Atualidades

  • Postado por editora em Atualidades, Destaques, Eventos em 16/07/2014 - 14:51

    "Mais do que um gênero, jornalismo de dados é uma necessidade."

    A frase, que inicia o prefácio do livro 'Análise política & jornalismo de dados: ensaios a partir do Basômetro' que apresentamos agora, é de um dos organizadores da obra e coordenador do Estadão Dados, José Roberto de Toledo, e sintetiza todo o projeto do Basômetro, incluindo esse ensaio publicado.

    O Basômetro é uma ferramenta de uso aberto que permite a todos analisarem o comportamento em plenário dos parlamentares brasileiros.

    Trata-se de um sistema elaborado para auxiliar as investigações do jornalismo de dados, que organiza centenas de milhares de dados contidos nos sites do Congresso Nacional em uma interface gráfica mais inteligível, onde cientistas políticos, jornalistas e qualquer interessado tem acesso para fazer suas análises.

    Criado em 2012 pelo jornal O Estado de S. Paulo, através do núcleo Estadão Dados, o Basômetro pretende contextualizar uma massa de dados desconexos de forma a viabilizar o entendimento dos resultados consultados por qualquer usuário através do endereço http://estadaodados.com/basometro/

    É exatamente sobre a criação dessa ferramenta e os desdobramentos que seu uso já possibilitou e ainda possibilitará na análise política e na evolução do jornalismo de dados que Humberto Dantas, José Roberto de Toledo e Marco Antônio Carvalho Teixeira tratam no livro ‘Análise política & jornalismo de dados: ensaios a partir do Basômetro'.

    Confira o prefácio da obra e entenda mais sobre o que dados interpretados são capazes:

    Basômetro

    "Mais do que um gênero, jornalismo de dados é uma necessidade. Estima a IBM que o mundo produz 2,5 quintilhões de bytes todo dia. Se cada byte fosse um litro d’água, encheríamos o oceano Pacífico de zeros e uns. Todo ano. E para processar tudo isso? Só para comparar, o cérebro humano é capaz de armazenar, se tanto, uns três terabytes de dados. Vou confiar nas contas do estatístico-estrela do The New York Times, Nate Silver (afinal, ele prognosticou tudo certo sobre as eleições nos EUA em 2008 e em 2012): um milionésimo da produção diária de dados provocaria um aviso de disco cheio até para quem tem memória de elefante. E o volume incomensurável é só o começo do problema. A maior parte desse mar de dados é inacessível aos humanos. São pulsos magnéticos, sinais eletrônicos, bits e bytes. Apenas com interfaces amigáveis eles se tornam compreensíveis aos nossos olhos e mentes. E, mesmo depois de traduzidos em números, sons e imagens precisam ser organizados em tabelas, planilhas e bancos de dados para pleitear o status de informação. Enquanto não são analisados e contextualizados, são só ruído, zoeira, poluição.
    Eis a necessidade. E o jornalismo de dados é uma tentativa de resposta — muito incipiente, diga-se. Como jornalismo, visa separar o joio do trigo e, com sorte, publicar o trigo. Trata-se, essencialmente, de filtrar, filtrar, filtrar de novo — e daí organizar o que sobrou de modo a que o público seja capaz de atribuir sentido ao produto depurado.
    Dito assim, não é muito distinto do que o jornalismo vem tentando fazer — nem sempre com muito sucesso — desde que Gutenberg colocou tinta pela primeira vez nos tipos móveis de sua prensa. A diferença, porém, é quase tão revolucionária quanto a invenção do gênio alemão. O produto do jornalismo de dados não é uma manchete ou uma reportagem. É uma ferramenta. Em sua gênese, os melhores exemplos de Jornalismo de Dados têm vindo do The New York Times. Enquanto corta gente e recursos em editorias tradicionais, para sobreviver à revolução digital, o jornal norte-americano investe em equipes exclusivas de Jornalismo de Dados. É uma área que não gera receita, mas aponta uma saída para o futuro.
    Os casos mais bem-sucedidos do NYTimes.com conseguem apresentar uma massa de dados desconexos em uma interface que qualquer usuário é capaz de desfrutar. Foi assim nas eleições de 2012 ou no caso dos presos em Guantánamo. Mapas, infográficos, tabelas e linhas do tempo ajudam o internauta a criar uma narrativa para os fatos — não a narrativa do jornalista, mas a sua própria.
