história

  • Postado por editora em Atualidades, Entrevistas, Eventos em 29/04/2013 - 14:23

    A Editora FGV lança o livro ‘Qual o valor da história hoje?’ e traz à tona uma reflexão fundamental sobre o valor da história e a importância da escola como espaço privilegiado para as discussões sobre esse tema.
    O dilema ético sobre o papel do ensino de história e sua relevância são abordados de forma quase investigativa pelos autores, convidando o leitor a um diálogo sobre como a história, enquanto experiência e conhecimento, pode atuar na formação e transformação dos indivíduos contemporâneos.

    Reunimos os organizadores Márcia de Almeida Gonçalves, Helenice Rocha, Luís Reznik e Ana Maria Monteiro e fizemos a pergunta essencial que intitula esta obra:

    Afinal, Qual o valor da história hoje?

     
    “O diálogo com a experiência do outro.
    A história nos auxilia a compreender ações humanas no tempo, contextos, mudanças e permanências, semelhanças e diferenças, em suas dimensões sociais, políticas, econômicas, culturais.
    A história contribui para  desconstruir verdades estabelecidas, instigar questionamentos, despertar o interesse pela experiência do outro de forma a buscar compreender as diferentes alternativas criadas pelos grupos humanos para viver e sobreviver.
    Ao desnaturalizar o social, nos ajuda a  compreender a  construção histórica das sociedades.”

     

     

    Publicada com apoio da Faperj, a obra será lançada hoje na Blooks Livraria (Espaço Itaú de Cinema), Praia de Botafogo, 316, a partir das 18:30h.

  • Postado por editora em Atualidades, Entrevistas, Vídeos em 22/04/2013 - 17:10

    José Carlos Reis, autor do livro ‘Teoria & história: tempo histórico, história do pensamento histórico ocidental e pensamento brasileiro’, fala sobre a obra em entrevista ao Interconexão Brasil.

     

    De acordo com o professor, o propósito desta produção é discutir, de forma mais densa e consistente, as relações entre a história e a teoria, fugindo um pouco do empirismo e do positivismo historiográficos e propondo uma história mais pensada e reflexiva que, em sua opinião “é a história que deve ser”.

    Nesta obra, que traz um texto fluente e didático, o leitor é levado à instigante tarefa de refletir sobre os diálogos entre teoria e história, através das dissecações das principais correntes historiográficas mais recentes e das discussões metodológicas que norteiam seu trabalho.

    A entrevista pode ser assistida, na íntegra, em http://www.youtube.com/watch?v=VG42tg_QUE8.

     

     

    José Carlos Reis é autor de diversas obras sobre o tema, todas publicadas pela Editora FGV, listadas a seguir:

    História e teoria: historicismo, modernidade, temporalidade e verdade

    As identidades do Brasil 1: De Varnhagem a FHC

    As identidades do Brasil 2: de Calmon a Bomfim

    O desafio historiográfico

  • Postado por editora em Atualidades, Entrevistas em 25/10/2012 - 17:33

    A História não é mais a mesma. O conteúdo estático, impresso como verdade absoluta em livros pesados (e que, muitas vezes, levavam anos para ter uma atualização), ganhou a internet. Com direito a twitter, Facebook e até rede social – como no caso do Café História. O espaço, criado em 2008 pelo jornalista e historiador Bruno Leal, reúne conteúdo produzido pela equipe e a colaboração dos usuários. Mais de 47 mil pessoas compartilham vídeos, fotos, discussões e artigos, abordando de forma muito mais dinâmica e democrática assuntos do Brasil e do mundo. A principal vantagem de tudo isso? Multiplicar as possibilidades de escrita e interpretação da história.

    Bruno respondeu a 3 perguntas nossas. Confira:

    1. Como a internet e, em especial, as mídias sociais influenciam o registro e a divulgação da história?

    Enumero três grandes mudanças: a) As novas mídias estão contribuindo para uma aceleração da história. Os jornais online, os blogs e as redes sociais relatam um número quase infinito de eventos, segundo a segundo. Ora, isso provoca uma mudança no status da categoria “acontecimento”, uma expansão daquilo que Benedict Anderson chamava de “comunidades imaginadas”. E a nossa comunidade imaginada de hoje vive a história intensamente, globalmente, mais do que qualquer outra civilização. Não à toa, nunca se discutiu, pesquisou, escreveu e publicou tanta história contemporânea.

