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  • Postado por editora em Atualidades, Destaques, Eventos em 05/06/2014 - 20:51

    Durante os séculos XIII e XV, a Europa Ocidental assistiu à formação de seus primeiros estados territoriais, à reintrodução de instrumentos monetários e à própria recuperação da sua vida econômica em geral.

    “Poder, riqueza, moeda na Europa Medieval: a preeminência naval, mercantil e monetária da Sereníssima República de Veneza nos séculos XIII e XV” tem o objetivo de reinterpretar o processo de remonetização europeia a partir dos desafios e dilemas próprios das guerras da época, cuja geografia monetária resultante moldou as possibilidades de enriquecimento acelerado. Nesse contexto, a história veneziana tem muito a contribuir, pois evidencia o papel decisivo dos conflitos e da geografia política na abertura de oportunidades para a sua acumulação de riqueza.

    Nesta obra, Mauricio Metri defende a tese de que a moeda é uma criação do poder e está sempre a serviço da acumulação do poder, mesmo enquanto opera a serviço da multiplicação da riqueza privada.

    O autor ainda demonstra como até mesmo a Sereníssima República de Veneza, considerada o paradigma de cidade mercantil, utilizou seu poder naval para se transformar em uma espécie de broker financeiro dos grandes impérios da época, obtendo, em troca, o controle de posições que foram decisivas para seu poder, riqueza e glória.

    Pela forma como utilizou a história e a ciência política para tratar de um tema clássico da economia, e por discutir o tema clássico da “moeda” sem utilizar, nem aceitar, a linguagem convencional ou a visão do mainstream econômica sobre suas origens e funções fundamentais, o autor apresenta um livro surpreendente que poderia servir como um guia para as novas gerações de economistas, cansadas do “autismo” da ciência econômica.

    Fizemos 3 perguntas a Metri. Confira:

     

    Qual a principal contribuição dessa obra?

    Eu diria que uma das coisas que mais me entusiasmaram na pesquisa para esse livro e que, na verdade, segue orientando novas investigações relativas a outros “tempos e espaços”, foi a redefinição da “informação histórica relevante” para análise de temas monetários. Como se partiu de um outro entendimento sobre o que é moeda e de sua natureza mais elementar (conceito de moeda cartal), como desenvolvido por autores do início do século XX (sobretudo Knapp), as pistas e as fontes primárias se deslocaram da tradicional noção de moeda cunhada (moeda-mercadoria) e de seu conteúdo metálico para a noção de moeda de conta (unidade monetária) dos instrumentos de tributação, de denominação de créditos e débitos, de “precificação”, etc. Isto permitiu, ao final, uma análise bastante interdisciplinar no sentido de uma articulação, ao meu ver, bastante consistente entre os processos históricos de natureza política e econômica que envolveram de algum modo temas monetários no Medievo.

    Por outro lado, uma segunda razão de grande entusiasmo foi combinar essa visão sobre moeda a uma perspectiva teórica para análise da história do sistema internacional (a teoria do poder global), em que se privilegiam os desafios de poder, os dilemas de segurança e o caráter anárquico do sistema internacional mesmo no que se refere às suas origens medievais.

    Como resultado, pôde-se pensar de modo articulado alguns temas consagrados a partir de um olhar, eu diria, "não convencional". Por exemplo: sobre o tema do reaparecimento das práticas monetárias na Europa Ocidental a partir do século XI e XII, deu-se centralidade às guerras; sobre a circulação de moeda em geral no Medievo, identificaram-se uma geografia monetária e a inexistência de relações de escambo em todos os seus níveis; sobre as origens do que hoje entendemos como altas finanças, ganharam destaque o "jogo cambial" e a igreja católica; sobre a história de Veneza, a natureza cartal e expansiva de sua moeda como resultado não de forças de mercado, mas do poder de sua esquadra.

     

    Qual a importância econômica e histórica em ‘assumir’ as origens da moeda como uma criação do poder em oposição às teorias de economistas e historiadores que defendem um surgimento baseado exclusivamente como substituição ao escambo, ou seja, como uma criação do mercado?