    Essa é a grande revolução, embora embrionária, do Jornalismo de Dados. Ao fornecer os meios aos que antigamente eram chamados de leitores, a equipe criada por Aron Pilhofer dá a esses usuários o poder de organizar a massa de dados, fazer suas próprias sinapses e tirar conclusões originais. Não é à toa que o nome da editoria que ele comanda chama-se Interactive News (notícias interativas).
    Essa interação propiciada pelas ferramentas do Jornalismo de Dados cria possibilidades muito mais ricas e diversificadas do que um texto jornalístico comum seria capaz de estimular. O ponto de vista do usuário passa a ser necessariamente parte da narrativa. Ganha-se em pluralidade. A perspectiva coletiva é, por definição, mais plural do que a de um só jornalista, por mais “lados” que ele tente incorporar à sua narrativa.
    Pode-se argumentar que transferir a interpretação dos dados para o público só reforça os próprios preconceitos e vieses de quem usa a ferramenta. Talvez sim, mas ao menos os pontos de vista dissonantes estarão destoando
    a partir de uma base comum, o que, em tese, cria espaço para debate, não bate-boca.
    Mais do que isso, uma ferramenta que permite a cada um analisar como quiser uma base de dados é um convite e não uma imposição. Daí que a maior e mais feliz surpresa provocada pelo Basômetro tenha sido a iniciativa espontânea de tantos cientistas políticos de usá-lo para escreverem suas próprias interpretações sobre o comportamento em plenário dos deputados e senadores brasileiros. Este livro é a materialização desse debate.
    Em uma área tão contaminada por paixões e interesses partidários como a política, é essencial partir-se de um terreno comum para avançar em qualquer discussão. No caso desta publicação e do Basômetro, o ponto de partida são os milhares de votos nominais de centenas de parlamentares através do tempo.
    Teoricamente, essas bases estão disponíveis para consulta por qualquer cidadão nos sites da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Mas o formato digital e o volume oceânico, como explicado no começo deste texto, são barreiras intransponíveis para o cidadão comum conseguir ter uma visão ao mesmo tempo ampla e específica do comportamento dos congressistas — seja para comparar partidos, bancadas ou deputados dois a dois.
    O Basômetro organizou centenas de milhares de dados que eram mero ruído nos sites do Congresso em uma interface gráfica que os cientistas políticos puderam e podem usar para fazer suas análises. O efeito disso foi sintetizado num tuíte de um deles, logo no dia de lançamento: “Pirei na ferramenta”. Era tudo o que queríamos ouvir.
    O Jornalismo de Dados ainda está engatinhando. Ele depende do trabalho coletivo de jornalistas, desenvolvedores e designers. Só funciona bem quando suas habilidades conseguem se harmonizar em um objetivo comum e muito claro. É fácil se perder na selva de dados — especialmente quando não há um rumo definido. Embora a Lei de Acesso às Informações Públicas tenha sido um avanço fundamental, dispor das bases é só o primeiro passo.
    É necessário formar equipes e profissionais com perfis que ainda são raros no mercado. É preciso que os jornalistas se familiarizem com números e estatísticas, e que programadores e designers desenvolvam o faro de repórter. E é indispensável que os gestores dos meios de comunicação identifiquem essas necessidades e atuem para atendê-las. Tudo isso é especialmente difícil num mercado em crise, no qual modelos de negócio que sustentaram jornais por séculos evaporam em menos de uma década.
    Como resposta a uma necessidade, o Jornalismo de Dados veio para ficar. É hoje uma tendência de ponta, mas logo deve se transformar em mainstream. Quanto antes melhor. Assim todos nós usuários poderemos “pirar” em ferramentas que nos ajudem a decifrar os 2,5 quintilhões de dados que produzimos diariamente."

