades e até a proliferação de rankings de qualidade oficiais e extraoficiais.

    Ao contrário do que imaginei quando comecei o blog, em 2012, os textos não ficaram centrados em questões regulatórias e concorrenciais. Mas guardei espaço para essas áreas nos posts, o que acabou fazendo com que escrevesse também textos sobre concorrência. Embora fosse previsível que os textos tratassem de casos no Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência, órgão em que trabalhei por aproximadamente seis anos, acabei optando majoritariamente por escrever sobre questões concorrenciais não relacionadas a investigações de cartéis ou a processos de concentração (aquisições ou fusões). Achei mais interessante ver como instrumentos não estatais poderiam ter impacto na concorrência. Dois textos abordam como a tecnologia alterou o padrão de competição (com cenários mais previsíveis, como a entrada do Big Data como elemento de competição, e outros menos, como o papel das redes sociais na redução de preços).
    Ao contrário de posts semanais (ou não: tenho uma enorme dificuldade para manter a periodicidade dos textos), o livro mostra pensamentos que podem ser vistos de maneira agregada, refletindo o caminho de descoberta de um grupo de
    temas. Esse processo aconteceu de forma natural à medida que os assuntos foram chamando minha atenção e provocando minha reflexão. Este livro, de certa forma, demonstra que escrever depende, na verdade, de um exercício de identificação com aquilo que se escreve. Essa descoberta é muito difícil. O blog Direito e Desenvolvimento me ajudou muito nisso. Como eu disse, a imprensa não só não morreu, como também resolveu abraçar blogueiros. Há espaço para todos e a Exame, em particular, enxergou muito bem essa tendência.
    Espero que este livro sirva para ajudar a organizar o fluxo de pensamento de outras pessoas. É a melhor forma de evitar bloqueios e, além disso, um excelente incentivo para as pessoas que querem montar blogs, publicar livros ou mesmo
    aprender a expor ideias.

     

     

    Direito e desenvolvimento: diário de um jurista urbano

    Carlos Ragazzo

    Coleção FGV de Bolso | Série Direito & Sociedade

    Impresso: R$24

    Ebook: R$16

     

  • Postado por editora em Atualidades, Destaques, Entrevistas em 16/11/2015 - 13:00

    Também denominada República Oligárquica, República do Café com Leite e República dos Coronéis, a Primeira República, iniciada com o golpe que pôs fim à Monarquia em 15 de novembro de 1889, e que durou até 1930, é vista até hoje sob um prisma negativo. Contudo, novos estudos propiciaram uma revisão da atuação das oligarquias regionais, indicando que seu sistema oligárquico era mais complexo do que até então se tinha apontado.

    Coordenado pela pesquisadora Alzira Alves de Abreu e publicado pela Editora FGV, o Dicionário histórico-biográfico da Primeira República (1889 - 1930) mostra que este foi um período de enorme riqueza de ideias, de grande criatividade organizacional e cultural e de ampla estabilidade institucional, em que as eleições legislativas e presidenciais ocorreram sem interrupção e sem haver deposição de presidentes.

    A industrialização, a formação da classe operária brasileira, a criação de partidos políticos e organizações sindicais, com suas reivindicações trabalhistas, também tiveram seu início durante o período, que ainda consolidou juridicamente os limites territoriais do Brasil e fortaleceu o jornalismo, através de revistas dedicadas à crítica satírica dos costumes e da política.

    O Dicionário reúne as biografias de todos os personagens que se destacaram durante a Primeira República, desde seus presidentes, vice-presidentes e demais políticos, até chefes de revoltas e rebeliões, líderes de movimentos políticos e sociais, jornalistas, lideranças operárias, intelectuais e empresariais; registra os mais importantes acontecimentos do período, como constituições, partidos políticos, revoltas, movimentos políticos e sociais, veículos de imprensa; e ainda apresenta um grande número de charges e caricaturas da época.

    Conversamos com a professora Alzira, finalista do Prêmio Jabuti 2015 pelo Dicionário da Política Republicana do Rio de Janeiro - outra obra de grande destaque sobre a história do Brasil, que respondeu a três perguntas nossas. Confira:

    1. Neste 15 de novembro comemoramos 126 anos da Proclamação da República - data que marca o início da Primeira República. Qual o principal destaque na elaboração do Dicionário com relação aos estudos anteriores sobre os personagens e eventos deste período?

    Esse é o primeiro dicionário (que eu saiba) sobre a Primeira República. Ele reúne todos os personagens políticos que atuaram no período. Reúne também todos os partidos políticos, instituições políticas, econômicas e sociais. Não conheço  nenhum livro  onde se encontre reunido todos esse material;

    2. O Dicionário da Primeira República reúne quase dois mil e duzentos verbetes, entre biografias e acontecimentos do período. Quais foram os critérios para a elaboração dos textos?

    Para a elaboração dos textos procuramos manter a isenção exigida para todo o trabalho histórico. Pesquisamos a bibliografia existente, arquivos públicos e privados, jornais e revistas do período;

    3. Passados 85 anos da Revolução de 1930, evento que marca o fim da Primeira República, qual o principal objetivo da publicação de uma obra deste porte?

    O objetivo é colocar à disposição de todos os estudiosos (pesquisadores, professores de história e ciências sociais, alunos) e todos os  interessados na nossa história, dados e informações sobre esse período que se encontram dispersos em várias obras.