    Eu diria que, ao partir da ideia de que a moeda não é propriamente um bem público derivado de uma construção coletiva, mas um instrumento estratégico das autoridades centrais ligado à tributação e ao financiamento da guerra, torna-se possível identificar hierarquias e assimetrias decorrentes de seu uso favoráveis a quem teve a faculdade de proclamá-la, criá-la e, ao final, impô-la a um coletividade. Isto me faz lembrar da famosa declaração do secretário do tesouro dos Estados Unidos no governo de Nixon, John Connally, quando, após a suspensão unilateral do Estados Unidos a uma paridade fixa entre o dólar e o ouro, disse a ministros das finanças de outros países “A moeda é nossa, mas o problema é de vocês”.

     

    Essa visão política das origens da moeda promove alguma reinterpretação no ensino atual das ciências econômicas?

     

    Esta é uma visão que, em minha experiência acadêmica, tem se desenvolvido de forma mais receptiva no campo disciplinar das Relações Internacionais, onde a interdisciplinaridade constituí-se num desafio, na verdade, num imperativo. A historiografia sobre temas monetários, por sua vez, acabou se tornando, em algum grau, refém das contribuições da própria Economia, por assimilar sobretudo as perspectivas teóricas mais consagradas (sobretudo do mainstream econômico) sobre o tema (moeda). No caso da Economia, ao meu ver, por sua “hipertrofia” atual, sobretudo como lente para se analisar as próprias sociedades em geral, em detrimento de outros campos (olhares) das Humanas (ciência política, filosofia, sociologia, antropologia, etc.), ela acabou por assumir uma postura bastante defensiva e refratária a visões mais plurais. Isto tem ocorrido, por exemplo, com as interpretações e estudos que, de algum modo, vêm relativizando a importância das forças de mercado para interpretação histórica de assuntos econômicos, ainda mais para um tema tão caro quanto moeda. Nesse sentido, eu diria que, no momento, tem sido mais fora do que dentro da Economia que essa visão política da moeda vem encontrando maior interlocução e interesse.

     

     

    O lançamento do livro será sexta-feira, dia 6 de junho, às 18h30, na Livraria FGV (Rua Jornalista orlando Dantas, 44 | Botafogo | RJ). Todos convidados!

    Poder, riqueza e moeda

     

     

     

     

      “Poder, riqueza, moeda na Europa Medieval: a preeminência naval, mercantil e monetária da Sereníssima República de Veneza nos séculos XIII e XV”

    Maurício Metri

    Impresso: R$48 | Ebook: 34

  • Postado por editora em Atualidades, Destaques em 30/05/2014 - 16:14

    "Na esfera das negociações internacionais, o negociador irá, certamente, se deparar com os mais diversos desafios profissionais e pessoais, exigindo que desenvolva uma série de competências técnicas e comportamentais, visando obter acordos sustentáveis por meio de modelos de negócios diferenciados que contemplem a criação de ativos tangíveis e intangíveis para sua organização, o mercado e a sociedade como um todo.

     
    Assim, surge a figura do negociador global, profissional com profundo entendimento da dinâmica da globalização e seus impactos, na condução das negociações nas quais se encontra inserido. Um profissional cada vez mais ciente da importância do papel que os fatores culturais desempenham nas negociações internacionais e que entende que a adaptação às diferenças culturais que permeiam o processo da negociação e sua dinâmica nos níveis interpessoal, inter e intraorganizacional e internacional são essenciais para o sucesso nas negociações.

    Esse negociador certamente enfrentará inúmeras barreiras na busca de um acordo sustentável para as partes envolvidas, dificilmente encontrando-se em uma zona de conforto. Em meio a seus principais desafios estão entender e gerenciar a tensão entre estratégias de cooperação e competição adotadas em diversos países, regiões e segmentos de mercado; saber criar e reivindicar o maior valor possível dentro do processo de negociação; e atender aos interesses das partes, assegurando os objetivos da organização na negociação."