     

    A obra será lançada na Livraria Martins Fontes, dia 28/8, às 18h30.

    Todos convidados!!

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    Análise política & jornalismo de dados: ensaios a partir do BasômetroAnalise politica_basometro

    Humberto Dantas, José Roberto de Toledo e Marco Antonio de Carvalho Teixeira

    Impresso: R$52

    Ebook: R$37

     

  • Postado por editora em Atualidades, Destaques em 10/07/2014 - 12:55

    A Série Comércio exterior e negócios internacionais, das Publicações FGV Management,  acaba de receber mais dois novos títulos.

    Gestão de contratos internacionais e Gestão de logística internacional se unem aos demais títulos já existentes nessa série que aborda as principais regras e estratégias desse mercado.

    O livro Gestão de contratos internacionais tem por objetivo fornecer aos leitores uma visão panorâmica sobre o conceito e as características dos contratos internacionais, discorrendo sobre alguns dos principais tipos desses contratos e apresentando aspectos básicos ligados à responsabilidade das partes e à solução de controvérsias relacionadas com obrigações e contratos internacionais.

    A obra está divida em 7 capítulos. O primeiro faz a distinção entre o direito interno e o direito internacional, discorrendo sobre lex mercatória, tratados e integração regional. O capítulo 2 apresenta o conceito de contrato internacional, fala sobre a formação do contrato, os contratos escritos e os não escritos, os vícios de vontade que podem macular o vínculo contratual. Trata, ainda, da alteração e extinção dos contratos. O terceiro capítulo procura apresentar a questão da responsabilidade civil e trata do descumprimento do contrato e suas consequências. O quarto aborda circunstâncias especiais que podem afetar os contratos – as chamadas situações ou eventos de força maior e hardship. Os capítulos 5 e 6 dividem a análise dos principais tipos de contratos. O primeiro deles trata de compra e venda internacional e outros contratos de alguma forma a ela correlacionados: agência e distribuição, licenciamento de marca, franquia. O capítulo 6 versa sobre a prestação de serviços, os acordos de associação e joint ventures, bem como mútuos e garantias. O sétimo capítulo trata dos conflitos de leis e jurisdição internacionais, examina a questão do foro nos contratos internacionais e, em seguida, discorre sobre o contencioso no exterior e a execução de sentença estrangeira no Brasil, aproveitando para tratar das chamadas formas alternativas de resolução de conflitos no âmbito internacional (ADR), da arbitragem e da mediação. O crescimento da presença brasileira em atividades internacionais tem gerado maior atenção aos temas ligados ao comércio exterior, e a contratação comercial internacional se apresenta como um dos assuntos a serem levados em consideração quando se analisa tal situação.

    O livro Gestão de logística internacional apresenta alguns dos princípios teóricos, conceitos, ferramentas e exemplos que podem servir de referência para procedimentos logísticos, usualmente executados para dar suporte às operações realizadas no ambiente internacional de negócios. Neste ambiente, observa-se atualmente o deslocamento do eixo de negócios para outros países, com a economia internacional em forte retração, constatando-se concorrência acirrada e crescente protecionismo.

    Ele está dividido em três capítulos. O primeiro conceitua e mostra a evolução da logística, além de cobrir o universo dos negócios internacionais, percorrendo as estratégias de suprimento e de distribuição internacional; dá destaque aos suprimentos na modalidade just-in-time (JIT) e às estratégias de obtenção conhecidas como global sourcing. Além disso, apresenta os modelos de contratos utilizados nas operações de compra e venda internacional e detalha os principais tipos de custos logísticos que incidem sobre essas operações. O segundo capítulo aborda as características das mercadorias que transitam internacionalmente, destacando-se os contêineres – equipamentos que viabilizam o tráfego internacional de produtos industrializados. É também feita uma breve explanação sobre os terminais de embarque e descarga que movimentam essas mercadorias e sobre os operadores logísticos internacionais, que planejam, coordenam e executam essas operações. Além disso, trata do conhecimento de carga e dos seguros no transporte internacional. O terceiro cobre o sistema internacional de transportes, enfocando os principais modais utilizados nas operações de transferência internacional de mercadorias, ou seja, o rodoviário, o ferroviário, o aéreo, o aquaviário, o dutoviário e o multimodal.
    Sem sombra de dúvida, todos os temas tratados neste livro são fundamentais para gerar valor às cadeias internacionais de suprimento, estabelecendo estratégias para o negócio em si, definindo processos operacionais consagrados e demonstrando procedimentos utilizados para reduzir custos. O grande desafio encarado pelos autores foi buscar abranger os conceitos básicos que apoiam as práticas orientadas para a tomada de decisão nas empresas, de qualquer porte, que operam no mercado internacional.

     

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    Gestão de contratos internacionais

    Publicações FGV Management

    Série Comércio exterior e negócios internacionais

    Impresso - R$29

    Ebook - R$21

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    Gestão de logística internacional

    Publicações FGV Management

    Série Comércio exterior e negócios internacionais

    Impresso - R$29

    Ebook - R$21

     

    Confira os demais títulos da Série Comércio exterior e negócios internacionais

     

  • Postado por editora em Atualidades, Entrevistas em 07/07/2014 - 17:59

    A Editora FGV, em parceria com a ediPUCRS, lança o livro 'Lições de história: da história científica à crítica da razão metódica no limiar do século XX', do professor Jurandir Malerba.

    Com a mesma proposta do primeiro volume (que tem por subtítulo O caminho da ciência no longo século XIX) – demonstrar ao público brasileiro obras-primas da teoria da história em traduções comentadas, precedidas de estudo introdutório – e conforme lá antecipado, este segundo livro tem como foco o balizamento das principais discussões que marcam a chamada (nem por todos assim entendida) “crise do historicismo”, algo entre o último quarto do século XIX e o primeiro do XX.

    De acordo com o próprio professor na apresentação da obra "O presente volume reúne alguns autores e textos seminais dessa passagem de uma fé quase religiosa dos historiadores nos prodígios do método científico à sua crítica em vários tons e matizes, cujas impugnações, projetos e práticas historiográficas ecoam com força na teoria e na prática do ofício histórico até os dias de hoje. Eu havia pensado originalmente em escrever uma apresentação mais detida, reflexiva, sobre o objeto e o processo de construção desta antologia. Porém, qualquer iniciativa nesse sentido se tornaria vã depois de ter sido presenteado com a generosa “Introdução”, escrita pelo Professor Allan Megill especialmente para este volume.
    Abordando topicamente os debates, os momentos e os personagens da história desta aventura do pensamento ocidental, centrada em torno de questões-chave da teoria da história, o Professor Megill, dando continuidade ao trabalho seminal iniciado por François Dosse na Introdução ao primeiro volume destas Lições de história, traz uma contribuição original e decisiva para a melhor compreensão deste período heroico do pensamento histórico, assim como uma chave de leitura valiosíssima para o entendimento deste volume."

