Celso Castro

  • Postado por editora em Atualidades, Destaques em 15/12/2014 - 11:52

    Mais um título da Coleção FGV Universitária, Introdução às Ciências Sociais tem como objetivo apresentar a perspectiva do cientista social em relação ao mundo em que vive. Os professores Celso Castro e Julia O'Donnell pretendem, com sua obra, conduzir o leitor a exercitar uma reflexão crítica e desnaturalizadora a respeito de aspectos fundamentais de sua vida cotidiana, auxiliando no desenvolvimento da sensibilidade necessária para perceber a diversidade e a relatividade das formas da vida social.

    Destinado principalmente a estudantes de nível superior de cursos de outras áreas, nos quais a disciplina é obrigatória, um livro dessa natureza pode ser estruturado de muitas maneiras. Não há uma forma única, privilegiada ou segura pela qual se deva seguir. Sendo assim, a visão crítica e desnaturalizadora acima mencionada aplica-se à própria apresentação da disciplina, que é sempre feita de forma parcial e segundo determinada perspectiva, guiada pelas opções e preferências pessoais e intelectuais dos autores. Nesse sentido, qualquer introdução será sempre uma das muitas possíveis introduções às Ciências Sociais. Por isso, é importante apresentar desde o início as opções fundamentais feitas pelos autores.

    Confira a seguir:

    "Não pretendemos fornecer, num único livro, uma visão abrangente de uma área do conhecimento tão vasta quanto as Ciências Sociais — no Brasil, geralmente são incluídos sob este rótulo disciplinas intimamente relacionadas: Antropologia, Ciência Política e Sociologia. Por outro lado, esperamos que a leitura seja útil mesmo para quem não pretende seguir seus estudos na área. Para tanto, procuramos fugir à tentação de adotar alguns modelos correntes em livros destinados a cursos universitários da área, como, por exemplo, apresentar uma sucessão — sempre necessariamente incompleta — de autores, escolas de pensamento, teorias ou temas. A partir da leitura de um único livro, acreditamos que os alunos, especialmente aqueles que não objetivam tornarem-se cientistas sociais, teriam não apenas uma visão fragmentada das Ciências Sociais como também escassa chance de que sua leitura tivesse algum interesse.
    Em vez de um levantamento enciclopédico e exaustivo de temas, autores, obras e tradições intelectuais, o que se pretende é sensibilizar o aluno para o que poderíamos chamar de “perspectiva sociológica”, ou “olhar sociológico”. Se isso for minimamente alcançado, o livro terá cumprido seu papel.
    Vários autores considerados “clássicos” da tradição das Ciências Sociais estão presentes neste livro, bem como teorias e temas que lhes são característicos, mas o objetivo principal, repetimos, é menos organizá-los num esquema histórico, tipológico ou temático das Ciências Sociais do que usá-los como forma de ajudar os leitores a terem uma visão crítica, desnaturalizadora e sociologicamente informada de aspectos importantes do mundo em que vivem.
    O livro está organizado em torno de algumas questões centrais da tradição das Ciências Sociais. Pretendemos que o leitor possa começar a exercitar uma reflexão pessoal sobre essas questões, e que as reconheça em questões debatidas na atualidade e em sua vida cotidiana."

    Aos professores que pretendem adotar a obra, os autores deixam algumas observações, conforme a seguir:

    "A utilização do livro em cursos será enriquecida pela leitura prévia, pelos alunos, de textos originais de autores “clássicos” das Ciências Sociais, indicados no livro, e que devem ser discutidos em sala de aula. Além disso, o diálogo com os alunos poderá ser estimulado pela discussão de pequenos textos relacionados ao tema da aula, como trechos de obras artísticas, literárias ou notícias de jornal.
    Deve-se buscar sempre a participação ativa dos alunos, que podem ser responsáveis por pequenas exposições sobre temas, textos ou filmes selecionados contra o pano de fundo dos textos lidos e discutidos durante o curso. É importante, no entanto, que o professor oriente os alunos sobre como as exposições devem ser feitas, bem como as acompanhe e discuta depois de terminadas.
    O professor deve contextualizar cada aula no plano geral de estudos e aprofundar seu conteúdo. Deve também sentir-se estimulado a propor perguntas e dar sugestões adicionais para leitura, pesquisa ou reflexão, bem como levantar exemplos relacionados ao contexto mais imediato da vida dos alunos."