     

    Dentro desse cenário de complexidade crescente, a competência da negociação se impõe como a forma mais apropriada de resolver problemas, controvérsias e disputas, administrar conflitos e mitigar antagonismos, elementos
    que surgem nos mais variados cenários negociais e instâncias organizacionais.

    E para atender a demanda de conhecimento desse 'novo profissional', a Editora FGV lança o livro                        Negociação internacional, que aborda as principais estratégias, técnicas e habilidades necessárias para que um gestor internacional atue com sucesso em um mundo de negócios cada vez mais globalizado.

    Este livro faz parte da Série Comércio exterior e negócios internacionais, das Publicações FGV Management.

    Negociação internacional - 01.cdr

     

     

     

    Negociação internacional

    R$29

    Confira os demais títulos relacionados em:

    Série Comércio exterior e negócios internacionais

     

     

  • Postado por editora em Atualidades, Destques, Entrevistas, Eventos em 20/05/2014 - 18:35

    O Porto do Rio — Plano de Recuperação e Revitalização da Região Portuária do Rio de Janeiro foi divulgado pela Prefeitura em 2001 e concentrou diferentes projetos, visando incentivar o desenvolvimento habitacional, econômico e turístico dos bairros portuários da Saúde, Gamboa e Santo Cristo. Em meados de 2007, a Zona Portuária carioca já passava por um rápido processo de ressignificação perante a cidade: nos imaginários construídos pelas diferentes mídias, não era mais associada apenas à prostituição, ao tráfico de drogas e às habitações “favelizadas”, despontando narrativas que positivavam alguns de seus espaços, habitantes e “patrimônios culturais”.

    Dentro do amplo território portuário, os planejadores urbanos que idealizaram o Plano Porto do Rio haviam concentrado investimentos simbólicos e materiais nos arredores da praça Mauá. Naquele momento, algumas transformações já haviam ocorrido em seu entorno: a rua Sacadura Cabral foi reurbanizada, o que resultou na instalação de bares e casas de espetáculos voltados para um público de classe média; na Gamboa, foram construídas as arquitetonicamente monumentais Vila Olímpica e Cidade do Samba; o terminal de passageiros do porto foi reformado, aumentando o fluxo de turistas nacionais e internacionais na região; e o Morro da Conceição foi divulgado como “sítio histórico de origem portuguesa”, atraindo gradualmente moradores de maior poder aquisitivo.

    Em ‘A utopia da Pequena África’, Roberta Sampaio Guimarães analisa a realidade do Morro da Conceição e os conflitos ocorridos durante o processo de revitalização dessa área, considerando o drama urbano movimentado pela intervenção urbanística e a mobilização local de uma cultura e identidade étnica baseada na ideia de ancestralidade africana.

     

    O lançamento do livro será nesta quinta, dia 22 de maio, às 19h, na nova Livraria da Travessa Botafogo. Todos convidados!

     

    Fizemos 3 perguntas à autora. Confira a seguir:

     

    1.       Qual a principal contribuição dessa obra?

    O que me levou a desenvolver o livro foi a divulgação em 2001 de um grande projeto de “revitalização urbana” voltado para a Zona Portuária, chamado Porto do Rio (posteriormente este projeto ganhou uma nova versão e foi denominado Porto Maravilha). Pesquisei então que práticas e espaços sociais estavam sendo transformados e quais estavam sendo preservados, fosse por iniciativa dos poderes públicos ou por iniciativas locais. Entre os diversos patrimônios que existiam na região, os que eram denominados como referentes à “Pequena África” me chamaram atenção porque mobilizavam vários grupos sociais portadores da memória e cultura afrodescendente e das práticas ligadas principalmente ao samba, ao trabalho portuário, ao candomblé e à moradia popular. Na época, esses grupos não estavam sendo contemplados por nenhuma proposta urbanística ou patrimonial e, em reação a esse esquecimento, começaram a propor ações de resgate de memória e de valorização de suas práticas culturais, ampliando seus vínculos sociais e logrando um reconhecimento político mais amplo.