    Confira a entrevista concedida ao 'Café História TV'

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    Lições de história: da história científica à crítica da razão metódica no limiar do século XX

    Jurandir Malerba

    R$54

     

    Confira também o primeiro volume: Lições de história: o caminho da ciência no longo século XIX

  • Postado por editora em Atualidades, Destaques em 03/07/2014 - 12:37

    Neste segundo volume sobre o tema da reforma orçamentária, os novos elementos adicionados deixam claro que os expedientes utilizados, nos últimos anos, para administrar as contas do governo federal, contribuíram para a formação e o reforço de uma armadilha fiscal que cria problemas para a sustentação do modelo de crescimento econômico com inclusão social que marcou a experiência brasileira dos últimos anos.

    Capa_Reforma-esquecida2.inddAlém disso, a defesa da tese de que é preciso pôr a reforma orçamentária na agenda das reformas importantes para o futuro do País ganha um poderoso aliado: a insatisfação da sociedade, expressa nas manifestações que eclodiram em muitas cidades brasileiras, relacionadas à má qualidade dos serviços públicos. Os cidadãos vão às ruas para manifestar sua inconformidade com o tempo despendido, o dinheiro gasto e o desconforto experimentado nos deslocamentos diários para o trabalho; com as condições de saneamento das cidades; e com o aumento da insegurança e da violência, que geram um clima permanente de tensão. Mas ninguém se lembra de que boa parte dessas dificuldades tem a ver com o pouco caso dispensado ao orçamento.

    Ao agregar estes novos elementos ao estudo das distorções que o orçamento público foi acumulando, Fernando Rezende e Armando Cunha, organizadores deste volume, destacam os obstáculos a serem enfrentados, e esboçam os caminhos que podem ser trilhados para avançar no rumo da reforma orçamentária, pois não obstante o tamanho do problema, não há qualquer indício de que a reforma do processo orçamentário esteja sendo contemplada nos meios oficiais; e, tampouco, talvez pela incompreensão do que significa essa reforma, o assunto desperta o interesse das lideranças políticas e dos cidadãos.

    Nesse contexto, a tarefa que cabe executar é iluminar o problema, isto é, contribuir para que a sociedade compreenda as disfunções que foram se acumulando, e as consequências disso para importantes segmentos da população e para o nosso futuro. Iluminar o problema significa gerar informações e divulgar análises de forma clara e de fácil entendimento pela população, com a seriedade e a isenção requeridas para que tenham credibilidade.

    Com apresentação do presidente da Fundação Getulio Vargas, Carlos Ivan Simonsen Leal, A reforma esquecida II: obstáculos e caminhos para a reforma do processo orçamentário busca dar mais um passo nessa direção.

     

    Acesse também A reforma esquecida: orçamento, gestão pública e desenvolvimento em nosso blog. Nesse link você encontra a entrevista com os autores e mais sobre esse primeiro volume.

     

    A reforma esquecida II: obstáculos e caminhos para a reforma do processo orçamentário

    Editora FGV

    Impresso: R$61

    Ebook: R$43

  • Postado por editora em Atualidades, Destaques, Opinião em 01/07/2014 - 12:57

    Em 1º de julho de 1994 o Brasil deixava de calcular uma inflação de três dígitos e atualizações diárias de preços com a implementação do Plano Real.

    Após diversas tentativas de controle da hiperinflação e crescimento econômico, que teve início 30 anos antes, em 1964 com o Paeg, o Brasil passou por cerca de sete moedas até chegar ao Real.

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    De acordo com Samy Dana, professor de economia da FGV, O Plano Real foi diferente dos planos econômicos anteriores pois "foi pensando e preparado com um ano de antecedência: desde 1993 para sua implementação em 1994. Não foi simplesmente uma plano emergencial como os planos Cruzado (1986), Bresser (1987), Verão (1989) e Brasil Novo, que ficou mais conhecido como Plano Collor, em 1990. (...) Uma das medidas para alinhar os preços da economia foi a implementação da URV (Unidade Real de Valor), que vigorou de março a junho de 1994. Os preços passaram a ser cotados em URV, que equivalia à cotação do dólar do dia."

    Samy ainda comenta que "Naquela época não houve apenas corte de três zeros da moeda imediatamente anterior, como observado nos planos passados. Houve uma substituição de todo o dinheiro em circulação no país. Já em junho daquele ano (1994) a inflação caiu para 7% e manteve uma trajetória de queda ao longo do segundo semestre de 1994."

    Apesar desse sucesso inicial, a significativa perda do valor durante essas duas décadas, facilmente percebida em comparações corriqueiras, mostra que R$1 de 1994 equivalem hoje a R$0,20.