    Introdução às ciências sociais

    Celso Castro e Julia O'Donnell

    Impresso | R$49

    Ebook | R$35

  • Postado por editora em Atualidades, Entrevistas, Eventos em 27/08/2013 - 12:55

    O turismo, uma prática social que se consolida com a modernidade, é apontado como um dos fenômenos mais importantes de nosso tempo, acessível a cada vez mais pessoas ávidas por viajar pelas mais diversas motivações — desfrutar momentos de prazer, realizar negócios, cuidar da saúde ou participar de eventos num lugar distante do habitual.

    Trata-se de um fenômeno histórico complexo que causa impactos na economia, no planejamento e na gestão de localidades, nas condições de mobilidade, nas políticas de preservação ambiental, nas relações de hospitalidade e alteridade.

    A Editora FGV lança o livro História do turismo no Brasil e apresenta, em 15 trabalhos, diversas pesquisas sobre essa história, ilustradas por imagens publicitárias e fotografias de época, com textos que indicam a constituição e os usos turísticos dos destinos e dos atrativos, as políticas públicas de turismo, as formas de operação turística e de publicidade como resultados de processos que apresentam as tensões e contradições da sociedade brasileira e do contexto internacional em diferentes momentos de sua história recente.

     

    Fizemos 3 perguntas a Professor Celso Castro, organizador e coautor desta obra. Confira:

    1. É possível definir um momento que sinalize o início da história do turismo no Brasil?

    Não é tarefa simples, pois depende do que consideramos como sendo "turismo". As definições variam muito. É óbvio que tivemos viajantes que vieram ao Brasil a passeio desde muito cedo, porém considero que o turismo como atividade comercial organizada - isto é, com guias profissionais, hotéis de lazer, agências de viagem, organizações públicas etc. - surge no início do século XX. O livro conta uma boa parte dessa história.

    2. Qual a importância do turismo como prática social num país como o Brasil?

    O turismo internacional para o Brasil nunca foi muito significativo em termos quantitativos, apesar de ter aumentado consistentemente nos últimos anos. A autorrepresentação nacional, no entanto, como a de um país belo e "naturalmente" vocacionado para o turismo sempre foi mais forte. Há que se considerar também o turismo interno, que tem aumentado muito, principalmente com o maior acesso a passagens aéreas e a emergência do que se convencionou chamar de "nova classe média".

    3. Recentemente, notícias sobre ocorrências envolvendo turistas em nosso país (principalmente na cidade do Rio, com explosão de bueiros e casos de estupro) e sobre a onda de manifestações dos últimos meses correram o mundo. Como o senhor analisa a interferência desses acontecimentos na recente história do turismo no Brasil?

    Qualquer evento negativo que apareça na mídia internacional tem um efeito imediato em relação à vinda de turistas estrangeiros - alguns cancelam ou adiam seus planos de viagem. Geralmente é um efeito transitório, mas que pode persistir caso as notícias sejam recorrentes. No caso do Brasil, a imagem externa é predominantemente positiva em termos de destinação turística, ao contrário de países como o Egito, por exemplo, por causa de atentados contra turistas. O maior problema no caso do Brasil é a distância e o custo, que são maiores quando comparados a outros destinos.

     

    O livro 'História do turismo no Brasil' será lançado amanhã, dia 28 de agosto, às 18h30, na Livraria FGV.

     

    turismo

    História do turismo no Brasil

    Organizadores: Celso Castro, Valeria Lima Guimarães e Aline Montenegro Magalhães

    R$52,00

     

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