    2.       Quais os principais desafios de ‘revitalizar’ e promover um novo projeto urbanístico em uma área habitada, ao mesmo tempo, por descendentes de imigrantes portugueses e recentes migrantes nordestinos, artistas e intelectuais, grupos sociais identificados com a religião afro-brasileira e o movimento negro, entre outros?

    O principal desafio em intervir urbanisticamente nos espaços da Zona Portuária é compreender as diferentes dinâmicas, desejos e necessidades de seus múltiplos usuários, memórias e culturas. Pois cada um deles movimenta pontos de vista diversos para se referirem muitas vezes aos mesmos espaços. Os conflitos que surgem dessa multiplicidade são cotidianos e inevitáveis, mas uma intervenção governamental de potencialização econômica e turística pode produzir como efeito o acirramento das tensões e também provocar a entrada de novos atores sociais e novas práticas culturais. 

     3.       Como prosseguir com as intervenções urbanísticas na Zona Portuária, acentuadas com a recepção de megaeventos na cidade, mantendo a tradição da Pequena África?

    A Pequena África é uma noção espacial baseada em alguns marcos territoriais, não exatamente um espaço físico bem delimitado. Portanto, analiticamente é mais preciso pensar que não há uma “tradição da Pequena África”, mas diferentes grupos e indivíduos que se reconhecem e auto identificam com a cultura e a memória que o termo Pequena África evoca. E, como essa evocação não é fixa nem consensual, mantêm-se em aberto sua trajetória simbólica.

    A utopia da Pequena A?frica

     

     

     

     

     A utopia da Pequena África: projetos urbanísticos, patrimônios e conflitos na Zona Portuária carioca

    Roberta Sampaio Guimarães

    R$39

  • Postado por editora em Atualidades em 05/05/2014 - 13:27

    O professor de direto da Fundação Getulio Vargas e autor de inúmeras obras na área jurídica, Joaquim Falcão, apresenta ao leitor seu mais recente livro e mostra uma outra face, mais artística, literária e jornalística, que a encontrada em seus livros de direito.
    Em Quase todos, Falcão faz um resgate e apresenta ao leitor alguns (ou quase todos) dos principais agentes da cultura de Pernambuco como atento observador, além de personagem atuante dessa cena.
    Ele registra a intensa criatividade cultural pernambucana na música, na literatura, nas artes plásticas, no artesanato, na política cultural e na produção cinematográfica, reunindo textos publicados em jornais, livros e catálogos entre os anos de 1982 e 2013.
    Nas palavras do autor, a obra é um 'work in progress', já que "dificilmente se escreve, ou se descreve, a vida cultural de Pernambuco" de uma só vez.
    Uma edição especial e de poucos exemplares, 'Quase todos' é uma verdadeira homenagem aos artistas e intelectuais pernambucanos, partida de Olinda para todo o Brasil.

    Confira um trecho da apresentação da obra feita pelo próprio autor:

      "Convivi com artistas, intelectuais, escritores de Pernambuco, desde o final da década de setenta. Quando fui morar em Olinda, terra de meus avós, minha mãe e meus filhos.
    Primeiro na ladeira da Misericórdia e depois na rua de São Bento, na casa que foi de João Fernandes Vieira, o contratador, que combateu os holandeses. Convivo até hoje.
    Muitos se tornaram amigos de vida inteira. Alguns me pediam que escrevesse prefácios para seus livros, apresentações para suas exposições, análises para sua produção.

    Pouco depois comecei quase todosa contribuir regularmente para o Jornal do Commercio do Recife, a convite de João Carlos Paes Mendonça, além da Folha de S.Paulo, onde sempre estive. Intercalei a análise política jurídica de nossas instituições com o perfil dos líderes da vida cultural e artística pernambucanas. Foi um privilégio. Até hoje.
    Talvez, neste livro, falte um ou outro, com certeza faltará. Falta por exem
    plo o reinventor do frevo, Alceu Valença. Falta Chico Science. Mas dificilmente se escreve, ou se descreve, a vida cultural de Pernambuco sem encontrar estes escritores, artistas, intelectuais.
    Quase todos estão aqui.
    E muitos ainda vão estar. São os verdadeiros autor
    es. Estrelas no azul do céu da cultura de Pernambuco, como muito bem ilumina a capa de Manuel Falcão.


