recursos humanos

  • Postado por editora em em 08/05/2018 - 15:57

    A área de gestão de pessoas tem sofrido impactos diretos das mudanças que ocorrem nas organizações e na busca de alternativas para sobreviver em cenários e mercados revoltos. A governança corporativa vem se adaptando à necessidade de fazer a leitura desses cenários e tornar a organização convergente em seu propósito, na formação e no preparo de seus colaboradores e na obtenção de resultados competitivos em um mercado de modelos diferenciados.
    A acelerada mudança tecnológica e a necessidade de acompanhar a sociedade e o mundo corporativo em suas demandas, e na forma como as pessoas são inseridas nesses contextos, têm requerido dos profissionais de recursos humanos e líderes novas perspectivas de atuação.
    Os profissionais de recursos humanos são os mobilizadores das lideranças para a gestão estratégica de uma organização, a partir do entendimento de que estamos em tempos em que a emoção (humano) e a lógica (tecnologia) caminham juntos. A inteligência artificial e os algoritmos estão à disposição  para facilitar a tomada de decisão, porém acompanhados do valor humano.

    Diante deste cenário, lançamos o livro Recursos humanos: transformando pela gestão, que se destina a todos que têm interesse em estudar, revisitar ou conhecer novos conteúdos, sistemas organizacionais e tendências globais em gestão de pessoas.

    Trata-se de um conjunto de artigos de vários especialistas, organizados pelas professoras Ana Paula Arbache e Denize Athayde Dutra, ambas da Fundação Getulio Vargas, que apresentam uma análise de contextos mundiais e do Brasil que ajudarão a compreender o momento atual do mundo corporativo e a visão de um futuro que insiste no aqui e agora, ressaltando a importância de compreender os novos modelos de gestão e de organizações, em que recursos humanos são a base dessa transformação.

    Confira a introdução da obra:

    Nas últimas três décadas, a gestão de recursos humanos evoluiu de departamento de pessoal e relações trabalhistas para uma função muito mais estratégica e abrangente: a de cuidar das pessoas para que essas possam cuidar das organizações.
    Por outro lado, se analisarmos o perfil dos profissionais que atuam na área, há um descompasso entre o discurso do RH estratégico e a realidade da maioria das organizações brasileiras. No Brasil, como em outros países, as organizações encontram-se em diferentes estágios de maturidade na função recursos humanos, graças a um conjunto de variáveis, tais como tamanho, estrutura, forma de capital, natureza do negócio, entre outras.
    O que trouxe o RH até o estágio atual, não será o mesmo que o levará à frente. Para dar conta dos novos desafios, as organizações carecem de profissionais mais preparados.
    A Fundação Getulio Vargas, por meio da FGV Management, lançou, em abril de 2014, um novo programa de Master Business Administration (MBA) voltado para formar executivos de recursos humanos como especialistas estratégicos, capazes de contribuir para o alcance dos resultados organizacionais, propondo políticas, diretrizes e práticas de gestão de recursos humanos alinhadas com os objetivos estratégicos da organização e que dignifiquem a relação do homem com o trabalho.
    Esta obra é o resultado da produção de parte do corpo docente do MBA de RH na busca de estabelecer as premissas conceituais básicas para cada disciplina que compõe o programa do curso, de modo que possa dar a outros profissionais, que não sejam alunos da FGV, um referencial teórico para a gestão de recursos humanos em suas organizações.
    O capítulo 1 apresenta a evolução da área de recursos humanos no Brasil e sua valorização como determinante para agregar valor ao negócio e ao propósito das organizações, bem como, contribuir para o desenvolvimento do país.
    O capítulo 2 traz conceitos para ajudar o profissional a entender o ambiente macroeconômico e seus impactos na tomada de decisão quanto às ações de recursos humanos na organização.
    O capítulo 3 permitirá que o profissional de RH entenda seu papel na governança de uma organização e como este entendimento e reflexões sobre a ética podem contribuir para o desenvolvimento sustentável de sua organização e do país, para garantir espaço na tomada de decisão e numa atuação mais propositiva da área.
    O capítulo 4 trata da questão da cultura organizacional e suas implicações no desempenho organizacional e nos modelos e práticas de gestão em um ambiente globalizado, de fusões, aquisições, joint ventures e surgimento de novos modelos organizacionais.
    O capítulo 5 aborda a gestão da mudança e do clima organizacional, onde temos cenário de alta volatilidade, de mudanças aceleradas, de elevado grau de obsolescência de produtos e serviços, de padrões de comportamentos diferentes com os quais ainda nem aprendemos a lidar.
    O capítulo 6 estimula o pensamento estratégico, fornecendo base conceitual e ferramentas para o RH desdobrar as estratégias da organização, por meio do próprio planejamento, alinhando todos os processos da função RH de forma sinérgica e holística, que contribua efetivamente para a melhoria da performance organizacional.
    No capítulo 7, o autor amplia o olhar do RH para as finanças corporativas, gerando condições para análise de demonstrativos e indicadores e criação de métricas próprias da função RH como forma de fortalecer seu posicionamento como gerador de resultado e não como simples gerador de custo.
    O capítulo 8 oferece ao especialista de RH uma importante metodologia para estruturar seus projetos e poder assegurar resultados nas ações de sua área. Outro aspecto do capítulo de gerenciamento de projetos é o RH ser suporte para os projetos estratégicos da organização, já que as estruturas organizacionais estão cada vez menos matriciais, adotando o modelo de gestão por projetos.
    O capítulo 9 revê os princípios do direito trabalhista que são a base de uma relação capital/trabalho justa e discute um conjunto de temas atuais, como assédio moral, diferentes tipos de contrato de trabalho, expatriação, inclusão de portadores de necessidades especiais, entre outros que estão presentes nas organizações públicas, privadas e do terceiro setor.
    O capítulo 10 refere-se aos processos de atração, seleção e retenção de pessoas como fator estratégico de sucesso para a gestão dos recursos humanos num contexto em que influenciar positivamente a percepção de valor do empregado (EVP) é um dos desafios da área de RH.
    O capítulo 11 expõe um conjunto de conceitos sobre a importância da capacitação e da gestão do conhecimento e de novas metodologias de aprendizagem, especialmente aquela mediada por tecnologia, como uma solução para atender às demandas geradas pela revolução digital e de disseminação do conhecimento de forma mais rápida e econômica, considerando que hoje a atuação das organizações não tem mais fronteiras geográficas.
    O capítulo 12 foca a gestão do desempenho e do modelo de gestão por competência, já que as empresas estão buscando novos formatos para lidar com o desafio da melhoria de performance dos colaboradores, à medida que o país tem ainda um dos mais baixos níveis de produtividade do mundo.
    O capítulo 13 aborda um tema crucial que é a remuneração, benefícios e carreira dos colaboradores, já que esses aspectos impactam diretamente nos resultados e têm variáveis internas e externas à organização, dependendo inclusive do ambiente macroeconômico.
    O capítulo 14 promove reflexões sobre a saúde corporativa e sobre a importância estratégica desse tema para as organizações, visto que os gastos com a saúde são, hoje, a segunda maior despesa de RH, depois da folha de pagamento.
    O capítulo 15 analisa o comportamento humano como fundamento para entender as relações entre capital e trabalho, compreender os impactos do comportamento sobre cultura organizacional, bem como sua importância para o desenvolvimento da inteligência emocional.
    O capítulo 16 traz conceitos para transformar gestores em líderes, que muito além da autoridade legítima de sua função, consigam influenciar as pessoas para contribuir com a missão organizacional, procurando elevar o desempenho e o potencial individuais em prol de objetivos coletivos.
    O capítulo 17 estimula o desenvolvimento da competência de negociação, essencial para o sucesso de qualquer gestor, especialmente o profissional de RH, que lida com toda a complexidade dos seres humanos e seus diferentes interesses e pontos de vista. Ter propostas de trabalho e não conseguir negociar com os diversos stakeholders a implantação dos projetos não irá colocar o RH na posição em que a organização precisa dele.
    O último capítulo, chamado “Tópicos especiais: e produção de conhecimento...”, resume alguns trabalhos de conclusão de curso das primeiras turmas do MBA de RH da FGV, cujos alunos foram instigados a produzir conhecimento sobre temas relevantes para o posicionamento estratégico da função de recursos humanos e seus desafios.
    Existe vasta literatura sobre gestão de pessoas e liderança, mas a produção de conhecimento sobre as funções de recursos humanos ainda é lacunar no Brasil; por isso, este livro tem por objetivo contribuir com conceitos e reflexões, que coloquem a FGV como protagonista do pensamento e das práticas de RH estratégico e transformador das organizações frente aos desafios presentes e futuros.

     

    Lançamentos:

    Rio de Janeiro | 22 de maio, às 18h30 | Livraria FGV

    São Paulo | 4 de junho, às 18h30 | Livraria Martins Fontes Paulista (Av. Paulista, 509)

     

    Recursos humanos: transformando pela gestão

    Ana Paula Arbache, Denize Athayde Dutra

  • Postado por editora em Atualidades, Destques em 18/01/2016 - 09:49

    A série Gestão de Pessoas, das Publicações FGV Management, já tem dois novos títulos

    Diante das diversas mudanças no mercado, a relação profissional também muda e os temas mais relevantes são atualizados neste coleção.

    'Construção de equipes de alto desempenho ' e 'Retenção de talentos e valorização profissional' são os dois novos livros desta série.