    b) As novas mídias estão incrementando a produção e a disseminação do conhecimento histórico. Para explicar isso, invento uma historinha: uma instituição pública de Londres digitaliza um fundo histórico inteiro. Mais de 5 mil documentos, que podem ser vistos e copiados gratuitamente por qualquer internauta. E mais: é possível fazer busca por palavra-chave nesse fundo digitalizado. Resultado: a publicação do fundo na internet democratiza o acesso à informação; gera cópias que impedem a perda ou o esquecimento do documento; possibilita mais estudos sobre um mesmo assunto; poupa tempo e favorece novos olhares ao pesquisador; permite que historiadores de diferentes lugares do mundo abordem objetos de estudo que antes lhes eram vetados, fosse por custos ou por distância.

    c) As novas mídias fortalecem o espírito de uma comunidade especializada. Ao usarem blogs, redes sociais, e-mails e outras ferramentas online, os historiadores têm à disposição uma inteligência coletiva poderosa, que é a própria comunidade de historiadores, antes não tanto articulada, organizada, conhecida.

    2. Ser historiador, hoje, é uma boa ideia?

    Ser historiador hoje não é uma boa ideia. É uma ótima ideia (risos). Todas essas transformações, todos esses desafios fazem da história uma área muito mais interessante. O historiador não é mais o sujeito associado somente ao velho, ao que é do passado, habitante do arquivo. Ele também deve ser visto como aquele que: discute os processos complexos do presente; compartilha suas descobertas não só com a comunidade científica (mas também com os não historiadores); e se apropria das novas mídias para alcançar melhores resultados e provocar reflexões. O historiador hoje trabalha em muitas frentes: é pesquisador, professor, consultor, empresário, correspondente, comentarista, blogueiro.

     3. Como você imagina o ensino de história daqui a 50 anos?

    Dizem que o historiador é o profeta do passado. Pensar o futuro não é exercício assim tão comum para nossa “espécie”. Mas vamos lá: em 2062 eu vejo (ou desejo?) o ensino de história preocupando-se menos com o factual e mais com as relações, com as conjecturas, com a problematização dos fatos; o professor de história mais interdisciplinar, multimídia e (claro!) ganhando um salário muito mais justo; uma sala de aula sem quadro-negro e sem carteiras viradas para um mesmo lugar; alunos interessados no que está sendo discutido, não apenas porque “vai cair na prova”, mas porque isso faz muito sentido para suas vidas, faz parte do seu mundo.

  • Postado por editora em Eventos em 16/10/2012 - 13:55

    Em 1943, dezenas de homens partiam de São Paulo para o interior de Goiás e Mato Grosso. Missão: explorar locais considerados selvagens. Era o início da Expedição Roncador-Xingu (ERX), empreendimento do Estado Novo que mais tarde foi incorporado pela Fundação Brasil Central (FBC). O objetivo era expandir a autoridade federal para regiões que não tinham sequer dados cartográficos e demográficos precisos.

    Essa laboriosa aventura, marcada por projetos grandiosos de desenvolvimento, cidades planejadas, disputas de terras e migrações forçadas, é explorada no livro Estado, território e imaginação espacial, de João Marcelo Ehlert Maia, que explica como certas ideias sobre o território nacional moldaram os contornos do Estado brasileiro – e, por extensão, nossa própria identidade como povo.

    O lançamento é nesta quinta, na Blooks Livraria. Todos convidados!

     

     

     

  • Postado por editora em Atualidades, Entrevistas em 03/10/2012 - 18:03

    A Comissão da Verdade e a Lei de Acesso a Informações Públicas estão na pauta do dia: jornais, revistas, TV e internet discutem a decisão de apurar crimes contra os diretos humanos. Fizemos 3 perguntas para a historiadora e diretora da Editora FGV Marieta de Moraes Ferreira, que publicou, no recém-lançado Tempo presente & usos do passado, um artigo comentando os desafios do historiador diante da abertura dessa caixa-preta. Confira:

    1. Para o historiador, o que muda com a instituição da Comissão Nacional da Verdade e a Lei de Acesso a Informações Públicas?

    O historiador do tempo presente lida com a memória viva dos seus contemporâneos e está exposto, por conta disso, a uma pressão social e política inegável. Por exemplo: grupos que viveram eventos traumáticos (como o Holocausto, o governo de Vichy, na França, e as ditaduras na América Latina) pressionam os historiadores no sentido de referendar seu ponto de vista. Demandam uma instrumentalização social da memória ainda não arrefecida, de um passado que havia se transformado em história de forma incompleta.

    Com a divulgação inédita de documentos ultrassecretos, temas ainda não explorados vão surgir, e nada pode ser mais estimulante para um historiador. Porém, é preciso refletir criticamente sobre o envolvimento desses profissionais nessa nova empreitada. A Associação Nacional dos professores de História (Anpuh) entende que a entidade deve, sim, participar diretamente do debate, inclusive indicando alguns de seus associados para integrar a Comissão da Verdade, que vai revisitar e recontar fatos controversos ocorridos durante a ditadura. Por outro lado, outros profissionais de história enxergam um conflito – teórico, metodológico e ético – entre essa participação e o ofício do historiador, que seria colocado como uma espécie de juiz do passado.