    No começo, havia um tema comum, que eu procurava encontrar, e encontrava, nos quadros, nas aquarelas, nos textos, nos gestos de cada um. Era o tema da liberdade. A ânsia da democracia. Estávamos começando a redemocratização. Não havia outra missão possível. Era uma maneira de se anunciar e defender um novo futuro, a nova modernidade, que, afinal, chegou com a constituição de l988. Depois as análises se centraram nas relações entre a obra, que o público conhecia, o criador, que eu conhecia e conheço, e o Brasil que ambos queremos."

     

    Quase todos

    Joaquim Falcão

    R$60

    Arquivos:
  • Postado por editora em Atualidades, Destaques em 28/04/2014 - 15:27

    O Sistema de Bibliotecas FGV (SB-FGV), composto pelas bibliotecas do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, além da Biblioteca Digital FGV, está com site renovado e novas possibilidades de acesso e consulta.

    Com uma interface muito mais amigável, o novo site integra os acervos físicos e digital das quatro bibliotecas, com destaque para a nova Biblioteca Digital, que agora concentra o acesso a todo o conteúdo digital do SB-FGV a partir de uma interface única e já disponibiliza cinco canais de pesquisa, como Repositório Digital de periódicos científicos FGV, Repositório Digital de teses e dissertações e outros objetos digitais, Bases de dados, Coleções de e-books e Periódicos científicos 'A to Z' (nacionais e internacionais).

    Além do novo site, a versão mobile também já está no ar e o usuário pode, de qualquer lugar, reservar livros, renovar o empréstimo e até ter acesso ao histórico das últimas aquisições.

    Em breve, os usuários contarão ainda com o 'discovery service', um  "Serviço Integrado de Descoberta" que tornará a experiência de busca muito mais ágil, integrada e completa.

    Tudo para disseminar o conhecimento de forma cada vez mais integrada, eficiente e plena.

    Acesse: http://sistema.bibliotecas.fgv.br/

    biblioteca

     

                    Versão mobile

    mobile

  • Postado por editora em Atualidades, Entrevistas, Eventos em 24/04/2014 - 20:30

    A Editora FGV lança o livro O legado dos congressos brasileiros de arquivologia (1972-2000): Uma contribuição para o estudo do cenário arquivístico nacional.

    Nele, a professora Mariza Bottino reúne, em um só documento, a temática dos congressos e os títulos de suas conferências e relembra as recomendações então formuladas - o que pode resultar em matéria-prima para o desenvolvimento de outras pesquisas e discussões.

    Além desses registros, a obra apresenta a estrutura desses congressos, levanta algumas questões sobre os temas escolhidos e, a partir das recomendações aprovadas, estuda, ainda que sem esgotar o assunto, as ações empreendidas e executadas na área, a fim de verificar o grau de influência e poder exercido pela comunidade científica e profissional da arquivologia.

    Fizemos 3 perguntas à autora. Confira:

    1. Qual a importância para a arquivologia em se produzir uma obra que resgata sua história?

    O crescimento de uma área de conhecimento ocorre de várias  maneiras, e,  uma delas é através do resgate de sua história pois ensinamentos valiosos,  fruto da experiência dos antecessores  contribuem para uma autoanálise da área nos levando a refletir sobre o que  já foi feito e como isso ocorreu, para resgatar  e solucionar questões arquivisticas  pendentes, e, poder assim,  trilhar novos  caminhos para seu desenvolvimento.

     2. Quais foram as principais conquistas em quase três décadas de Congressos?

    A longo do período  muitas vitórias foram obtidas como por exemplo a criação de cursos de graduação, a regulamentação da profissão, o lançamento da  Revista Arquivo & Administração, a produção científica proveniente das conferências, maior visibilidade para a área, entre tantas outras ações que contribuíram  e geraram novos cenários para compor o quadro da  arquivologia. No período de   quase três décadas  analisadas, merece destaque, também, a atuação do movimento associativo que teve  importância  decisiva em várias ações.