    Confira alguns trechos da introduçãodessas obras:

     

    "O livro que você está começando a ler é sobre a construção de equipes de alto desempenho, um tema que nos remete à importância do trabalho em equipe e tudo que isso envolve para produzir resultados promissores e competitivos, levando a empresa a níveis de destaque, excelência e sustentabilidade corporativa. Desenvolver equipes de alto desempenho é um desafio constante, pois envolve uma série de fatores dinâmicos e inter-relacionados, como: comunicação, percepção, feedback, diversidade, competências e motivação, entre outros. O assunto é motivante, e a superação é sempre o foco para quem busca algo mais e tem determinação para isso.
    O objetivo dos autores é mostrar como podemos melhorar a performance das organizações por meio de equipes coesas, maduras, que apresentam um alto desempenho. Para isso, adotamos uma maneira de abordar o tema partindo de uma visão mais abrangente para uma mais específica, ou seja, tratando de equipes de forma geral, seguindo para as de alto desempenho, direcionando a discussão para a gestão e, por fim, focando nas estratégias de desenvolvimento e avaliação.
    Caro leitor, este livro está estruturado em quatro capítulos.
    Iniciamos apresentando em que consiste o trabalho em equipe, abordamos as características e tipos de equipe, discorremos sobre as condições necessárias para o trabalho em equipe e como podemos transformá-lo em vantagem competitiva. No segundo capítulo abordamos mais diretamente as equipes de alto desempenho, passando pelo seu conceito, desafios inerentes e competências de seus integrantes. Já no terceiro capítulo, que tem o foco em gestão, tratamos do tema da diversidade, identificação de papéis na equipe e como podemos influenciar a motivação dos empregados, conquistar comprometimento e utilizar o empowerment para estimular a confiança e a sinergia da equipe.
    Após compreender o que é o trabalho em equipe, as equipes de alto desempenho e a relevância da gestão nesse sentido, é importante conhecer e dominar as estratégias de ação e acompanhamento das mesmas, tópico abordado no quarto e último capítulo. Estimulamos a reflexão sobre o processo de comunicação, enfatizando suas barreiras e facilitadores, bem como o feedback como forma de desenvolvimento nas equipes."

    "A reestruturação produtiva mais recente, ocorrida em meados da década de 1990, exigiu mudanças organizacionais visando ao aumento da produtividade, exigência que não se constitui um fato novo. Desde a Depressão dos anos 1930, e após a II Guerra Mundial, a busca de ganhos de produtividade impõe reestruturações produtivas para o enfrentamento de problemas cada vez mais complexos, decorrentes de pressões externas.
    O cenário socioeconômico modelado pelas metamorfoses do mundo do trabalho provoca a demanda por modelagens flexíveis para organizar, estruturar e controlar as organizações,
    objetivando a superação dos desafios vinculados à sustentação da competitividade e lucratividade (Boltanski e Chiapello, 1999).
    Diante dessa realidade, as organizações se empenham para desenhar estratégias corporativas visando assegurar vantagens competitivas, sendo a retenção de talentos uma delas, dada sua
    relevância. As demandas econômicas, sobretudo, a partir da última década do século XX, transformaram os profissionais considerados talentos em uma condição necessária à sobrevivência das organizações. A quebra de organizações, outrora poderosas, torna-se iminente não somente devido às crises financeiras. A evasão do capital intelectual acentua esse problema, uma vez que o indivíduo, ao sair da organização, leva com ele o conhecimento acumulado, o que pode contribuir para a diminuição da capacidade da organização de efetuar entregas em níveis crescentes de excelência ao cliente e, portanto, de manter um desempenho competitivo capaz de impactar sua imagem de excelência no mercado.
    É oportuno ressaltarmos que crises financeiras nem sempre resultam de cenários econômicos turbulentos. Elas podem decorrer de administrações ineficazes, comportamentos incompatíveis com as estratégias e escassez de talentos, entre outros motivos. Assim, os temas retenção de talentos e valorização profissional despertam o interesse de pesquisadores e, por conseguinte, provocam crescentes debates no âmbito acadêmico e organizacional.
    A consciência quanto à relevância do objeto de estudo em questão demandou a escolha de um fio condutor para alicerçar os temas específicos a serem desenvolvidos no livro.
    O problema inicial enfrentado residiu na questão conceitual. A maioria das publicações recentes centradas no processo gestão de pessoas atribui inúmeros sentidos para o conceito talento. A busca da resolução desse quesito exigiu a identificação de uma definição operacional que refletisse nossas crenças e valores, estivesse alinhada à lógica de gestão predominante na atualidade e, também, fosse aderente às referências paradigmáticas nas quais, nós, autoras, decidimos assentar o desenvolvimento do livro."

     

    Construção de equipes de alto desempenho

    Retenção de talentos e valorização profissional

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