agronegócio

  • Postado por editora em Atualidades, Destaques em 06/11/2015 - 17:53

    O segundo livro Série Gestão Estratégica do Agronegócio, das Publicações FGV Management, já está disponível.

    Esta série foi especialmente desenvolvida pelo GVAgro - centro de estudos em agronegócio da Escola de Economia de São Paulo da FGV - para atender às demandas do setor do agronegócios do país.

    Estratégias de comercialização no agronegócio: estrutura de mercado e coordenação contratual traz um conjunto de conceitos de economia, de estratégia e de organizações aplicados ao contexto de comercialização no agronegócio.

    A comercialização de produtos do agronegócio depende de uma grande variedade de fatores que vão muito além da relação entre oferta e demanda. O protecionismo dos países ricos muitas vezes contamina a formação dos preços tanto ou mais fortemente quanto as condições climáticas.
    Políticas de apoio interno, acesso a mercados e subsídios às exportações são fatores que perturbam o livre comércio.
    Outras barreiras não tarifárias crescem de importância, como a ambiental, a social e as questões sanitárias.
    A grande dispersão dos produtores rurais no território nacional vis-a-vis a concentração das estruturas de comércio, e mais a sazonalidade da produção, também são fatores que tornam a comercialização agrícola uma atividade extremamente
    complexa, com riscos para todos os atores da cadeia produtiva.
    E ainda resta um tema controvertido, o respeito aos contratos.
    Este livro se debruça sobre o emaranhado conjunto de interfaces para clarear o entendimento e ajudar a estabelecer regras para decisões apropriadas, através de duas abordagens teóricas: a economia das organizações e a organização industrial.

    Confira a introdução da obra:

    A II Guerra Mundial é considerada um marco histórico para os mais diversos setores da sociedade e áreas do conhecimento.
    Para a atividade agropecuária não é diferente; o período pósguerra é marcado por transformações importantes nas relações estabelecidas entre seus agentes. Segundo Zylbersztajn (2000), a produção de alimentos, nesse período, passou a depender crescentemente de insumos industrializados que começaram a ser adquiridos no mercado, em vez de no próprio local da produção. Além disso, as atividades de armazenagem, processamento e distribuição se tornaram muito complexas para serem conduzidas integralmente pelo produtor rural.
    Em virtude dessas transformações, a dependência entre os elos e a intensidade entre suas ligações tornaram-se centrais no estudo da produção de alimentos e nas atividades relacionadas.
    Foi com esse pano de fundo que o termo agribusiness1 passou a ser utilizado para designar um sistema integrado complexo. Em 1968, Goldberg redefiniu o conceito de agribusiness como:
    "Um sistema de commodities engloba todos os atores envolvidos com a produção, processamento e distribuição de um produto. Tal sistema inclui o mercado de insumos agrícolas, a produção agrícola, operações de estocagem, processamento, atacado e varejo, demarcando um fluxo que vai dos insumos até o consumidor final. O conceito engloba todas as instituições que afetam a coordenação dos estágios sucessivos do fluxo de produtos, tais como as instituições governamentais, mercados futuros e associações de comércio."
    Sob este enfoque, as análises acerca do agronegócio não se prendem unicamente aos preços como determinantes do mercado, o que não significa que estes tenham pouca importância, mas são expandidas para o estudo dos contratos – estruturas que ganham importância como mecanismos de governança (de coordenação) dos complexos sistemas agroindustriais."
    A compreensão da dinâmica da comercialização no agronegócio pauta-se na análise das estruturas de mercado e das relações contratuais entre os agentes.
    Assim, para compreender a complexidade dos sistemas agroindustriais e tomar decisões estratégicas, os agentes do setor precisam também entender como os diferentes mercados se organizam e como os agentes neles atuam.
    Esses dois tópicos são os temas centrais tratados neste livro, que está dividido em duas grandes partes, englobando cinco capítulos. A parte I contempla, em dois capítulos, as abordagens teóricas. O capítulo 1, intitulado “Economia das organizações”, introduz elementos para o entendimento de como os agentes dos sistemas agroindustriais (SAGs) se coordenam em diferentes mercados, ou seja, como atuam, interagem e constroem as relações contratuais que governam tais interações. O capítulo 2, “Organização industrial no agronegócio”, trata dos elementos que determinam a organização dos mercados com base na Teoria da Organização Industrial, que aborda conceitos de economias de escala, de escopo, barreiras a entrada e saídas, entre outros.
    Tal instrumental possibilita analisar o ambiente competitivo em que as organizações operam.
    A parte II, subdividida em três capítulos, traz ao leitor três estudos de caso em que se evidencia como os referenciais teóricos abordados na parte I podem ser utilizados para compreensão dos determinantes de mercado e dos atributos da transação na gestão de contratos. Os estudos de caso apresentam exemplos reais dos SAGs da cana-de-açúcar, da soja e da laranja.

     


    Estratégias de comercialização no agronegócio: estrutura de mercado e coordenação contratual

    Camila Dias De Sá, Christiane Leles Rezende De Vita, Fabio Matuoka Mizumoto, Matheus Kfouri Marino, Roberto Pedroso Júnior

    Impresso | R$31,00

    Ebook | R$22,00

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