    O economista e professor José Julio Sena, autor do artigo sobre 'política monetária no Brasil antes e depois da crise', do livro Ensaios IBRE de economia brasileira - 1, faz um pequeno histórico da implementação da moeda, conforme trecho deste artigo a seguir:

    "No projeto de reforma monetária que caracterizou o chamado Plano Real, não estava claro o regime cambial que acabaria vigorando. Quando a unidade de conta (URV) introduzida na fase preliminar do Plano foi transformada em real, em primeiro de julho de 1994, a ideia inicial era a de que a relação entre o dólar e a nova moeda fosse de um para um. A confortável situação do balanço de pagamentos, porém, abriu espaço para que se permitisse a apreciação da moeda nacional. O fortalecimento nominal do real durou até outubro do mesmo ano, quando atingiu R$ 0,83 por dólar. A partir desse ponto, começaram as intervenções oficiais no mercado de câmbio. A crise do México e ajustes promovidos pelo Banco Central enfraqueceram o real, cuja cotação chegou a R$ 0,95/US$ 1 em setembro de 1995. Desse ponto em diante, e até meados de janeiro de 1999, funcionou uma espécie de minibanda, de natureza móvel. E a volatilidade da taxa cambial foi muito modesta."

    A estabilização alcançada com a moeda proporcionou a diminuição da desigualdade social e a formalização do mercado de trabalho, mas a economia brasileira ainda precisa avançar com reformas fiscal e política e redução dos índices atuais da inflação que, desde 2010, vem aumentando sensivelmente.

    20 anos após o plano que transformou 11.000.000,00 (onze milhões de cruzeiros reais) em R$ 4.000,00 (quatro mil reais), a alta de preços, mesmo que muito longe dos quase 50% de junho de 1994, ainda é uma realidade no país.

     

    A Editora FGV possui uma vasta quantidade de obras sobre economia. Acesse a seção em nosso site.

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    Samy Dana é professor de economia da FGV e colunista da Folha de São Paulo com o blog 'Caro dinheiro'. Autor do livro VBA para administradores e economistas da Editora FGV.

    José Julio Senna foi diretor do Banco Central e é membro do Conselho Diretor da FGV. Autor do livro Política monetária: idéias, experiências e evolução e do artigo citado contido no livro Ensaios IBRE de economia brasileira - 1, ambos da Editora FGV.

     

    Dica especial:

    paeg

     

     

    Paeg e Real: dois planos que mudaram a economia brasileira

    Autor: Alkimar Ribeiro Moura

    R$31

     

    Arquivos:
  • Postado por editora em Atualidades, Destaques em 30/06/2014 - 17:27

    Diásporas e deslocamentos: travessias críticas é uma coletânea de ensaios que visa a contribuir com o debate acerca do fenômeno chamado de “o contemporâneo” por meio de um variado leque de reflexões cooperativas, a deslizar por entre as fronteiras porosas dos estudos literários e da teoria literária, da antropologia e da sociologia, da história e dos estudos culturais.

    A obra, realizada através de um esforço conjunto de pesquisadores heterogêneos, porém irmanados pelo desejo de questionar a condição dos sujeitos e do mundo contemporâneos, terá no leitor o melhor apreciador e o melhor propagador dos debates que os autores procuraram estabelecer.

    Organizado pelos professores Paulo Oliveira (doutor em poética) e Shirley de Souza Gomes Carreira (doutora em literatura comparada), também autores de artigos, o livro apresenta textos de Heleno Álvares Bezerra Júnior, Cláudio Braga, Robson Dutra, Cláudio do Carmo Gonçalvez, Érica Sarmiento, Robson de Paula, Fernando Monteiro de Barros, Maria Cristina Cardoso Ribas e Nonato Gurgel.

    Os trabalhos vasculham questões que assombram o mundo contemporâneo, como os fenômenos da diversidade cultural, social, étnica, aliados às contradições do processo modernizador de hoje; além das abordagens de sujeitos em “estado diaspórico”, bem como os temas sobre a falta e o excesso, tão característicos de nosso mundo atual, entre tantas outras abordagens.

    De acordo com a apresentação dos organizadores, trata-se de uma obra endereçada ao leitor,  esse 'destinatário desconhecido', onde "o texto, todo texto, nossos textos se destinam, com seu caráter ambíguo, paradoxal, dado por sua intrínseca destinação: ser ponte e travessia."

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    Diásporas e deslocamentos: travessias críticas

    Paulo César Oliveira e Shirley Souza Gomes Carreira

    Impresso: R$29

    Ebook: R$21

  • Postado por editora em Atualidades, Destaques em 26/06/2014 - 14:10

    Atualmente, não existe desafio global, sejam as mudanças climáticas, seja a proliferação nuclear ou a redução da pobreza, que possa ser enfrentado com êxito sem a contribuição e o engajamento ativos da Índia. A necessidade de se entender a perspectiva indiana nunca foi maior.

    Nesse contexto, a Editora FGV lança A Índia na ordem global, livro que faz parte da Coleção FGV de Bolso, Série Entenda o mundo.