    1. Quais são as maiores dificuldades de produzir uma história do presente?

    O período histórico em questão é definido por balizas móveis. Qual deve ser o marco inicial da história de um tempo presente? Para uns, a última grande ruptura; para outros, a época em que vivemos e de que temos lembranças, ou cujas testemunhas ainda Prisioneiros de Auschwitzsão vivas; ou ainda, para citar Hobsbawm, o tempo presente é o período durante o qual se produzem eventos que pressionam o historiador a rever a significação que ele dá ao passado. Acrescente-se ainda o fato de o historiador, nesse caso, ser também testemunho e ator de seu tempo. Ele pode, por exemplo, supervalorizar determinados eventos do presente, por não ter um certo recuo, uma distância crítica.

    Essa peculiaridade, no entanto, não é necessariamente negativa: o novo lugar do  historiador / observador / personagem pode oferecer novos pontos de vista, outras formas de considerar períodos da história, favorecendo novas abordagens. A singularidade do objeto deve nos alertar sobre a necessidade de buscar métodos específicos para temáticas específicas.

    O historiador do tempo presente lida com a memória viva dos seus contemporâneos. Grupos que viveram eventos traumáticos, como o Holocausto e as ditaduras na América Latina, pressionam os historiadores a referendar seu ponto de vista. Demandam uma instrumentalização social da memória ainda não arrefecida, de um passado que havia se transformado em história de forma incompleta"

    3. Quando o estudo da história, tradicionalmente dedicado ao passado, passou a voltar seus olhos também ao presente?

    O século 20 foi especialmente turbulento. As grandes guerras, a Revolução Soviética, as reorganizações da ordem global mudaram radicalmente a forma de compreender o tempo. Passou a haver uma demanda social crescente pelo conhecimento da história recente, e os historiadores confrontaram-se com a necessidade de refletir sobre o momento vivido e os possíveis cenários resultantes. Assim, especialmente depois da II Guerra expressões como histoire du temps présent, contemporary history e Zeitgeschichte foram incorporadas ao vocabulário do historiador.

     

     

  • Postado por editora em Eventos em 26/06/2012 - 18:02

    A Editora FGV lança às 19h desta quinta-feira, na Blooks, Linguagens e fronteiras do poder. O livro é organizado pelo integrante da Academia Brasileira de Letras José Murilo de Carvalho e por Miriam Halpern Pereira, Gladys Sabina Ribeiro e Maria João Vaz.

    Reunindo artigos sobre as relações Brasil-Portugal no império e pós-império, a obra põe em questão conceitos históricos como liberdade, revolução e abolicionismo e oferece novas perspectivas de interpretação.

  • Postado por editora em Opinião em 11/03/2011 - 16:25

     Por Carlos Eduardo Rebello*

    "Em 2011, toda a obra de León Trotski caiu em domínio público. Isto porque, quando um autor completa sete décadas de morte, a partir do primeiro dia do ano seguinte seus livros passam a ter livre uso comercial. Trata-se de uma ótima oportunidade para facilitar o acesso dos leitores aos pensamentos deste que é o mais moderno dos clássicos marxistas.

    Alguém poderia perguntar: qual o sentido de ler ou escrever sobre um projeto político e social 'fracassado' e 'ineficiente'? A resposta é simples. O fracasso da experiência soviética não pode invalidar o socialismo. Do mesmo modo que os acidentes rodoviários não invalidam a indústria automobilística.

    Ora, nem Marx nem qualquer um dos seus seguidores jamais supôs que o objetivo do Socialismo fosse criar uma sociedade 'superior', e sim que o socialismo seria uma necessidade objetiva criada pela contradição básica do capitalismo: a criação de riquezas sociais (novas tecnologias, produtos e necessidades) para fins anti-sociais, porque privados.

    As conseqüências desta contradição . desemprego, destruição de recursos naturais etc . exigem ainda hoje o Socialismo. Não como um ideal, mas como necessidade concreta. Que o projeto bolchevique tenha fracassado apenas torna mais importante a busca pela sintonia fina entre o social e o político, e acredito que isso justifique o interesse por Trotski e os marxistas".

    Carlos Eduardo Rebello é economista, professor da Uerj e autor do livro Trotski diante do socialismo real: perspectivas para o século XXI, da Editora FGV.

Páginas

Subscrever história