     


    Dicionário histórico-biográfico da Primeira República (1889-1930)

    Alzira Alves de Abreu

    Apenas em ebook

     

    Disponível também nas lojas: iBooks Store | Apple, Kindle | Amazon, Google Play e Kobo

  • Postado por editora em Atualidades, Destaques em 06/11/2015 - 17:53

    O segundo livro Série Gestão Estratégica do Agronegócio, das Publicações FGV Management, já está disponível.

    Esta série foi especialmente desenvolvida pelo GVAgro - centro de estudos em agronegócio da Escola de Economia de São Paulo da FGV - para atender às demandas do setor do agronegócios do país.

    Estratégias de comercialização no agronegócio: estrutura de mercado e coordenação contratual traz um conjunto de conceitos de economia, de estratégia e de organizações aplicados ao contexto de comercialização no agronegócio.

    A comercialização de produtos do agronegócio depende de uma grande variedade de fatores que vão muito além da relação entre oferta e demanda. O protecionismo dos países ricos muitas vezes contamina a formação dos preços tanto ou mais fortemente quanto as condições climáticas.
    Políticas de apoio interno, acesso a mercados e subsídios às exportações são fatores que perturbam o livre comércio.
    Outras barreiras não tarifárias crescem de importância, como a ambiental, a social e as questões sanitárias.
    A grande dispersão dos produtores rurais no território nacional vis-a-vis a concentração das estruturas de comércio, e mais a sazonalidade da produção, também são fatores que tornam a comercialização agrícola uma atividade extremamente
    complexa, com riscos para todos os atores da cadeia produtiva.
    E ainda resta um tema controvertido, o respeito aos contratos.
    Este livro se debruça sobre o emaranhado conjunto de interfaces para clarear o entendimento e ajudar a estabelecer regras para decisões apropriadas, através de duas abordagens teóricas: a economia das organizações e a organização industrial.

    Confira a introdução da obra:

    A II Guerra Mundial é considerada um marco histórico para os mais diversos setores da sociedade e áreas do conhecimento.
    Para a atividade agropecuária não é diferente; o período pósguerra é marcado por transformações importantes nas relações estabelecidas entre seus agentes. Segundo Zylbersztajn (2000), a produção de alimentos, nesse período, passou a depender crescentemente de insumos industrializados que começaram a ser adquiridos no mercado, em vez de no próprio local da produção. Além disso, as atividades de armazenagem, processamento e distribuição se tornaram muito complexas para serem conduzidas integralmente pelo produtor rural.
    Em virtude dessas transformações, a dependência entre os elos e a intensidade entre suas ligações tornaram-se centrais no estudo da produção de alimentos e nas atividades relacionadas.
    Foi com esse pano de fundo que o termo agribusiness1 passou a ser utilizado para designar um sistema integrado complexo. Em 1968, Goldberg redefiniu o conceito de agribusiness como:
    "Um sistema de commodities engloba todos os atores envolvidos com a produção, processamento e distribuição de um produto. Tal sistema inclui o mercado de insumos agrícolas, a produção agrícola, operações de estocagem, processamento, atacado e varejo, demarcando um fluxo que vai dos insumos até o consumidor final. O conceito engloba todas as instituições que afetam a coordenação dos estágios sucessivos do fluxo de produtos, tais como as instituições governamentais, mercados futuros e associações de comércio."
    Sob este enfoque, as análises acerca do agronegócio não se prendem unicamente aos preços como determinantes do mercado, o que não significa que estes tenham pouca importância, mas são expandidas para o estudo dos contratos – estruturas que ganham importância como mecanismos de governança (de coordenação) dos complexos sistemas agroindustriais."
    A compreensão da dinâmica da comercialização no agronegócio pauta-se na análise das estruturas de mercado e das relações contratuais entre os agentes.
    Assim, para compreender a complexidade dos sistemas agroindustriais e tomar decisões estratégicas, os agentes do setor precisam também entender como os diferentes mercados se organizam e como os agentes neles atuam.
    Esses dois tópicos são os temas centrais tratados neste livro, que está dividido em duas grandes partes, englobando cinco capítulos. A parte I contempla, em dois capítulos, as abordagens teóricas. O capítulo 1, intitulado “Economia das organizações”, introduz elementos para o entendimento de como os agentes dos sistemas agroindustriais (SAGs) se coordenam em diferentes mercados, ou seja, como atuam, interagem e constroem as relações contratuais que governam tais interações. O capítulo 2, “Organização industrial no agronegócio”, trata dos elementos que determinam a organização dos mercados com base na Teoria da Organização Industrial, que aborda conceitos de economias de escala, de escopo, barreiras a entrada e saídas, entre outros.
    Tal instrumental possibilita analisar o ambiente competitivo em que as organizações operam.
    A parte II, subdividida em três capítulos, traz ao leitor três estudos de caso em que se evidencia como os referenciais teóricos abordados na parte I podem ser utilizados para compreensão dos determinantes de mercado e dos atributos da transação na gestão de contratos. Os estudos de caso apresentam exemplos reais dos SAGs da cana-de-açúcar, da soja e da laranja.

     


    Estratégias de comercialização no agronegócio: estrutura de mercado e coordenação contratual

    Camila Dias De Sá, Christiane Leles Rezende De Vita, Fabio Matuoka Mizumoto, Matheus Kfouri Marino, Roberto Pedroso Júnior

    Impresso | R$31,00

    Ebook | R$22,00