    Trata-se de uma coletânea de 5 artigos traduzidos especialmente para essa publicação, com a coordenação de Oliver Stuenkel.

    Cinco dos principais pensadores da Índia – Nehru, Mohan, Das, Varshney e Menon – discutem a ascensão indiana e suas implicações para o futuro da política global.

    Confira mais sobre os autores e seus textos:

    Ashutosh Varshney é professor de ciências políticas na Universidade de Michigan e autor de Ethnic conflict and civil life: Hindus and Muslims in India [Conflito étnico e vida civil: hindus e muçulmanos na Índia] e Democracy, development, and the countryside: urban-rural struggles in India [Democracia, desenvolvimento e a zona rural: contendas urbano-rurais na Índia]. O texto desta obra tem o título: O desafio democrático da Índia.

    C. Raja Mohan é editor de Assuntos Estratégicos de The Indian Express e membro do Conselho Consultivo de Segurança Nacional da Índia. Seu livro mais recente é Impossible Allies: nuclear India, United States, and the global order [Aliados impossíveis: Índia nuclear, Estados Unidos e a ordem global] e o texto relacionado aqui é A Índia e o equilíbrio de poder.

    Gurcharan Das foi diretor executivo da Procter & Gamble na Índia e é autor de India unbound: the social and economic revolution from independence to the global information age [Índia livre: a revolução social e econômica da independência à era da informação global]. Seu artigo apresenta O modelo indiano.

    Jawaharlal Nehru foi primeiro-ministro da Índia de 1947 até sua morte, em 1964. Liderou o Movimento pela Independência Indiana, seguindo Mahatma Ghandi, e contribuiu com o estabelecimento de uma Índia moderna, através de uma estratégia pela democracia, liberdade e paz. O texto apresentado nesta obra é de 1938 e trata A unidade da Índia.

    Shivshankar Menon é atualmente conselheiro de Segurança Nacional do primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh. Já serviu como secretário de Defesa da Índia, foi alto comissário no Paquistão, tendo também exercido o cargo de embaixador indiano na China e em Israel. A Índia e o cenário global é o título do seu texto.

     

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    A Índia na ordem global

    Coleção FGV de Bolso | Série Entenda o mundo

    R$ 22

     

    Confira mais obras da Série Entenda o mundo

  • Postado por editora em Atualidades, Entrevistas, Opinião em 10/06/2014 - 16:58

    O livro 'O Bolsa Família e a social-democracia', da jornalista Débora Thomé, foi lançado na XXI Feira Internacional do Livro Universitário da Universidade Veracruzana, na cidade de Xalapa, no México.

    Durante sua estada na cidade, que aconteceu entre os dias 12 e 14 de maio, Thomé participou de uma palestra para pós-graduandos do Colégio Veracruzano e se encontrou com políticos da região para debates sobre as diferenças e semelhanças entre o Bolsa Família e os programas de distribuição de renda do México.

    As comparações entre as políticas dos dois países são quase inevitáveis e, neste encontro, a autora pôde ter acesso e analisar de maneira mais prática, com depoimentos de quem vive a rotina política  mexicana, as realidades que, ao mesmo tempo, aproximam e afastam os dois países.

    Confira essas impressões da autora num comentário feito para o nosso blog:

     

    "Brasil e México são dois países que caminharam sempre em linhas paralelas, com, verdade seja dita, alguma concorrência. Suas similitudes (grandes territorialmente, populosos, latino americanos, com índices de pobreza relevantes) fez com que, muitas vezes, optassem por políticas semelhantes em tempos parecidos, fosse no campo econômico ou social. 

    Assim também aconteceu com os programas de transferência condicionada. Antes de o Brasil desenvolver o Bolsa Família ou, mesmo pré Bolsa Escola, o México começou a aplicar programas de transferência condicionada. O primeiro, o Solidariedad, foi seguido pelo Progresa e, finalmente, pelo Oportunidades. Apesar das diversas semelhanças com o programa brasileiro, o mexicano não apresentou tão bons resultados. Assim, com a volta do PRI ao governo, o partido agora tenta aprender com o Brasil lições que lhes possam ser úteis nas políticas de combate à pobreza.

    O livro "O Bolsa Família e a social-democracia", publicado pela Coleção FGV de Bolso, teve sua origem numa dissertação de mestrado que, por sua vez, tinha como objetivo inicial comparar Brasil e México. O intuito não foi adiante, mas os laços com o país fizeram com que, em maio, o livro fosse apresentado em Xalapa, capital de Veracruz, o terceiro maior estado mexicano. A cidade abrigou a Feira Internacional de Editoras Universitárias, e o livro foi apresentado no Colégio Veracruzano, uma instituição de pós-graduação de política e relações internacionais. A pergunta que a maior parte das pessoas - entre acadêmicos, jornalistas e políticos - queria ver respondida era: afinal, o que o Brasil fez de diferente para conseguir tão bons resultados em termos de redução da pobreza e desigualdade?