     3. É possível apontar um Congresso mais importante dentre os 13 realizados nesse período?

    Todos os 13 CBA foram importantes pela produção de conhecimento agregada  à área e pela maneira como abordaram a temática escolhida. Mas se tiver que apontar um dentre os  13 congressos analisados destaco o 1º CBA, realizado em 1972,  pelo pioneirismo na organização de um fórum de discussão para troca de conhecimentos entre os  profissionais; pelo  lançamento do primeiro  periódico  brasileiro na área; pela discussão sobre a formação acadêmica e  proposta de uma terminologia para a área, entre outras,  questões estas que  conferiram um desenho, ainda que  preliminar, mais científico para a arquivologia.

     

    O lançamento desta obra é na próxima terça-feira, dia 29 de abril, às 18h30, na Livraria FGV. Todos convidados!

    Capa-Congressos Brasileiros de Arquivologia.indd

     

     

    O legado dos congressos brasileiros de arquivologia (1972-2000)

    Mariza Bottino

    Impresso: R$39

    Ebook: R$28

  • Postado por editora em Atualidades em 21/04/2014 - 12:21

    23 de abril é o Dia Mundial do Livro.

    Entendemos a importância de incentivar o hábito de leitura e acreditamos que o nosso papel é promover o acesso aos livros e compartilhar o conhecimento.

    Por esse motivo e para celebrar a data, todo o site da Editora FGV está com 30% de desconto.

    Além desse especial, incrementamos a seção de Ebooks gratuitos com novas obras de acesso livre.

    Aproveite esses 3 dias de promoção e renove suas possibilidades!

    http://www.fgv.br/editora

    livro

    Arquivos:
  • Postado por editora em Atualidades, Destaques, Opinião em 14/04/2014 - 12:38

    Numa coletânea de textos organizados pelos professores Rodrigo Patto Sá Motta e Luciano Aronne de Abreu, a Editora FGV, em parceria com a ediPUCRS, lança o livro Autoritarismo e cultura política.

    Dividida em 11 capítulos, a obra reúne textos em português produzidos pelos organizadores e os professores Miriam Hermeto, Enrique Serra Padrós, Helder Gordim da Silveira, Claudia Wasserman, Luis Carlos dos Passos Martins, Rodrigo Perla Martins e Ronaldo Herrlein Jr., além de dois trabalhos em espanhol escritos pelos professores Marina Franco e Rolando Alvarez Vallejos.

    Com abordagens sobre ditadura brasileira, censura dos anos de 1970, sindicalismo e corporativismo no Brasil, segurança nacional brasileira e operação Condor, bem como 'seguridad interna argentina' e 'partido comunista de Chile', entre outros, os textos nos demonstram a vasta história do autoritarismo em alguns países, entre eles o Brasil.

    O professor Rodrigo Patto define a atuação do regime militar na produção cultural do Brasil como "modernizadora e autoritária, ao mesmo tempo. Houve a expansão dos empreendimentos e empresas culturais, como jornais, televisão, rádio e editoras, e também investimentos para modernizar as universidades. Porém, simultaneamente, a ditadura criou mecanismos para cercear a liberdade, como a censura (direta e indireta) e eventuais ações violentas contra artistas desafetos do regime."

    Confira a apresentação da obra feita por seus organizadores:

     

