favela

  • Postado por editora em Atualidades em 22/01/2013 - 16:52

    Pesquisa encomendada pelo Ministério do Turismo ao Núcleo de Turismo da FGV Projetos, e realizada com a professora do CPDOC Bianca Freire-Medeiros, mostra que 58% dos turistas brasileiros têm interesse em visitar uma favela; entre os estrangeiros, o percentual é de 51%. Divulgado depois de os governos federal e do estado do Rio de Janeiro anunciarem um convênio para promoção do turismo nas favelas da capital fluminense, o estudo indica opções de atividades – como produção de artesanato e hospedagem – que prometem incrementar a geração de emprego, renda e inclusão social. Opções que não estão baseadas no simples assistencialismo, mas na capacidade empreendedora e criativa.

    Confira alguns resultados:

    ? 46% dos turistas estrangeiros que visitam as favelas cariocas buscam, do alto dos morros, uma perspectiva diferente sobre a cidade. Já 47% dos turistas brasileiros que visitam as comunidades desejam conhecer a cultura, a realidade e as pessoas que nelas vivem.

    ? As melhores impressões que os turistas tiveram sobre a favela foram relativas à arquitetura do local (55,9%) e à vista da cidade (41,1%), além do conhecimento de projetos sociais (34,9%).

    ? Apenas 36,6% dos turistas estrangeiros, no entanto, compraram algum produto durante sua visita, e os gastos foram relativamente pequenos (muitas vezes, não chegando a R$ 5). Cerca de 40,6% dos turistas que não fizeram compras assinalaram a falta de oferta como um dos motivos de não terem comprado nada, mencionando, entre outras coisas, que não lhes foi oferecido nenhum produto, ou que não viram lojas durante a visita.

    ? O turista que visita a favela Santa Marta é, na maioria dos casos, estrangeiro, jovem (25 a 34 anos), bastante escolarizado (61,4% têm nível superior completo) e empregado (47%). Ao contrário do que se poderia supor, os estudantes não são maioria, representando 18% do público. Sua renda média mensal é de cerca de R$ 8,5 mil e visitavam o Rio de Janeiro pela primeira vez (85%). Viajavam em casal, grupos de excursão ou de amigos com a intenção de desfrutar o lazer da cidade.

    Para saber mais sobre o estudo, acesse a edição 20 dos Cadernos FGV Projetos. Confira, também, publicações da Editora FGV relacionadas a favelas: Gringo na Laje: produção, circulação e consumo da favela turística; A invenção da favela: do mito de origem a favela.com; Um século de favela; e UPPs, direitos e justiça: um estudo de caso das favelas do Vidigal e do Cantagalo.

  • Postado por editora em Atualidades em 22/11/2012 - 17:00

    Como é o dia a dia da convivência entre os moradores de morros cariocas e os policiais que trabalham nas UPPs? Qual é o impacto das unidades no cotidiano da favela e na sociabilidade da população? Como a presença permanente de agentes das UPPs pode afetar atividades que constituem a economia local? O seminário Favela é cidade!, que começa dia 26 no Morro Santa Marta, em Botafogo (RJ), põe em pauta questões essenciais para avaliar empiricamente as políticas públicas implementadas com as UPPs, seus limites e implicações.

    O evento vai privilegiar o ponto de vista dos moradores – que, em geral, formam o segmento social menos ouvido no debate público. A realização é do Programa de Estudos sobre a Esfera Pública (PEEP) da EBAPE, em parceria com o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e o Coletivo de Estudos sobre Violência e Sociabilidade (Cevis). Confira a programação:

  • Postado por editora em Atualidades em 06/11/2012 - 11:50

    Começa amanhã a FLUPP – Festa Literária das UPPs. O encontro reúne um time heterogêneo – com Ferreira Gullar, João Emanuel Carneiro, Ariano Suassuna, João Ubaldo Ribeiro, Ana Maria Machado, MV Bill, Luiz Ruffato, Arnaldo Bloch e MC Swat, entre outros – para discutir temas como literatura, cultura e a classe C, música, videogame e sabedoria popular, poesia, quadrinhos, ditadura e a Primavera Árabe. No Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, até dia 11.

    ? Mais sobre UPPs: Editora FGV lança UPPs, direitos e justiça, que estuda as favelas do Vidigal e do Cantagalo. Confira trechos.

  • Postado por editora em Atualidades em 16/10/2012 - 19:41

    O novo UPPs, direitos e justiça, de Faiana Luci de Oliveira,traz um raio-x de duas das maiores favelas cariocas – o Vidigal e o Cantagalo. Pesquisas quantitativas e coleta de depoimentos de moradores e líderes locais traçam o perfil de uma cidadania incompleta: a população conhece pouco seus direitos e as instituições a que deve recorrer para assegurá-los.

    Confira alguns trechos:

    ? 55% dos moradores do Cantagalo e 50% do Vidigal não souberam mencionar sequer um direito garantido às pessoas pela lei brasileira.

    ? 46% dos entrevistados no Cantagalo afirmam que prisões arbitrárias acontecem com grande frequência.

     ? No Cantagalo, a coleta direta de lixo chega a apenas 2%; no Vidigal, a 13,8%.

    ? 56% dos moradores que tiveram seus direitos desrespeitados declarou que não fez nada, "deixou para lá".

    as pessoas têm medo do acesso à Justiça, acham que o tráfico vai saber" (moradora, Vidigal)

    ? 85% dos imóveis no Cantagalo e 66% no Vidigal foram declarados como próprios. Entre os “proprietários”, 89% no Cantagalo e 79% no Vidigal disseram possuir alguma documentação que comprove a posse do imóvel (mas, na maioria das vezes, esse documento é fornecido pela associação de moradores local).

    ? O rendimento familiar per capita médio é de R$ 675 no Vidigal e R$ 493 no Cantagalo. Na primeira comunidade, o valor médio do aluguel é R$ 360. No Cantagalo, R$ 330.

    ? 73% dos entrevistados no Cantagalo não completaram o ensino médio; No Vidigal, a proporção é de 60%.

    A própria lei é feita para doutores, não é? Ela não é feita para o cidadão comum, que fala 'nóis vai, nóis vem'" (mulher, movimento social, Vidigal).

    Quando se fala em direitos se fala em lei, se fala em lei a lei não é cumprida, não é? Favorece os poderosos e massacra os discriminados, então eu não acredito" (homem, líder local, Vidigal).

    ? 77% dos moradores do Cantagalo e 53% do Vidigal são naturais do estado do Rio. Paraíba, Ceará e Minas Gerais são os outros principais estados de origem.

    Vista do Vidigal. Crédito: Luiz Felipe Marques de Paiva

    Vista do Vidigal. Crédito: Luiz Felipe Marques de Paiva

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