    Os dois programas são realmente bem parecidos, mas alguns aspectos que os separam são claros: para começar o valor máximo e médio do benefício, que é muito maior no Brasil. Para continuar, lá existem mais lacunas de institucionalidade: enquanto aqui todas as etapas são profissionalizadas - ou assim se tentar fazer -, o uso de voluntárias, premiadas com eletrodomésticos, é amplamente incentivado no México, estando previsto em orçamento. O mau uso da verba pelos beneficiários, o que pressupõe uma fiscalização custosa e quase artesanal, também ainda é um ponto central da discussão quando, no Brasil, esse tema já é menos relevante do ponto de vista dos responsáveis pela política pública.

    Os dois países têm muito a aprender e trocar para o aperfeiçoamento das políticas em suas trajetórias análogas. Como nem sempre é possível atravessar o continente, o livro acaba sendo uma boa forma de mandar informação de um lado a outro."

     

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    O Bolsa Família e a social-democracia

    Débora Thomé

    Coleção FGV de Bolso | Série Sociedade & Cultura

     

     

     

     

    Arquivos:
  • Postado por editora em Atualidades, Destaques, Eventos em 05/06/2014 - 20:51

    Durante os séculos XIII e XV, a Europa Ocidental assistiu à formação de seus primeiros estados territoriais, à reintrodução de instrumentos monetários e à própria recuperação da sua vida econômica em geral.

    “Poder, riqueza, moeda na Europa Medieval: a preeminência naval, mercantil e monetária da Sereníssima República de Veneza nos séculos XIII e XV” tem o objetivo de reinterpretar o processo de remonetização europeia a partir dos desafios e dilemas próprios das guerras da época, cuja geografia monetária resultante moldou as possibilidades de enriquecimento acelerado. Nesse contexto, a história veneziana tem muito a contribuir, pois evidencia o papel decisivo dos conflitos e da geografia política na abertura de oportunidades para a sua acumulação de riqueza.

    Nesta obra, Mauricio Metri defende a tese de que a moeda é uma criação do poder e está sempre a serviço da acumulação do poder, mesmo enquanto opera a serviço da multiplicação da riqueza privada.

    O autor ainda demonstra como até mesmo a Sereníssima República de Veneza, considerada o paradigma de cidade mercantil, utilizou seu poder naval para se transformar em uma espécie de broker financeiro dos grandes impérios da época, obtendo, em troca, o controle de posições que foram decisivas para seu poder, riqueza e glória.

    Pela forma como utilizou a história e a ciência política para tratar de um tema clássico da economia, e por discutir o tema clássico da “moeda” sem utilizar, nem aceitar, a linguagem convencional ou a visão do mainstream econômica sobre suas origens e funções fundamentais, o autor apresenta um livro surpreendente que poderia servir como um guia para as novas gerações de economistas, cansadas do “autismo” da ciência econômica.

    Fizemos 3 perguntas a Metri. Confira:

     

    Qual a principal contribuição dessa obra?

    Eu diria que uma das coisas que mais me entusiasmaram na pesquisa para esse livro e que, na verdade, segue orientando novas investigações relativas a outros “tempos e espaços”, foi a redefinição da “informação histórica relevante” para análise de temas monetários. Como se partiu de um outro entendimento sobre o que é moeda e de sua natureza mais elementar (conceito de moeda cartal), como desenvolvido por autores do início do século XX (sobretudo Knapp), as pistas e as fontes primárias se deslocaram da tradicional noção de moeda cunhada (moeda-mercadoria) e de seu conteúdo metálico para a noção de moeda de conta (unidade monetária) dos instrumentos de tributação, de denominação de créditos e débitos, de “precificação”, etc. Isto permitiu, ao final, uma análise bastante interdisciplinar no sentido de uma articulação, ao meu ver, bastante consistente entre os processos históricos de natureza política e econômica que envolveram de algum modo temas monetários no Medievo.

    Por outro lado, uma segunda razão de grande entusiasmo foi combinar essa visão sobre moeda a uma perspectiva teórica para análise da história do sistema internacional (a teoria do poder global), em que se privilegiam os desafios de poder, os dilemas de segurança e o caráter anárquico do sistema internacional mesmo no que se refere às suas origens medievais.

    Como resultado, pôde-se pensar de modo articulado alguns temas consagrados a partir de um olhar, eu diria, "não convencional". Por exemplo: sobre o tema do reaparecimento das práticas monetárias na Europa Ocidental a partir do século XI e XII, deu-se centralidade às guerras; sobre a circulação de moeda em geral no Medievo, identificaram-se uma geografia monetária e a inexistência de relações de escambo em todos os seus níveis; sobre as origens do que hoje entendemos como altas finanças, ganharam destaque o "jogo cambial" e a igreja católica; sobre a história de Veneza, a natureza cartal e expansiva de sua moeda como resultado não de forças de mercado, mas do poder de sua esquadra.