    "A aproximação analítica entre os temas Autoritarismo e Cultura
    Política, abrangendo o Brasil e outros países latino-americanos
    (Argentina, Chile e Uruguai), pode gerar chaves interpretativas e
    explicativas inovadoras para a história da região. Com efeito, tais
    nações passaram por experiências autoritárias recentes que, em boa
    parte, contribuíram para a sua configuração atual, quer seja pela
    ação direta na moldagem de suas estruturas econômico-sociais contemporâneas,
    quer seja pela própria reação adversa que geraram na
    forma de movimentos de combate a esses regimes e suas heranças
    ainda atuantes, em especial no campo da construção da memória.
    O enfoque ganha especial pertinência quando consideramos
    que, em alguns desses países, como o Brasil, o autoritarismo não é
    um fenômeno político recente, mas possui uma vasta História. Não
    apenas porque tais países já tenham passado por regimes não democráticos
    anteriormente, mas porque também eles foram palco da
    elaboração de toda uma tradição teórica autoritária, ou seja, de intelectuais
    que pensaram e projetaram a sociedade (brasileira e latino-
    -americana) como incompatível com a democracia liberal. E muitos
    elementos desse pensamento autoritário eram compartilhados ou
    apropriados por outras correntes de pensamento – mesmo à esquerda
    do espectro político-intelectual – e, inclusive, pelos grandes meios
    de comunicação, alcançando uma abrangência maior que o restrito
    círculo dos intelectuais. Dessa maneira, torna-se muito pertinente
    procurar associar o autoritarismo à cultura política, na medida em
    que as bases do pensamento autoritário contribuíram difusamente
    na própria maneira como a realidade política dessas sociedades vem
    sendo concebida ao longo das últimas décadas.
    Por outro lado, há que se considerar também a manifestação de
    determinados traços de cultura política tanto nos períodos de governo
    autoritário quanto nas fases consideradas democráticas. Tendo
    em vista especialmente o caso brasileiro, podemos mencionar como
    exemplos o reiterado recurso à conciliação entre setores da elite, a
    reprodução de práticas clientelistas, o arraigado corporativismo e a
    tradicional personalização das relações políticas.
    Sob a inspiração desses pressupostos teóricos, selecionamos e
    convidamos os autores que contribuem para esta coletânea, na expectativa
    de oferecer reflexões úteis à compreensão da história política
    do Brasil e de países do Cone Sul."

      CAPA

    Autoritarismo e cultura política

    Editora FGV

    R$40

    Arquivos:
  • Postado por editora em Atualidades, Destaques, Entrevistas em 10/04/2014 - 15:05

    Há cerca de três décadas o Brasil investe pouco mais de 2% do PIB em infraestrutura de transportes. Esta porcentagem está abaixo do mínimo necessário para a manutenção das infraestruturas existentes e representa uma fração do que fazem alguns dos concorrentes diretos no mercado internacional, bem como de alguns países da América Latina (onde essa taxa está na faixa de 4% a 8% do PIB).

    Essa falta de investimentos se reflete um serviço de má qualidade, que já é apontado como o maior problema para as empresas do Brasil, de acordo com o The Global Competitiveness Report (GCR).

    Na contramão dessa falta de investimentos, a economia nacional avança - o que leva a maior congestionamento e piora na qualidade do serviço. O resultado é que, em vias de receber grandes eventos em seu território, o país não conta com vias eficazes para suportá-los sem perturbar o cotidiano dos moradores das cidades sede.

    Diante da discrepância cada vez mais evidente entre a necessidade e a oferta desses serviços essenciais, os professores Armando Castelar Pinheiro e Cláudio Roberto Frischtak organizaram o livro ‘Gargalos e soluções na infraestrutura de transportes’.

    A obra, lançada pela Editora FGV em parceria com o IBRE, apresenta uma coletânea de trabalhos que analisam fatores que limitam o investimento em infraestrutura no Brasil, ao mesmo tempo que propõem políticas que permitam superá-los.

     

    Fizemos 3 perguntas aos organizadores do livro. Confira:

     

    1. Os senhores acham viáveis e sustentáveis as atuais iniciativas governamentais de privatizações, incentivos tributários e concessão de créditos para projetos privados como base para a melhoria da infraestrutura de transportes?

