A reforma esquecida

  • Postado por editora em Atualidades, Destaques em 03/07/2014 - 12:37

    Neste segundo volume sobre o tema da reforma orçamentária, os novos elementos adicionados deixam claro que os expedientes utilizados, nos últimos anos, para administrar as contas do governo federal, contribuíram para a formação e o reforço de uma armadilha fiscal que cria problemas para a sustentação do modelo de crescimento econômico com inclusão social que marcou a experiência brasileira dos últimos anos.

    Capa_Reforma-esquecida2.inddAlém disso, a defesa da tese de que é preciso pôr a reforma orçamentária na agenda das reformas importantes para o futuro do País ganha um poderoso aliado: a insatisfação da sociedade, expressa nas manifestações que eclodiram em muitas cidades brasileiras, relacionadas à má qualidade dos serviços públicos. Os cidadãos vão às ruas para manifestar sua inconformidade com o tempo despendido, o dinheiro gasto e o desconforto experimentado nos deslocamentos diários para o trabalho; com as condições de saneamento das cidades; e com o aumento da insegurança e da violência, que geram um clima permanente de tensão. Mas ninguém se lembra de que boa parte dessas dificuldades tem a ver com o pouco caso dispensado ao orçamento.

    Ao agregar estes novos elementos ao estudo das distorções que o orçamento público foi acumulando, Fernando Rezende e Armando Cunha, organizadores deste volume, destacam os obstáculos a serem enfrentados, e esboçam os caminhos que podem ser trilhados para avançar no rumo da reforma orçamentária, pois não obstante o tamanho do problema, não há qualquer indício de que a reforma do processo orçamentário esteja sendo contemplada nos meios oficiais; e, tampouco, talvez pela incompreensão do que significa essa reforma, o assunto desperta o interesse das lideranças políticas e dos cidadãos.

    Nesse contexto, a tarefa que cabe executar é iluminar o problema, isto é, contribuir para que a sociedade compreenda as disfunções que foram se acumulando, e as consequências disso para importantes segmentos da população e para o nosso futuro. Iluminar o problema significa gerar informações e divulgar análises de forma clara e de fácil entendimento pela população, com a seriedade e a isenção requeridas para que tenham credibilidade.

    Com apresentação do presidente da Fundação Getulio Vargas, Carlos Ivan Simonsen Leal, A reforma esquecida II: obstáculos e caminhos para a reforma do processo orçamentário busca dar mais um passo nessa direção.

     

    Acesse também A reforma esquecida: orçamento, gestão pública e desenvolvimento em nosso blog. Nesse link você encontra a entrevista com os autores e mais sobre esse primeiro volume.

     

    A reforma esquecida II: obstáculos e caminhos para a reforma do processo orçamentário

    Editora FGV

    Impresso: R$61

    Ebook: R$43

  • Postado por editora em Entrevistas, Promoções em 31/10/2013 - 11:14

    A Promoção Meio a Meio de hoje traz o livro 'A reforma esquecida: orçamento, gestão pública e desenvolvimento', dos professores Fernando Rezende e Armando Cunha.

    Com apresentação do presidente da Fundação Getulio Vargas, Carlos Ivan Simonsen Leal, 'A reforma esquecida' compõe um "primeiro diagnóstico da situação e aponta para os caminhos a serem percorridos com vistas à modernização do processo orçamentário brasileiro". Confira um trecho dessa apresentação:

    Embora haja amplo entendimento quanto à necessidade de proceder a uma reforma em profundidade no orçamento público brasileiro, são grandes as divergências sobre a oportunidade, o alcance e os componentes dessa reforma,
    para não falar na responsabilidade por sua condução.
    Por isso, alguns eventos promovidos ultimamente com o objetivo de discutir os motivos, os procedimentos e os objetivos a serem contemplados em um projeto de reforma orçamentária não prosperaram. Seminários internacionais,
    visitas de autoridades e técnicos brasileiros a países que se notabilizaram pela implementação de reformas modernizadoras nas últimas duas décadas e a vinda de especialistas internacionais ao Brasil para expor seus pontos de
    vista e participar de reuniões com técnicos e especialistas nacionais serviram para acumular um enorme acervo de conhecimentos a respeito do alcance e das motivações das reformas reconhecidas como experiências internacionais
    relevantes em matéria de reforma orçamentária que continuam aguardando a oportunidade de ser aproveitadas.
    As principais vertentes das reformas orçamentárias promovidas em vários países nos últimos 25 anos convergiram para um modelo orçamentário caracterizado pela incorporação de uma visão estratégica nas decisões sobre
    alocação de recursos públicos e pela ênfase em mudanças que contribuam para melhorar a qualidade do gasto público, introduzir compromissos com o resultado da ação governamental e promover a responsabilização dos governantes.

    Aproveite para reler parte da entrevista concedida pelo organizador Fernando Rezende em nosso blog, na época do lançamento deste livro.

    Por que a reforma orçamentária se arrasta por tantos anos sem uma solução satisfatória?

    O título do livro – A Reforma Esquecida – é uma primeira pista para responder a essa pergunta. Na verdade, não há uma reforma orçamentária ‘que se arrasta por tantos anos’. O grande desafio inicial associado com a reforma orçamentária é, exatamente, o de se alcançar um grau mínimo de mobilização social e política sobre a necessidade de mudança no processo orçamentário no setor público brasileiro.

    A necessidade da reforma vem aumentando e se tornando mais urgente em função das transformações econômicas, políticas e sociais na sociedade brasileira nesses últimos 30 anos. O Orçamento Público, como principal mecanismo da ação governamental, reflete o ordenamento jurídico, as relações de poder na república e na federação, o conteúdo das escolhas que anualmente ocorrem  para utilizar os recursos extraídos da sociedade e  a forma por meio da qual essas escolhas são feitas. No âmbito das organizações governamentais, consideradas em seus diferentes níveis de autonomia administrativa e financeira, o orçamento constitui-se em poderoso instrumento de gestão.

    Sob essa ótica multifacetada, não é surpresa que o Orçamento Público influencie e seja influenciado pela conjunção das dimensões econômica, política, legal, institucional e organizacional da ação governamental, o que se observa mais complexo ainda no ambiente de transformações profundas e aceleradas no contexto brasileiro. A complexidade refere-se à necessidade de promover mudanças nessa área que permitam conciliar a sustentação da disciplina fiscal, o atendimento das demandas sociais e a manutenção da governabilidade democrática num quadro de acentuada fragmentação partidária. Como garantir que a dinâmica orçamentária tenha as qualidades ou atributos socialmente desejáveis para contribuir com esse processo de transformações e a sustentação do desenvolvimento econômico e social nos anos a frente? A resposta a essa questão deverá definir o sentido das reformas necessárias.

     

    Entrevista na íntegra AQUI

     

    A reforma esquecida: orçamento, gestão pública e desenvolvimento

    Promoção Meio a Meio

    R$29,5 - impresso

    R$21 - eBook

    Válida apenas hoje | 31/10 | no site da Editora FGV.

    Em breve, a Editora FGV lançará o segundo volume desta obra.

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