     

    Qual a importância econômica e histórica em ‘assumir’ as origens da moeda como uma criação do poder em oposição às teorias de economistas e historiadores que defendem um surgimento baseado exclusivamente como substituição ao escambo, ou seja, como uma criação do mercado?

    Eu diria que, ao partir da ideia de que a moeda não é propriamente um bem público derivado de uma construção coletiva, mas um instrumento estratégico das autoridades centrais ligado à tributação e ao financiamento da guerra, torna-se possível identificar hierarquias e assimetrias decorrentes de seu uso favoráveis a quem teve a faculdade de proclamá-la, criá-la e, ao final, impô-la a um coletividade. Isto me faz lembrar da famosa declaração do secretário do tesouro dos Estados Unidos no governo de Nixon, John Connally, quando, após a suspensão unilateral do Estados Unidos a uma paridade fixa entre o dólar e o ouro, disse a ministros das finanças de outros países “A moeda é nossa, mas o problema é de vocês”.

     

    Essa visão política das origens da moeda promove alguma reinterpretação no ensino atual das ciências econômicas?

     

    Esta é uma visão que, em minha experiência acadêmica, tem se desenvolvido de forma mais receptiva no campo disciplinar das Relações Internacionais, onde a interdisciplinaridade constituí-se num desafio, na verdade, num imperativo. A historiografia sobre temas monetários, por sua vez, acabou se tornando, em algum grau, refém das contribuições da própria Economia, por assimilar sobretudo as perspectivas teóricas mais consagradas (sobretudo do mainstream econômico) sobre o tema (moeda). No caso da Economia, ao meu ver, por sua “hipertrofia” atual, sobretudo como lente para se analisar as próprias sociedades em geral, em detrimento de outros campos (olhares) das Humanas (ciência política, filosofia, sociologia, antropologia, etc.), ela acabou por assumir uma postura bastante defensiva e refratária a visões mais plurais. Isto tem ocorrido, por exemplo, com as interpretações e estudos que, de algum modo, vêm relativizando a importância das forças de mercado para interpretação histórica de assuntos econômicos, ainda mais para um tema tão caro quanto moeda. Nesse sentido, eu diria que, no momento, tem sido mais fora do que dentro da Economia que essa visão política da moeda vem encontrando maior interlocução e interesse.

     

     

    O lançamento do livro será sexta-feira, dia 6 de junho, às 18h30, na Livraria FGV (Rua Jornalista orlando Dantas, 44 | Botafogo | RJ). Todos convidados!

    Poder, riqueza e moeda

     

     

     

     

      “Poder, riqueza, moeda na Europa Medieval: a preeminência naval, mercantil e monetária da Sereníssima República de Veneza nos séculos XIII e XV”

    Maurício Metri

    Impresso: R$48 | Ebook: 34

  • Postado por editora em Atualidades, Destaques em 30/05/2014 - 16:14

    "Na esfera das negociações internacionais, o negociador irá, certamente, se deparar com os mais diversos desafios profissionais e pessoais, exigindo que desenvolva uma série de competências técnicas e comportamentais, visando obter acordos sustentáveis por meio de modelos de negócios diferenciados que contemplem a criação de ativos tangíveis e intangíveis para sua organização, o mercado e a sociedade como um todo.

     
    Assim, surge a figura do negociador global, profissional com profundo entendimento da dinâmica da globalização e seus impactos, na condução das negociações nas quais se encontra inserido. Um profissional cada vez mais ciente da importância do papel que os fatores culturais desempenham nas negociações internacionais e que entende que a adaptação às diferenças culturais que permeiam o processo da negociação e sua dinâmica nos níveis interpessoal, inter e intraorganizacional e internacional são essenciais para o sucesso nas negociações.

    Esse negociador certamente enfrentará inúmeras barreiras na busca de um acordo sustentável para as partes envolvidas, dificilmente encontrando-se em uma zona de conforto. Em meio a seus principais desafios estão entender e gerenciar a tensão entre estratégias de cooperação e competição adotadas em diversos países, regiões e segmentos de mercado; saber criar e reivindicar o maior valor possível dentro do processo de negociação; e atender aos interesses das partes, assegurando os objetivos da organização na negociação."

     

    Dentro desse cenário de complexidade crescente, a competência da negociação se impõe como a forma mais apropriada de resolver problemas, controvérsias e disputas, administrar conflitos e mitigar antagonismos, elementos
    que surgem nos mais variados cenários negociais e instâncias organizacionais.

    E para atender a demanda de conhecimento desse 'novo profissional', a Editora FGV lança o livro                        Negociação internacional, que aborda as principais estratégias, técnicas e habilidades necessárias para que um gestor internacional atue com sucesso em um mundo de negócios cada vez mais globalizado.

    Este livro faz parte da Série Comércio exterior e negócios internacionais, das Publicações FGV Management.

    Negociação internacional - 01.cdr

     

     

     

    Negociação internacional

    R$29

    Confira os demais títulos relacionados em:

    Série Comércio exterior e negócios internacionais

     

     

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