    O processo de privatização de rodovias, portos e aeroportos do atual governo, que retoma o esforço iniciado ainda durante o governo FHC e tocado timidamente pelo Presidente Lula, é um passo na direção certa. Mas a complexa e pouco transparente equação montada pelo atual governo para viabilizar essas privatizações – muito dependente do crédito subsidiado dado pelo BNDES e ainda, no caso dos aeroportos, de aportes da Infraero – aumenta o risco dessas operações e limita seu alcance, por conta da dependência do orçamento do BNDES e recursos do Tesouro. No caso das ferrovias, as garantias do Tesouro estarão sendo dadas no contexto de um modelo novo e não testado. Além disso, essas privatizações estão sendo feitas com agências reguladoras que foram na última década fragilizadas e muito politizadas, o que também limita o interesse de potenciais investidores.

     

    1. Na introdução da obra, encontramos a seguinte citação: “Nos quatro trimestres terminados em junho de 2013, a taxa de investimento no Brasil ficou em 18,3% do PIB. Uma alta de 2% no investimento anual em infraestrutura exigirá elevar essa taxa em 11%, assumindo que outros investimentos não serão reduzidos” e novos surgirão (a exemplo do investimento na exploração de petróleo no pré-sal). Diante desse quadro, quais são as principais alternativas governamentais de aumento no investimento para a melhoria desse serviço básico?

    Esse ponto procura realçar que o desafio da infraestrutura tem duas faces. Uma delas é de natureza microeconômica e está ligada à questão da regulação, das licenças ambientais, do financiamento de grandes projetos de investimento etc., temas cobertos na primeira parte do livro. Há uma outra face, porém, de natureza macroeconômica, que ainda que não ligada diretamente ao setor, também terá que ser endereçada quando superarmos as barreiras de natureza micro-institucional: o Brasil poupa pouco – menos do que 15% do PIB - e o acréscimo à taxa de investimento pesará sobre as contas do país. Em princípio, o melhor caminho para resolver esse problema é o setor público poupar mais e se criarem mecanismos para se utilizar a poupança externa sem aumentar o risco cambial dos projetos e da economia nacional. E a prazo mais longo é fundamental a instituição de novos mecanismos para incentivar o aumento da poupança das famílias, inclusive por conta do envelhecimento da população e sua rápida transição demográfica.

     

    1. É possível ampliar e melhorar a malha viária do país, em suas diversas modalidades, considerando as questões de sustentabilidade ambiental?

    Os investimentos em infraestrutura e os serviços associados não são incompatíveis com e sustentabilidade ambiental, pelo contrário. Primeiro, um reequilíbrio dos modais será um grande avanço do ponto de vista ambiental; emite-se menos CO2 e se polui menos por unidade (TKU) transportada quando se desloca carga – a partir de uma certa distância – das rodovias para ferrovias, e destas para hidrovias e navegação de cabotagem. Segundo, a melhoria em cada modal também representa um avanço ambiental. O desafio não é só retirar os caminhões dos serviços de longa distância, e ampliar o uso dos demais modais, em linha com sua vocação. É também melhorar a qualidade das rodovias e aumentar a fiscalização para assegurar níveis menores de poluição, economia de energia, menores necessidades de manutenção – além é claro, de redução de acidentes. Finalmente, deve-se sublinhar que qualquer ação – ou inação – no campo da infraestrutura leva a custos econômicos e ambientais, e investimentos devem sempre ser submetidas a uma análise séria de custo-benefício. Por exemplo, o modal hidroviário é altamente eficiente e sustentável na perspectiva ambiental. Mais além de erros cometidos no passado – e que ainda perduram - com a construção de hidrelétricas sem eclusas, há dificuldades de licenciamento ambiental para derrocamento dos leitos dos rios, regularização das margens, dentre outras ações necessárias para que uma hidrovia fique em condições de operar. É fundamental que nesse e outros casos os custos sejam confrontados com os ganhos.

     

    Gargalos e soluções na infraestrutura de transportes será lançado dia 30 de abril.

    Todos convidados!

    gargalos

    Gargalos e soluções na infraestrutura de transportes

    Armando Castelar Pinheiro, Cláudio Roberto Frischtak

    R$52

     

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  • Postado por editora em Atualidades, Destaques em 07/04/2014 - 16:05

    Confira a resenha do livro 'A piedade dos outros' publicada no jornal O Estado de Minas.

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