Guanabara espelho do Rio

Você sabia?

Que a Baía de Guanabara é muito maior do que o que você vê? Que o espelho d’água ocupa menos de 10% da bacia hidrográfica, de 4 mil Km²?

Que a Baía é uma metrópole que reúne 16 cidades, com mais de 8 milhões de habitantes, e que a maioria das cidades está na Baixada Fluminense, uma das regiões mais pobres do Rio de Janeiro, sem saneamento básico e coleta de lixo?

Que a indústria do petróleo ocupa até 44% do espelho d’água, restando aos pescadores uma área equivalente de 12% para trabalhar? 

Que a Baía de Guanabara vem servindo de estacionamento para os navios que operam na exploração do Pre-Sal?  Que há mais de 80 navios fundeados e que 80% são de petróleo?

Que a Guanabara é estratégica para a pesquisa científica, laboratório de universidades?

Que nos costões da Urca sobrevivem incontáveis cavalos-marinhos, espécies em extinção?

Que você pode ver tartarugas marinhas passeando diariamente na Praia de Icaraí, em Niterói?

Que os botos são nativos da Baía de Guanabara? Que eles eram 400, em 1980, e hoje são 34?

 

As contradições e ambiguidades da Baía de Guanabara são retratadas pelo fotógrafo Custodio Coimbra e narradas pela jornalista Cristina Chacel no livro Guanabara espelho do Rio.

Os textos, baseados em pesquisas e entrevistas com personagens de vários ângulos da Baía, apresentam a Guanabara diversa; local que abrange, ao mesmo tempo, o descuido ambiental em grande extensão e a preservação integral do ecossistema.

As fotografias, registradas durante os últimos 20 anos, formam um acervo importante sobre o Rio de Janeiro e retratam a experiência diária e cotidiana da Baía, com suas particularidades sociais, econômicas, ambientais e de cidadania.

"São os retratos e histórias da Baía como cartão postal de grande beleza, extenso campo de pesquisas, terminal aquaviário da produção petrolífera e de mobilidade urbana, local de trabalho para milhares de pescadores, espaço de prática de esportes e lazer, mas que ainda carece de investimentos em infraestrutura e serviços urbanos de uma agenda de saúde pública do século 19 - saneamento básico, captação e tratamento de água e esgoto sanitário, coleta de lixo. Uma agenda que há mais de um século drena recursos públicos para programas de saneamento ou despoluição que não acontecem, ou acontecem por baixo, e não resolvem."

Através desta abordagem, que revela as belezas e as deficiências da Guanabara, a obra expõe imagens e personagens que promovem a vida no entorno e no interior da Baía e demonstra o olhar de cada um sobre o Rio de Janeiro.

Versões em português e inglês.

O lançamento será dia 26 de julho, na Livraria Folha Seca. A obra estará disponível em nosso site e livrarias em agosto. Aguarde!

 

Confira algumas fotos:

 

Este conteúdo foi postado em 25/07/2016 - 10:20 categorizado como: sem categorias. Você pode deixar um comentário abaixo.

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